Questões Militares Sobre português para pm-sp

Foram encontradas 1.092 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q406815 Português
A tecnologia e o futuro do policiamento

   O policiamento - como todas as demais atividades - está sendo reimaginado na era das montanhas de dados, sob a expectativa de que uma análise mais ampla e profunda sobre crimes passados, combinada a algoritmos1 sofisticados, possa ajudar a prever futuros delitos. Trata-se de uma prática conhecida como “policiamento preditivo” e, ainda que exista há apenas alguns anos, muitos especialistas a veem como uma revolução na forma pela qual o trabalho policial é realizado.
   Um exemplo é o departamento de polícia de Los Angeles, que está usando um software chamado PredPol. O software começa pela análise de anos de estatísticas criminais disponíveis, depois divide o mapa de patrulha em zonas (de cerca de 45 metros quadrados) e calcula a distribuição e frequência de crimes em cada uma delas. Por fim, informa aos policiais sobre as probabilidades de local e horário de crimes, o que permite que eles policiem de maneira mais intensa as áreas sob ameaça.
   A atraente ideia que embasa o policiamento preditivo é a de que é muito melhor prevenir um crime antes que aconteça do que chegar depois e investigá-lo. Assim, mesmo que os policiais em patrulha não apanhem o bandido em flagrante, sua presença no lugar certo e na hora certa pode exercer efeito dissuasório2.
   A lógica parece sólida. Em Los Angeles, houve um declínio de 13% na criminalidade. A cidade de Santa Cruz, também usuária do PredPol, viu queda de 30% no número de furtos.
   Mas, apesar do mérito inegável do novo sistema, há quem questione sua eficácia, uma vez que as ações da polícia não podem ser guiadas apenas pela interpretação de números aproximados. Isso porque, nos regimes democráticos, a polícia precisa de causa provável - alguma forma de prova, e não apenas um palpite - para deter e revistar alguém na rua.
   Também há o problema dos crimes que passam sem denúncia. Embora a maioria dos homicídios seja denunciada, muitos estupros e furtos residenciais não são. Mesmo na ausência desse tipo de denúncia, a polícia continua a desenvolver métodos de descobrir quando algo de estranho acontece em um bairro. Os críticos do policiamento preditivo temem que esse conhecimento obtido pela análise atenta que os policiais fazem de seu entorno seja substituído pela análise exclusiva das estatísticas. Se apenas dados sobre crimes que foram registrados em queixas formais forem usados para prever futuros crimes e orientar o trabalho policial, algumas formas de crime poderão passar sem registro - e, com isso, sem qualquer repressão.
As recompensas do policiamento preditivo podem ser reais, mas seus perigos também o são. A polícia precisa    sujeitar seus algoritmos a um rigoroso exame externo e enfrentar a questão das distorções implícitas que carreguem.

1 algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 dissuasório: que convence ou tenta convencer a desistir.



Com o auxílio do PredPol, os policiais são enviados para patrulharem os locais em que a ocorrência de crimes é mais:
Alternativas
Q406814 Português
A tecnologia e o futuro do policiamento

   O policiamento - como todas as demais atividades - está sendo reimaginado na era das montanhas de dados, sob a expectativa de que uma análise mais ampla e profunda sobre crimes passados, combinada a algoritmos1 sofisticados, possa ajudar a prever futuros delitos. Trata-se de uma prática conhecida como “policiamento preditivo” e, ainda que exista há apenas alguns anos, muitos especialistas a veem como uma revolução na forma pela qual o trabalho policial é realizado.
   Um exemplo é o departamento de polícia de Los Angeles, que está usando um software chamado PredPol. O software começa pela análise de anos de estatísticas criminais disponíveis, depois divide o mapa de patrulha em zonas (de cerca de 45 metros quadrados) e calcula a distribuição e frequência de crimes em cada uma delas. Por fim, informa aos policiais sobre as probabilidades de local e horário de crimes, o que permite que eles policiem de maneira mais intensa as áreas sob ameaça.
   A atraente ideia que embasa o policiamento preditivo é a de que é muito melhor prevenir um crime antes que aconteça do que chegar depois e investigá-lo. Assim, mesmo que os policiais em patrulha não apanhem o bandido em flagrante, sua presença no lugar certo e na hora certa pode exercer efeito dissuasório2.
   A lógica parece sólida. Em Los Angeles, houve um declínio de 13% na criminalidade. A cidade de Santa Cruz, também usuária do PredPol, viu queda de 30% no número de furtos.
   Mas, apesar do mérito inegável do novo sistema, há quem questione sua eficácia, uma vez que as ações da polícia não podem ser guiadas apenas pela interpretação de números aproximados. Isso porque, nos regimes democráticos, a polícia precisa de causa provável - alguma forma de prova, e não apenas um palpite - para deter e revistar alguém na rua.
   Também há o problema dos crimes que passam sem denúncia. Embora a maioria dos homicídios seja denunciada, muitos estupros e furtos residenciais não são. Mesmo na ausência desse tipo de denúncia, a polícia continua a desenvolver métodos de descobrir quando algo de estranho acontece em um bairro. Os críticos do policiamento preditivo temem que esse conhecimento obtido pela análise atenta que os policiais fazem de seu entorno seja substituído pela análise exclusiva das estatísticas. Se apenas dados sobre crimes que foram registrados em queixas formais forem usados para prever futuros crimes e orientar o trabalho policial, algumas formas de crime poderão passar sem registro - e, com isso, sem qualquer repressão.
As recompensas do policiamento preditivo podem ser reais, mas seus perigos também o são. A polícia precisa    sujeitar seus algoritmos a um rigoroso exame externo e enfrentar a questão das distorções implícitas que carreguem.

1 algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
2 dissuasório: que convence ou tenta convencer a desistir.



De acordo com o texto, o PredPol ajuda a prever futuros delitos por meio de cálculos feitos a partir:
Alternativas
Q393296 Português
Leia o texto para responder à questão:

        O tio Sabino, paramentado de rico, fez ainda sair da maleta de couro uma espécie de saco de lona com fechos de correias. Debaixo da cama, por esquecimento, tinham ficado as alpargatas do Carvalhosa. O tio Sabino calçou-as, as suas narinas palpitavam. Correu o fecho da porta cautelosamente, foi até ao escritório do Carvalhosa e sacou da gaveta do contador uns rolinhos de libras; de passagem pelo toilette arrecadou o cofre de joias, os anéis e a caixa de pó de arroz; de cima da banquinha de noite desapareceu a palmatória de prata dourada e tudo foi arrecadado no saco.
        Fechou destramente o saco, tendo-lhe metido primeiro a camisa de chita que despira, a fim de não tinirem dentro os metais. E de chapéu à banda e cachimbo na boca saiu, o saco pendente, fechando a porta e tirando-lhe a chave. Ninguém estava no corredor; Maria do Resgate engomava na saleta; as crianças na cozinha cortavam papagaios, chilreando.
        - Até logo, minha sobrinha, até logo.
        Ela veio correndo, com o seu riso afetuoso.
        - O jantar é às cinco, sim? Mas, querendo, dá-se ordem para mais tarde.
        - Qual! Não temos precisão de incômodos. Às quatro e meia estou.
        E com a mala pendente, o lenço escarlate fora do bolso do fraque e bengala debaixo do braço, desceu a escada cantarolando.
        Eram seis horas da tarde e nada do tio Sabino.
        Sete horas, e Maria do Resgate acaba de notar a porta da alcova fechada. Diabo...
        No dia seguinte a polícia andava em campo para descobrir o larápio, que com tamanha pilhéria roubara a família Carvalhosa.

