Questões Militares Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1019456 Português

TEXTO 03 

A Pêndula


Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada. Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito mal; esse tique-taque soturno, vagaroso e seco, parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dois sacos, o da vida e da morte, a tirar as moedas da vida para dá-las à morte, e a contá-las assim:

- Outra de menos .. .

- Outra de menos .. .

- Outra de menos .. .

- Outra de menos .. .

O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo; o derradeiro homem, ao despedir-se do sol frio e gasto, há de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exata em que morre.' Naquela noite não padeci essa triste sensação de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados; e de certo tempo em diante não ouvi coisa nenhuma, porque o meu pensamento, ardiloso e traquinas, saltou pela janela fora e bateu as asas na direção da casa de Virgília. Aí achou ao peitoril de uma janela o pensamento de Virgília, saudaram-se e ficaram de palestra. Nós a rolarmos na cama, talvez com frio, necessitados de repouso, e os dois vadios ali postos, a repetirem o velho diálogo de Adão e Eva.

(ASSIS, Machado de. Obra Completa. Vol. 1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 199, p. 61-62) 

O termo "relógio", presente em "Invenções há, que se transformam ou acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo; [ ... ]" (§6°), além de representar um aparelho que indica as horas, também é empregado como um símbolo de
Alternativas
Q1019440 Português

TEXTO 01 


O relógio

O relógio de Nasrudin vivia marcando a hora errada.

- Mas será que não dá para tomar uma providência? - alguém comentou.

- Qual providência? - falou Mullá.

- Bem, o relógio nunca marca a hora certa. Qualquer que seja a providência já será uma melhora.

Nasrudin deu uma martelada no relógio. O relógio parou.

- Você tem toda a razão - disse ele. - De fato, já dá para sentir uma melhora.

- Eu não quis dizer "qualquer providência", assim literalmente. Como é que agora o relógio pode estar melhor do que antes?

- Bem, antes ele nunca marcava a hora certa. Agora, pelo menos, duas vezes por dia ele vai estar certo.

AL-DIN, K. N. O relógio. ln: Costa, F. M. de. (org.). Os 100 melhores contos de humor da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.  

No trecho "O relógio de Nasrudin vivia marcando a hora errada." (§1°), o verbo "viver'' apresenta que valor semântico?
Alternativas
Q1017022 Português

               Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA


      As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos. Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

      O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei (GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

      Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

            (Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

Com a substituição do termo destacado na frase “Agora, na tentativa de driblar as novas regras...”, a redação está correta quanto à regência verbal, em conformidade com a norma-padrão da língua, em:
Alternativas
Q1017021 Português

               Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA


      As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos. Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

      O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei (GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

      Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

            (Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

Considere as frases do texto:


●  ... restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

●  ... pressionaram agressivamente as autoridades (...) para começar a delinear uma lei...


Os termos destacados nas frases significam, correta e respectivamente,

Alternativas
Q1013625 Português

                                Mais ócio, por favor


      Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo”, em seu livro homônimo de 2000, foi alçado à condição de pensador revolucionário e à lista dos mais vendidos.

      O sucesso se deveu à explicação do espírito daquele tempo, ao apontar que tão essencial ao crescimento profissional quanto o estudo e o trabalho eram os momentos de desconexão com a labuta que abririam as portas para a criatividade e para “pensar fora da caixinha”. A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade.

      Com o lançamento de “Uma Simples Revolução”, um best-seller, o sociólogo prega uma nova guinada no pensamento empresarial.

      Ao analisar as taxas de desemprego e de desocupação, para De Masi, a única saída é reduzir a carga de trabalho individual e abrir novas vagas. “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimensão patológica”, escreve.

      O Brasil é um dos países que vivem essa realidade, com um desemprego de mais de 13 milhões de pessoas, segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mais de 5 milhões de pessoas procuram trabalho no país há um ano ou mais, o que representa quase 40% desse total.

      A lógica do mercado não ajuda a melhorar esses números. As empresas tentam reduzir suas folhas de pagamento, mesmo que isso signifique mais horas extras.

      Só que, de acordo com o sociólogo, quanto mais horas um indivíduo trabalha, mais ele contribui para a taxa de desocupação. “Na Alemanha, onde todos trabalham, em média, 1400 horas, o desemprego está em 3,8% e o emprego está em 79%. Já na Itália, onde um italiano trabalha em média 1800 horas, o desemprego está em 11% e o emprego está em 58%”, detalha.

      “Para eliminar o desemprego, o único remédio válido é reduzir as horas de trabalho, mantendo o salário e aumentando o número de vagas”, diz, em entrevista ao UOL.


(Lúcia Valentim Rodrigues, “Mais ócio, por favor”. https://noticias.uol.com.br. Adaptado)

Considere as passagens:


•  Quando o sociólogo italiano Domenico De Masi lançou o conceito de “ócio criativo” [...], foi alçado à condição de pensador revolucionário... (1° parágrafo)

•  A intenção era alcançar uma fusão entre estudo, trabalho e lazer para aprimorar o conhecimento, vivenciar diferentes experiências e instigar a criatividade. (2° parágrafo)

•  “Se as regras do jogo não mudarem, o desemprego – aberto ou oculto – está destinado a crescer em dimensão patológica”, escreve. (4° parágrafo)


No contexto em que estão empregados, os termos significam, correta e respectivamente:

Alternativas
Respostas
411: E
412: B
413: B
414: A
415: A