Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de
mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo
como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por
causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre
danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me
quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca
mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda
a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu
definitivo e sempre amigo...
Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de
mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo
como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por
causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre
danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me
quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca
mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda
a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu
definitivo e sempre amigo...
(Vinícius de Moraes. Antologia poética, 1981.)
O substantivo porre pertence à variante popular da língua, assim
como, tendo em vista o contexto, a forma verbal