Questões Militares Comentadas por alunos sobre morfologia - verbos em português

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Q815212 Português
As alternativas contêm uma sequência de períodos de um dos capítulos do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos. Assinale a que apresenta em destaque um verbo irregular.
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Q814165 Português
Leia: Amigos, um passeio numa máquina do tempo não seria divertido? Não seria incrível? Imaginem se, numa das viagens, vocês pudessem encontrar um personagem importante da história, como Einstein, e ajudá-lo a elaborar suas teorias! Já pensaram nisso? As formas verbais destacadas no texto acima estão conjugadas, respectivamente, no 
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Q814164 Português
Assinale a alternativa em que o verbo ver encontra-se na voz passiva
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Ano: 2017 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2017 - EAM - Marinheiro |
Q812545 Português

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida.

      “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.

      Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam descanso em prol da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status, dinheiro.

      Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não porque são dignas e, sobretudo, necessárias, a vontade de não ser medíocre naquilo que se faz e a recusa à estagnação. Sim, quando ambas comprometem momentos de entretenimento minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

      Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia nove anos sem férias e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O patrimônio milionário veio de dedicação e empenho. Mas custou caro também. Admirei a trajetória, a abdicação. Entretanto, senti um pesar por aquele homem com conta bancária polpuda e rosto abatido. Na hora me perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão. Evidentemente, não. É simples e absolutamente viável conciliar o suor da batalha com mergulhos no mar, planilhas Excel com caipirinhas em fins de tarde.

      Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e viagens de barco.

      Convivo com pessoas que amam o que fazem e se engrandecem cada vez que percebem como são eficientes na missão de dar sentido à profissão. Pessoas que, por meio de suas atribuições, transformam o mundo, sentem­-se úteis, reforçam talentos. Mas até essas se esgotam. É o famoso caso do jogador de futebol que, estressado com as cobranças do time, vai jogar uma “pelada” para relaxar.

      Desculpe a petulância ao discordar, Confúcio, mas ainda que trabalhemos com o que amamos, será sempre trabalho. Muitas vezes prazeroso, outras tantas edificante..., mas nunca capaz, sozinho, de suprir toda uma vida. Arregacemos as mangas conscientes de que os pés na areia da praia e as rodas de amigos em bares são combustíveis importantes para o bom andamento da labuta diária.

                                                                                                           Larissa Bittar (Adaptado).

htlp://www.revÍstabula.com/7523-o-trabalho-dignifica-o-homem-o-lazer-dignifica-a-vida/

Marque a opção em que a forma verbal destacada expressa uma ação totalmente concluída.
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Q810976 Português

Texto 2

REUNIÃO DE MÃES 

    Na reunião de pais só havia mães. Eu me sentiria constrangido em meio a tanta mulher, por mais simpáticas me parecessem, e acabaria nem entrando - se não pudesse logo distinguir, espalhadas no auditório, duas ou três presenças masculinas que partilhariam de meu ressabiado zelo paterno.

    Sentei-me numa das últimas filas, para não causar espécie à seleta assembleia de progenitoras. Uma delas fazia tricô, e várias conversavam, já confraternizadas de outras reuni- ões. O Padre-Diretor tomou assento à mesa, cercado de professoras, e deu inicio à sessão.

    Eu viera buscar Pedro Domingos para levá-lo ao médico, mas desta vez cabia-me também participar antes da reunião. Afinal de contas andava mesmo precisando de verificar pessoalmente a quantas o menino andava.

    O Padre-Diretor fazia considerações gerais sobre o uniforme de gala a ser adotado. A gravatinha é azul? - perguntou uma das mães. Meia três-quartos? - perguntou outra. E o emblema no bolsinho? - perguntou uma terceira. Outra ainda, à minha frente, quis saber se tinha pesponto - mas sua pergunta não chegou a ser ouvida.

    Invejei-lhes a desenvoltura. Tive vontade de perguntar também alguma coisa, para tornar mais efetivo meu interesse de pai - mas temi aquelas mães todas voltando a cabeça, curiosas e surpreendidas, ante uma destoante voz de homem, meio gaguejante talvez de insegurança. Poderia também não ser ouvido - e se isso me acontecesse eu sumiria na cadeira. Além do mais, não me ocorria nada de mais prático para perguntar senão o que vinha a ser pesponto.

