Questões Militares Sobre português para pm-sp

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Q474711 Português
Leia o trecho de Vidas secas, de Graciliano Ramos, para responder à  questão.

Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais.

Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côvado, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-­lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu­-as na algibeira, dirigiu-­se à bodega de seu Inácio.

Aí certificou-­se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-­se e interrogou o bodegueiro:

- Por que é que vossemecê bota água em tudo?

Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-­se na calçada, resolvido a conversar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enriquecia­-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria?

(Graciliano Ramos. Vidas secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27­28. Adaptado)

Pode-­se dizer que, no que se referia ao uso da linguagem, Fabiano
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Q474710 Português
Leia o trecho de Vidas secas, de Graciliano Ramos, para responder à  questão.

Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais.

Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côvado, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-­lhe gestos oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu­-as na algibeira, dirigiu-­se à bodega de seu Inácio.

Aí certificou-­se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-­se e interrogou o bodegueiro:

- Por que é que vossemecê bota água em tudo?

Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-­se na calçada, resolvido a conversar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enriquecia­-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria?

(Graciliano Ramos. Vidas secas. 118. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2012, p. 27­28. Adaptado)

A partir da leitura do texto, pode­se concluir que Fabiano
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Q474709 Português
Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder à  questão.

                    Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta...
Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra...
Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-­te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro...
Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor!

(Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos.      http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf)


Condizente com a estética romântica, o poema apresenta
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Q474708 Português
Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder à  questão.

                    Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta...
Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra...
Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-­te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro...
Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor!

(Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos.      http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf)

Considerando o contexto, é correto afirmar que o uso do di­minutivo em sapatinho (quinto verso) contribui para que o eu lírico se refira a esse objeto com
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Q474707 Português
Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder à  questão.

                    Meu desejo Meu desejo? era ser a luva branca Que essa tua gentil mãozinha aperta, A camélia que murcha no teu seio, O anjo que por te ver do céu deserta...
Meu desejo? era ser o sapatinho Que teu mimoso pé no baile encerra... A esperança que sonhas no futuro, As saudades que tens aqui na terra...
Meu desejo? era ser o cortinado Que não conta os mistérios de teu leito, Era de teu colar de negra seda Ser a cruz com que dormes sobre o peito.
Meu desejo? era ser o teu espelho Que mais bela te vê quando deslaças Do baile as roupas de escumilha e flores E mira-­te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito De cambraia o lençol, o travesseiro Com que velas o seio, onde repousas, Solto o cabelo, o rosto feiticeiro...
Meu desejo? era ser a voz da terra Que da estrela do céu ouvisse amor! Ser o amante que sonhas, que desejas Nas cismas encantadas de langor!

(Álvares de Azevedo. Lira dos vinte anos.      http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000021.pdf)
A partir da leitura do poema, pode­se concluir que o desejo do eu lírico é
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Respostas
966: B
967: C
968: A
969: D
970: B