Questões Militares Sobre redação - reescritura de texto em português

Foram encontradas 499 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q839189 Português

                                       O dono do livro


      Li outro dia um fato real narrado pelo escritor moçambicano Mia Couto. Ele disse que certa vez chegou em casa no fim do dia, já havia anoitecido, quando um garoto humilde de 16 anos o esperava sentado no muro. O garoto estava com um dos braços para trás, o que perturbou o escritor, que imaginou que pudesse ser assaltado.

      Mas logo o menino mostrou o que tinha em mãos: um livro do próprio Mia Couto. Esse livro é seu? perguntou o menino. Sim, respondeu o escritor. Vim devolver. O garoto explicou que horas antes estava na rua quando viu uma moça com aquele livro nas mãos, cuja capa trazia a foto do autor.

      O garoto reconheceu Mia Couto pelas fotos que já havia visto em jornais. Então perguntou para a moça: Esse livro é do Mia Couto? Ela respondeu: É. E o garoto mais que ligeiro tirou o livro das mãos dela e correu para a casa do escritor para fazer a boa ação de devolver a obra ao verdadeiro dono.

      Uma história assim pode acontecer em qualquer país habitado por pessoas que ainda não estejam familiarizadas com os livros - aqui no Brasil, inclusive. De quem é o livro? A resposta não é a mesma de quando se pergunta: "Quem escreveu o livro?".

      O autor é quem escreve, mas o livro é de quem lê, e isso de uma forma muito mais abrangente do que o conceito de propriedade privada - comprei, é meu. O livro é de quem lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido encontrado num banco de praça.

      O livro é de quem tem acesso às suas páginas e através delas consegue imaginar os personagens, os cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São do leitor as sensações provocadas, a tristeza, a euforia, o medo, o espanto, tudo o que é transmitido pelo autor, mas que reflete em quem lê de uma forma muito pessoal. É do leitor o prazer. É do leitor a identificação. É do leitor o aprendizado. É do leitor o livro.

      Dias atrás gravei um comercial de rádio em prol do Instituto Estadual do Livro em que falo aos leitores exatamente isso: os meus livros são os seus livros. E são, de fato. Não existe livro sem leitor. Não existe. É um objeto fantasma que não serve pra nada.

      Aquele garoto de Moçambique não vê assim. Para ele, o livro é de quem traz o nome estampado na capa, como se isso sinalizasse o direito de posse. Não tem ideia de como se dá o processo todo, possivelmente nunca entrou numa livraria, nem sabe o que é tiragem.

      Mas, em seu desengano, teve a gentileza de tentar colocar as coisas em seu devido lugar, mesmo que para isso tenha roubado o livro de uma garota sem perceber.

      Ela era a dona do livro. E deve ter ficado estupefata. Um fã do Mia Couto afanou seu exemplar. Não levou o celular, a carteira, só quis o livro. Um danado de um amante da literatura, deve ter pensado ela. Assim são as histórias escritas também pela vida, interpretadas a seu modo por cada dono. 

(Martha Medeiros. JORNAL ZERO HORA - 06/11/11./ Revista O Globo, 25 de novembro de 2012.)

Assinale a opção em que a troca da palavra sublinhada pela que está entre parênteses mantém corretas as relações de sentido e a regência nominal ou verbal.
Alternativas
Q839187 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão. 


"[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo que é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática."

(Mário de Andrade - Artista)

Assinale a opção em que a reescritura do trecho “[...]. Alguns leitores ao lerem estas frases...não compreenderam logo.” mantém seu sentido original e respeita a norma gramatical.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PM-AP Prova: FCC - 2017 - PM-AP - Soldado |
Q837695 Português

                                         Interessantes ditos populares


      Sou apreciador dos ditos populares. No meu tempo de criança, dificilmente um conselho dado pelos mais velhos não continha um ditado. Se alguns moleques estivessem “batendo perna” pelas vias públicas, alguém os mandava para casa, afirmando que “boa romaria faz, quem em casa fica em paz”.

      Certa vez, uns molecões praticaram um roubo no quintal de uma moradora do bairro central de Macapá levando toda a roupa que secava num varal. A pobre mulher ganhava o sustento da família como lavadeira e não tinha recursos para indenizar os fregueses lesados. A polícia foi acionada e não demorou a identificar os autores da gatunagem. A pista foi dada por um deles, o mais pobre, que apareceu todo na pinta num tertulhão do dançará Hally Gally1 .

      O investigador desconfiou do sujeito e foi chamar a lavadeira. De longe, a mulher começou a gritar: “Prendam este safado. A camisa de seda que ele está usando pertence ao professor Pedro Ribeiro, meu freguês de lavagem”. Alarme dado e providência tomada. O toque especial deste caso partiu de um velho morador do Laguinho, que corujava2 a festa dançante: “O alheio reclama seu dono”. Outro observador comentou: “O sem-vergonha quer luxar, mas não tem condições”.

(Adaptado de: MONTORIL, Nilson. Interessantes ditos populares. Disponível em: www.diariodoamapa.com.br. Publicado em: 15.07.2017) 


1 apareceu todo bem vestido em uma determinada casa de dança;

2 que espreitava, observava com curiosidade. 

Alarme dado e providência tomada. (3° parágrafo)


Essa frase estará corretamente reescrita, preservando-se a correlação entre as ações no contexto, em:

Alternativas
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PM-AP Prova: FCC - 2017 - PM-AP - Soldado |
Q837694 Português

                                         Interessantes ditos populares


      Sou apreciador dos ditos populares. No meu tempo de criança, dificilmente um conselho dado pelos mais velhos não continha um ditado. Se alguns moleques estivessem “batendo perna” pelas vias públicas, alguém os mandava para casa, afirmando que “boa romaria faz, quem em casa fica em paz”.

      Certa vez, uns molecões praticaram um roubo no quintal de uma moradora do bairro central de Macapá levando toda a roupa que secava num varal. A pobre mulher ganhava o sustento da família como lavadeira e não tinha recursos para indenizar os fregueses lesados. A polícia foi acionada e não demorou a identificar os autores da gatunagem. A pista foi dada por um deles, o mais pobre, que apareceu todo na pinta num tertulhão do dançará Hally Gally1 .

      O investigador desconfiou do sujeito e foi chamar a lavadeira. De longe, a mulher começou a gritar: “Prendam este safado. A camisa de seda que ele está usando pertence ao professor Pedro Ribeiro, meu freguês de lavagem”. Alarme dado e providência tomada. O toque especial deste caso partiu de um velho morador do Laguinho, que corujava2 a festa dançante: “O alheio reclama seu dono”. Outro observador comentou: “O sem-vergonha quer luxar, mas não tem condições”.

(Adaptado de: MONTORIL, Nilson. Interessantes ditos populares. Disponível em: www.diariodoamapa.com.br. Publicado em: 15.07.2017) 


1 apareceu todo bem vestido em uma determinada casa de dança;

2 que espreitava, observava com curiosidade. 

O dito popular “Boa romaria faz, quem em casa fica em paz” está reescrito na ordem direta, sem prejuízo do sentido, em:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PM-AP Prova: FCC - 2017 - PM-AP - Soldado |
Q837689 Português

                Super wi-fi: como as frequências não usadas de TV podem levar

                                                a internet a lugares remotos


      Mais da metade da população mundial não tem acesso à internet. E, por mais surpreendente que possa parecer, a solução pode estar em uma tecnologia que chegou muito antes da revolução digital: a televisão analógica. A ideia é usar os chamados “espaços em branco” dos canais de televisão para levar a rede aos 57% do globo que não têm internet (mais de 4 bilhões de pessoas).

    A tecnologia, informalmente conhecida como “super wi-fi”, prevê ocupar as redes de televisão não utilizadas com um tipo de conexão wi-fi que conseguiria alcançar distâncias muito grandes.

      Essa não é a única iniciativa em curso para tentar mudar a situação de quem vive nas zonas mais rurais: o Google  faz isso com o Projeto Loon, que coloca nos céus uma rede de balões, e o Facebook usa drones. Mas agora a Microsoft quer tomar a dianteira com o super wi-fi. A empresa é uma das primeiras a implementar essa tecnologia. Por enquanto, ela quer testá-la em solo americano e, caso se mostre eficaz, exportá-la para outros lugares do mundo.

      Mas o que a Microsoft e outras empresas que têm investido nessa causa ganham ao promover esse tipo de ação? Em primeiro lugar, milhões de “clientes em potencial” que poderão usar, uma vez conectados, seus serviços de nuvem, aplicativos e outras ferramentas digitais. E, além disso, elas podem ganhar prestígio de marca e popularidade.

     Para apoiar seu plano, a Microsoft começou negociações com reguladoras estatais para que elas possam garantir o uso dos canais de televisão para este fim e para que invistam na extensão da tecnologia em áreas rurais.

     Mas há ainda alguns obstáculos pelo caminho. Poucos fabricantes estão criando dispositivos compatíveis com essa tecnologia e alguns dos que podem ser usados custam pelo menos US$ 1 mil por unidade. Outro desafio é a batalha interminável com emissoras de televisão, que garantem que o super wi-fi poderia prejudicar o funcionamento dos outros canais.

(Adaptado de: Super wi-fi: como as frequências não usadas de TV podem levar a internet a lugares remotos. Disponível em: www.bbc.com. Publicado em: 19.07.2017)

Mas ainda alguns obstáculos pelo caminho. (6° parágrafo)


Essa frase permanecerá corretamente reescrita, no que se refere à norma-padrão da língua portuguesa, substituindo-se a forma verbal destacada por:

Alternativas
Respostas
221: E
222: A
223: E
224: C
225: A