    Acabei concluindo que tanta perguntação quebrava um pouco a solene compostura que devíamos manter, como responsáveis pelo destino de nossos filhos. E dispensei-me de intervir, passando a ouvir a explanação do Padre-Diretor:

- Chegamos agora ao ponto que interessa: o quinto ano. Depois de cuidadosa seleção, foi dividido em três turmas - a turma 14, dos mais adiantados; a turma 13, dos regulares; e a turma 12, dos atrasados, relapsos, irrequietos, indisciplinados. Os da 13 já não são lá essas coisas, mas os da 12 posso assegurar que dificilmente irão para frente, não querem nada com estudo.

    Fiquei atento: em qual delas estaria o menino? Pensei que o Diretor ia ler a lista de cada turma - o meu certamente na 14. Não leu, talvez por consideração para com as mães que tinham filhos na 12. Várias, que já sabiam disso, puseram-se a falar ao mesmo tempo: não era culpa delas; levavam muito dever para casa, não se habituavam com o semi-internato. Uma - a do tricô, se não me engano - chegou mesmo a se queixar do ensino dirigido, que a seu ver não estava dando resultado. Outra disse que tinha três filhos, faziam provas no mesmo dia, como prepará-los de uma só vez? O Padre-Diretor sacudiu a cabeça, sorrindo com simpatia - não posso nem ao menos lastimar que a senhora tenha tanto filho. E voltou a falar nos relapsos, um caso muito sério. Não vai esse Padre dizer que meu filho está entre eles, pensei. Irrequieto, indisciplinado. Ah, mas ele havia de ver comigo: entre os piores!

    E por que não? Quietinho, muito bem-mandado, filhinho do papai, maria vai com as outras ele não era mesmo não. Desafiei o auditório, acendendo um cigarro: ninguém tinha nada com isso. Criança ainda, na idade mesmo de brincar e não levar as coisas tão a sério. 0 curioso é que não me parecesse assim tão vadio - jogava futebol na rua, assistia à televisão, brincava de bandido, mas na hora de estudar o rapazinho estudava, então eu não via? Quem sabe se procurasse ajudá-lo, dar uma mãozinha... Mas essas coisas que ele andava estudando eu já não sabia de cor, tinha de aprender tudo de novo. Outro dia, por exemplo, me embatucou perguntando se eu sabia como se chamam os que nascem na Nova Guiné. Ninguém sabe isso, meu filho, respondi gravemente. Ah, não sabe? Pois ele sabia: guinéu! Não acreditei, fui olhar no dicionário para ver se era mesmo. Era. Talvez estivesse na turma 13, bem que sabia lá uma coisa ou outra, o danadinho.

    Agora o Diretor falava na comida que serviam ao almoço. Da melhor qualidade, mas havia um problema - os meninos se recusavam a comer verdura, ele fazia questão que comessem, para manter dieta adequada. No entanto, algumas mães não colaboravam. Mandavam bilhetinhos pedindo que não dessem verdura aos filhos.

    Eis algo que eu jamais soube explicar: por que menino não gosta de verdura? Quando menino eu também não gostava.

    - Pedem às mães que mandem bilhetinhos, e não é só isso: usam qualquer recurso para não comer verdura. Hoje mesmo me apareceu um com um bilhete da mãe dizendo: não obrigar meu filho a comer verdura. Só que estava escrito com a letra do próprio menino.

    Chegada era a hora de levá-lo ao médico - uma professora amiga foi buscá-lo para mim.

    - Meu filho - perguntei, ansioso, assim que saímos: - Em que turma você está? Na 12 ou na 13?

    - Na 14 - ele respondeu, distraído. Respirei com alí­vio: e nem podia ser de outra maneira, não era isso mesmo?

    - Fico satisfeito de saber - comentei apenas.

    Ele não perdeu tempo:

    - Então eu queria te pedir um favor - aproveitou-se logo: - Que você mandasse ao Padre-Diretor um bilhete dizendo que eu não posso comer verdura.

{SABINO, Fernando. O homem nu - 46a ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. )

Em qual das opções abaixo o tempo verbal dá pistas sobre a localização do narrador no momento da elaboração da crônica?
Alternativas
Respostas
296: C
297: B
298: C
299: D
300: B