Questões Militares
Foram encontradas 3.277 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Leia o seguinte excerto do texto I e, em seguida, analise as afirmativas apresentadas:
“...o ‘homem cordial’ é avesso ao esforço metódico e à concentração; prefere o circunstancial, a moda do momento e o jeito mais rápido de conquistar aquilo que deseja.” (ℓ. 12 a 15)
I. A reescrita “... o ‘homem cordial’ prefere o circunstancial, a moda do momento e o jeito mais rápido de conquistar aquilo que deseja ao esforço metódico e à concentração...” preserva o sentido original e atende à norma padrão da língua.
II. As aspas foram utilizadas nesse excerto, assim como nas linhas 1, 3 e 5 do texto, para ressaltar o valor pejorativo da expressão e indicar a ironia de Marco A. Rossi, autor do texto.
III. Os termos “ao esforço metódico” e “à concentração” complementam o sentido do adjetivo que exerce função sintática de predicativo do sujeito; já os termos “o circunstancial”, “a moda do momento” e “o jeito mais rápido...” complementam o sentido de um verbo transitivo direto.
Está correto o que se afirma apenas em
Como informar as crianças em momentos de crise?
Maria Carolina Cristianini*
1§ Enfrentar crises não é novidade para quem vive na Terra. Entre guerras, períodos de recessão e tragédias naturais e humanas, de tempos em tempos as crises surgem. É necessário muita sobriedade nesses momentos. E, então, são os adultos que, efetivamente, assumem o papel de lidar com a situação e resolvê-la – conforme a possibilidade de atuação de cada um. Mas há outra questão. O mundo não é formado somente pelos maiores de idade.
2§ É a partir disso que convido a uma reflexão: como os adultos ao seu redor, ou você mesmo, têm explicado a crise atual – e os seus mais diversos sentidos –, causada pela pandemia de Covid 19, a crianças e adolescentes? Posso afirmar, com a segurança de uma trajetória que passa de 12 anos nesta área, que o jornalismo infantojuvenil é, sim, o melhor amigo de pais, mães, tios, tias, professores e professoras neste momento.
3§ Levar os fatos para os jovens, apurados com as mesmas técnicas usadas no jornalismo profissional “para adultos”, tem, sim, os mais diversos benefícios quando se está diante de algo que presenciamos pela primeira vez, como o novo coronavírus. Alguns desses impactos positivos: usa linguagem adequada para este público, garantindo o seu entendimento e o contexto do que está acontecendo; acalma diante da ansiedade que algo desconhecido naturalmente traz; e abre a oportunidade para que a criança ou o adolescente se sinta inserido na situação como parte integrante e ativa da sociedade, sem estar à margem do noticiário.
4§ O jornalismo infantojuvenil pode transformar uma geração, a partir da informação de qualidade e do incentivo ao desenvolvimento do senso crítico e à construção de uma cidadania ativa, em qualquer idade.
* Editora-chefe do jornal Joca, voltado para crianças e jovens. Folha de S. Paulo, Tendências/Debates, 21 fev. 2021, p. A3. Adaptado.
“As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que traduzem circunstâncias.”
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.
São Paulo: Companha Editora Nacional, 2010, p. 291.
Na frase “...e abre a oportunidade para que a criança ou o adolescente se sinta inserido na situação...”, o elemento coesivo em destaque pode ser substituído corretamente, sem alterar o sentido da frase original, por
Meu ideal seria escrever...
Rubem Braga
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse — “ai meu Deus, que história mais engraçada!”. E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria — “mas essa história é mesmo muito engraçada!”.
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para cara do outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse — e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse —“por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!” E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês em Chicago — mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, O seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina.”
E quando todos me perguntassem — “mas de onde é que você tirou essa história?” — eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
Fonte: As cem melhores crônicas brasileiras/ Joaquim Ferreira dos Santos, organização e introdução. - Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
Com base no Texto, responda à questão.
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar[...].
Ao parafrasearmos
a passagem acima, ocorreu uma
substituição INCORRETA em:
Tendo em vista outros empregos da expressão sublinhada, deve ocorrer o uso do acento grave somente em: