Questões Militares Para funcab

Foram encontradas 1.224 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q579209 História e Geografia de Estados e Municípios
No século XX, um dos mais importantes diplomatas brasileiros, Barão do Rio Branco, foi o responsável pela anexação brasileira do território que atualmente pertence ao estado do Acre. O ano da assinatura do Tratado de Petrópolis foi:
Alternativas
Q579208 História e Geografia de Estados e Municípios

La Guerra dei Acre

Assim os bolivianos denominam os conflitos territoriais na tríplice fronteira Brasil/Bolívia/Peru que resultaram na anexação do atual estado do Acre ao Brasil no início do século XX. Porém, no estado do Acre é denominada:

Alternativas
Q579207 História e Geografia de Estados e Municípios
Leias as informações a seguir sobre a vegetação acreana.

I. Tem a menor preservação de cobertura florestal.

II. Possui floresta aberta com bambu Dominante.

III. Possui floresta aberta com palmeira das áreas aluviais.

Estão corretas as afirmativas: 

Alternativas
Q579206 História e Geografia de Estados e Municípios

Leia o texto a seguir sobre o rio Acre.

O rio Acre apresenta um perfil longitudinal de meandros, embora possua alguns trechos de forma retilínea, chamados, pela população, estirões. A morfometria e morfologia das sub-microbacias, em particular daquelas pertencentes à área urbana, lhes conferem um caráter de sistema ambiental complexo, que se expressa nas interações entre o meio físico-natural e O socioeconômico. (Universidade Federal do Acre Grupo de Estudos e Serviços Ambientais, 2007).

De acordo com o texto, marque a alternativa correta a seguir:

Alternativas
Q579205 História e Geografia de Estados e Municípios
“No Acre, esses processos se iniciam na década de 70 do século passado, caracterizando não só mudanças na estrutura agrária e na economia do Estado, mas também novas formas de conflitos. Grupos sociais e econômicos tradicionais (seringueiros/posseiros) se defrontaram com novos grupos (fazendeiros/empresários) que representam os processos de produção da frente pioneira agropecuária". (Uso da Terra e a Gestão do Território no Estado do Acre. IBGE, 2009)

O texto refere-se a uma antiga e tradicional atividade econômica, praticada no estado do Acre, que é conhecida como: 

Alternativas
Q579204 História e Geografia de Estados e Municípios
Rio Branco é a capital do Acre e uma das suas principais cidades.

Com relação à Rio Branco é correto afirmar: 

Alternativas
Q579203 História e Geografia de Estados e Municípios
Leia as seguintes afirmativas sobre a economia acreana.

I. A floresta sustenta a economia acreana e faz da indústria extrativa vegetal a atividade fundamental da população.

II. A indústria petrolífera é a principal captadora de mão de obra acreana.

III. A composição da economia do Estado baseia-se primordialmente na extração da borracha e da castanha, e ainda na atividade pecuária.

Estão corretas as afirmativas: 

Alternativas
Q579202 História e Geografia de Estados e Municípios
Após um longo tempo de denúncias contra a destruição ambiental e as mazelas sociais produzidas pela expansão capitalista na Amazônia no pós 1964, passou-se a assistir nos anos 90, uma gradativa mudança de enfoque nas abordagens sobre a região. (Luta Pela Terra no Acre: conquistas e retrocessos. PAULA, Elder Andrade de, 2004)

Uma das entidades não governamentais que se destacaram na defesa da floresta amazônica no Acre foi o(a): 

Alternativas
Q579201 História e Geografia de Estados e Municípios
Com relação à geografia do Acre, é correto afirmar que:
Alternativas
Q579200 História e Geografia de Estados e Municípios
A questão do Acre, com o é conhecida na historiografia brasileira a disputa fronteiriça entre Brasil e Bolívia, começa muito antes de 1902, ano em que assume como ministro das Relações Exteriores do Brasil o Barão de Rio Branco.

Sobre a questão de anexação do Acre ao Brasil, pode-se afirmar: 

I. já no século XIX, a região era alvo de disputas entre brasileiros, bolivianos e peruanos.

II. a fim de apaziguar os ânimos, sobre a questão fronteiriça, o Brasil lança, como proposta, o Tratado de La Paz de Ayacucho.

III. a região era alvo de disputa, devido ser, naquela época, o centro do chamado “ciclo da borracha".

Estão corretas as afirmativas: 


Alternativas
Q579199 História e Geografia de Estados e Municípios
A formação do território do Acre começa na partilha dos continentes a serem conquistados por portugueses e espanhóis, e, também, na constituição das fronteiras com os outros países da América do Sul, questão esta que somente será encerrada no século XX.

A anexação do Acre ao Brasil foi uma questão resolvida através do:

Alternativas
Q579198 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

Afirma-se com correção que, no terceiro parágrafo do texto:
Alternativas
Q579197 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

“Aporta que se abre com força, arrastando." Sobre os elementos do trecho, leia as afirmativas.

