Questões Militares Comentadas por alunos sobre ortografia em português
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Texto 1:
Queimadas
Nuvens de fumaça das queimadas bloqueiam 20% da luz solar, diminuem as chuvas e esfriam a Amazônia.
Quase todo mundo já viu esta cena, ao vivo ou na televisão: nuvens de fumaça tingem de cinza o céu da Amazônia no auge da estação das queimadas, entre agosto e outubro, a época mais seca do ano na região.
Nesse período, por falta de visibilidade, microscópicas partículas decorrentes da combustão da vegetação, chamadas de aerossóis, turvam de forma tão marcante o firmamento que aeroportos de capitais como Rio Branco e Porto Velho fecham constantemente para pousos e decolagens.
Num dia especialmente opaco, um falso, lento - e lindo - pôr do sol pode começar ao meio-dia e se arrastar por horas.
Tudo por causa da sombra de aerossóis que paira sobre partes significativas da Amazônia quando o homem usa uma das formas mais primitivas e poluidoras de limpar e preparar a terra para o cultivo, o fogo. A escuridão fora de hora, como se sobre a floresta houvesse um guarda-sol gigante fabricado pelo homem, pode ser o efeito mais visível de uma atmosfera saturada de finíssimas partículas suspensas, mas nem de longe é o único.
Só agora a ciência começa a ter elementos para ver que as queimadas, principal fonte de aerossóis durante a estiagem na região Norte, perturbam o clima e a vegetação de formas ainda mais sutis e perversas. Ao desencadear uma cascata de eventos físico-químicos poucos quilômetros acima da floresta, a espantosa concentração de aerossóis na Amazônia no auge da estação do fogo - com picos de 30 mil partículas por centímetro cúbico de ar, uma taxa cerca de 100 vezes maior do que a verificada na poluída cidade de São Paulo em pleno inverno - altera o ambiente imediatamente abaixo da nuvem de fumaça: reduz em média um quinto da luz solar que incide sobre o solo, tem potencial para esfriar a superfície em até 2° Celsius e diminuir de 15% a 30% as chuvas na região.[...]
O ser humano é o maior responsável pelos incêndios florestais, devendo ser implantado um programa permanente de educação ambiental, visando a sua conscientização sobre os prejuízos decorrentes das queimadas e a vantagem de se utilizar outras técnicas agrícolas mais modernas.
A conscientização das pessoas é um importante passo à prevenção e pode ser feita nas escolas, através da imprensa, e por instituições sociais.[...]
O Corpo de Bombeiros e as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem sempre ser avisados o mais depressa possível em casos de incêndio.
(in:<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambientequeimadas/queimadas.php>
Sem perder a ternura
Contra o cinza das cidades, jovens optam pela jardinagem de guerrilha
para salvar a vizinhança e o planeta
Guilherme Rosa
Parece coisa dos anos 60. Na verdade, a história nasceu um pouco depois, em 1973. A ativista americana LizChristy invadiu um jardim descuidado em Nova York, proclamou-se guerrilheira da pá e do adubo e recuperou o local. Em poucos anos, focos se espalharam pela Europa com grupos que atiravam “granadas” de semente em terrenos. No Brasil, a jardinagem libertária chegou há cinco anos. Agora, começa a se tornar popular com um motivador: no lugar da disputa ideológica (para protestar contra o descaso político com o verde urbano), entrou as alvação do planeta. Aquecimento global, CO², você sabe. “Não dá para esperar o poder público. As pessoas devem ocupar os espaços, cuidar das ruas”, afirma Goura Nataraj, guerrilheiro de Curitiba que mantém o blog Jardinagem Libertária. “A escolha é: morar em um lugar colorido, com árvores, flores, pássaros, ou em blocos de concreto, respirando gás carbônico”, diz o guerrilheiro carioca Walfrido Neto. Portanto, se aparecerem flores na vizinhança, você já sabe. E se não aparecerem, a gente ensina aqui como fazer.
Disponível em: Galileu, março de 2010, p.13.