                                                     (Fialho de Oliveira, O Tio da América. Em: Contos. Adaptado)


No contexto em que estão empregados os pronomes, destaca- dos nas passagens do segundo parágrafo – Fechou destramente o saco, tendo- ­lhe metido primeiro a camisa de chita que despira … – e – … fechando a porta e tirando- ­lhe a chave. –, eles podem ser substituídos, respectivamente, de acordo com a norma-padrão, por:
Alternativas
Q393295 Português
Leia o texto para responder à questão:

        O tio Sabino, paramentado de rico, fez ainda sair da maleta de couro uma espécie de saco de lona com fechos de correias. Debaixo da cama, por esquecimento, tinham ficado as alpargatas do Carvalhosa. O tio Sabino calçou-as, as suas narinas palpitavam. Correu o fecho da porta cautelosamente, foi até ao escritório do Carvalhosa e sacou da gaveta do contador uns rolinhos de libras; de passagem pelo toilette arrecadou o cofre de joias, os anéis e a caixa de pó de arroz; de cima da banquinha de noite desapareceu a palmatória de prata dourada e tudo foi arrecadado no saco.
        Fechou destramente o saco, tendo-lhe metido primeiro a camisa de chita que despira, a fim de não tinirem dentro os metais. E de chapéu à banda e cachimbo na boca saiu, o saco pendente, fechando a porta e tirando-lhe a chave. Ninguém estava no corredor; Maria do Resgate engomava na saleta; as crianças na cozinha cortavam papagaios, chilreando.
        - Até logo, minha sobrinha, até logo.
        Ela veio correndo, com o seu riso afetuoso.
        - O jantar é às cinco, sim? Mas, querendo, dá-se ordem para mais tarde.
        - Qual! Não temos precisão de incômodos. Às quatro e meia estou.
        E com a mala pendente, o lenço escarlate fora do bolso do fraque e bengala debaixo do braço, desceu a escada cantarolando.
        Eram seis horas da tarde e nada do tio Sabino.
        Sete horas, e Maria do Resgate acaba de notar a porta da alcova fechada. Diabo...
        No dia seguinte a polícia andava em campo para descobrir o larápio, que com tamanha pilhéria roubara a família Carvalhosa.

                                                     (Fialho de Oliveira, O Tio da América. Em: Contos. Adaptado)


A leitura do texto revela uma narrativa em que
Alternativas
Q393294 Português
Leia o texto para responder à questão:

        O tio Sabino, paramentado de rico, fez ainda sair da maleta de couro uma espécie de saco de lona com fechos de correias. Debaixo da cama, por esquecimento, tinham ficado as alpargatas do Carvalhosa. O tio Sabino calçou-as, as suas narinas palpitavam. Correu o fecho da porta cautelosamente, foi até ao escritório do Carvalhosa e sacou da gaveta do contador uns rolinhos de libras; de passagem pelo toilette arrecadou o cofre de joias, os anéis e a caixa de pó de arroz; de cima da banquinha de noite desapareceu a palmatória de prata dourada e tudo foi arrecadado no saco.
        Fechou destramente o saco, tendo-lhe metido primeiro a camisa de chita que despira, a fim de não tinirem dentro os metais. E de chapéu à banda e cachimbo na boca saiu, o saco pendente, fechando a porta e tirando-lhe a chave. Ninguém estava no corredor; Maria do Resgate engomava na saleta; as crianças na cozinha cortavam papagaios, chilreando.
        - Até logo, minha sobrinha, até logo.
        Ela veio correndo, com o seu riso afetuoso.
        - O jantar é às cinco, sim? Mas, querendo, dá-se ordem para mais tarde.
        - Qual! Não temos precisão de incômodos. Às quatro e meia estou.
        E com a mala pendente, o lenço escarlate fora do bolso do fraque e bengala debaixo do braço, desceu a escada cantarolando.
        Eram seis horas da tarde e nada do tio Sabino.
        Sete horas, e Maria do Resgate acaba de notar a porta da alcova fechada. Diabo...
        No dia seguinte a polícia andava em campo para descobrir o larápio, que com tamanha pilhéria roubara a família Carvalhosa.

                                                     (Fialho de Oliveira, O Tio da América. Em: Contos. Adaptado)


O texto mostra que tio Sabino agiu de forma
Alternativas
Respostas
1026: A
1027: B
1028: E
1029: A
1030: B