I. O pronome SE poderia estar em posição enclítica.

II. COM FORÇA estabelece relação de modo.

III. ARRASTANDO indica uma ação contínua, que está, esteve ou estará em andamento.

Está correto o que se afirma apenas em: 

Alternativas
Q579196 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

De acordo com os estudos de sintaxe, o elemento destacado em “(o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-LHE o leite...)”:
Alternativas
Q579195 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

No caso da oração destacada em Você acha possível, Adelaide, QUE OS RATOS ROAM DINHEIRO?...”, exerce, em relação à principal, a função sintática de:
Alternativas
Q579194 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

A elaboração do texto escrito envolve uma série de decisões relativas ao uso dos sinais gráficos.

As reticências em “Você não tem medo que os ratos possam ... (“- Sim ...? ” ) estar mexendo no dinheiro? ...” , na primeira ocorrência, foram empregadas para:

Alternativas
Q579193 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

Sobre as formas verbais destacadas nas frases a seguir,

1. “HÃO de ser muitos"

2. “HÁ várias fontes daquele guinchinho"

3. “HÁ ali perto um ruído."

É correto afirmar que: 

Alternativas
Q579192 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

"- E ela se volta outra vez na cama para dormir..."

A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.

I. O pronome OUTRA é adjetivo indefinido e junto com o substantivo VEZ significa novamente.

II. SE VOLTA significa retorno.

III. A preposição PARA tem valor semântico de finalidade.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): 

Alternativas
Q579191 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

Dando nova redação à frase “Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...”, mantendo-se a correção formal de seus elementos linguísticos, a coerência e o sentido original, ela ficaria:
Alternativas
Q579190 Português

                                                       Os ratos

      Há ali perto um ruído, dum móvel dali do quarto. Venha! Incorpora no chiado amorfo, unido... Tem medo de decompor esse conjunto, de seguir uma linha qualquer naquela massa...

      Agora é um guinchinho... Várias notinhas geminadas... Parou... O seu chiado voltou a ter aquela uniformidade, aquela continuidade... E o meu marido, o que vai fazer? Nada? Como ele vai viver sem as garrafas, sem as latas, sem as caixas? Vai perambular pela rua, roubar pra comer? Ele se põe a escutar agudamente. Um esforço para afastar aquele conjunto amorfo de ruidozinhos, aquele chiado... Lá está, num canto, no chão, o guinchinho, feito de várias notinhas geminadas, fininhas...

      São os ratos!... Vai escutar com atenção, a respiração meio parada. Hão de ser muitos: há várias fontes daquele guinchinho, e de quando em quando, no forro, em vários pontos, o rufar... 

A casa está cheia de ratos...

      [...]

      Está com sono. Mas é preciso reagir. É preciso examinar bem ...

      E ele passa outra vez a sua ideia numa crítica. Vê tudo quanto há de sensato e de absurdo nela...

      Acordar Adelaide?

      Ouve a sua voz, volumosa, retumbando ali dentro do quarto... Ouve-se dizer, com voz cavernosa, estranha, saindo do silêncio: " - Adelaide... Adelaide...” Ela não acorda no primeiro momento. “- Adelaide...” Não se anima. Talvez que o filho se mexa, que ela se acorde. Aí então, com voz baixa, natural, apenas informativa:"- Adelaide... Você não tem medo que os ratos possam... (“ -­ Sim...?”) estar mexendo no dinheiro?...” -Não mexem, não.”- E ela se volta outra vez na cama para dormir...

      Naziazeno se tranquiliza...

      Ouve a respiração do filho. Ele dorme um sono pesado, igual.

      Naziazeno examina os “fundamentos” daquela sua tranqüilidade. Seria essa - está por jurar - a opinião de Adelaide... “Não mexem...” Pode se tranquilizar, pois. Nunca ouviu falar que houvessem roído um dinheiro assim. "- Você acha possível, Adelaide, que os ratos roam dinheiro?...” “- É: eles roem papel. Dinheiro é um papel engraxado...”

      Faz-se um grande tumulto dentro da sua cabeça!

      [...]

  Está exausto... Tem uma vontade de se entregar, naquela luta que vem sustentando, sustentando... Quereria dormir... Aliás, esse frio amargo e triste que lhe vem das vísceras, que lhe sobe de dentro de si, produz-lhe sempre uma sensação de sono, uma necessidade de anulação, de aniquilamento...Quereria dormir...

      Não sabe que horas são. De fora, do pátio, chega-lhe um como que pipilar, muito fraco e espaçado.

      Quereria dormir...

      Mas que é isso?!... Um baque?...

      Um baque brusco do portão. Uma volta sem cuidado da chave. A porta que se abre com força, arrastando. Mas um breve silêncio, como que uma suspensão... Depois, ele ouve que lhe despejam (o leiteiro tinha, tinha ameaçado cortar-lhe o leite...) que lhe despejam festivamente o leite. (O jorro é forte, cantante, vem de muito alto...) - Fecham furtivamente a porta... Escapam passos leves pelo pátio... Nem se ouve o portão bater...

      E  ele dorme.

                       MACHADO, Dyonélio. Os ratos. 7. ed. São Paulo: Ática, 1980. p. 149-57.

Vocabulário: via-crúcis - caminho da cruz. 

Assinale a alternativa em que a função da(s) palavra(s) destacada(s) no trecho transcrito está explicitada entre parênteses.
Alternativas
Respostas
421: E
422: B
423: E
424: A
425: A
426: D
427: E
428: A
429: D
430: B
431: B
432: A
433: A
434: B
435: D
436: C
437: D
438: C
439: C
440: D