Questões Militares Para ita
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Qual o dito popular que se aplica à situação mostrada na tira abaixo?
O texto abaixo refere-se à questão. Ele é a resposta a uma pergunta dirigida à escritora estadunidense Lenore Skenazy, quando entrevistada.
As coisas mudaram muito em termos do que achamos necessário fazer para manter nossos filhos seguros. Um
exemplo: só 10% das crianças americanas vão para a escola sozinhas hoje em dia. Mesmo quando vão de ônibus,
são levadas pelos pais até a porta do veículo. Chegou a ponto de colocarem à venda vagas que dão o direito de o pai
parar o carro bem em frente à porta na hora de levar e buscar os filhos. Os pais se acham ótimos porque gastam
algumas centenas de dólares na segurança das crianças. Mas o que você realmente fez pelo seu filho? Se o seu filho
está numa cadeira de rodas, você vai querer estacionar em frente à porta. Essa é a vaga normalmente reservada aos
portadores de deficiência. Então, você assegurou ao seu filho saudável a chance de ser tratado como um inválido.
Isso é considerado um exemplo de paternidade hoje em dia. (IstoÉ, 22/07/2009)
O texto abaixo refere-se à questão. Ele é a resposta a uma pergunta dirigida à escritora estadunidense Lenore Skenazy, quando entrevistada.
As coisas mudaram muito em termos do que achamos necessário fazer para manter nossos filhos seguros. Um
exemplo: só 10% das crianças americanas vão para a escola sozinhas hoje em dia. Mesmo quando vão de ônibus,
são levadas pelos pais até a porta do veículo. Chegou a ponto de colocarem à venda vagas que dão o direito de o pai
parar o carro bem em frente à porta na hora de levar e buscar os filhos. Os pais se acham ótimos porque gastam
algumas centenas de dólares na segurança das crianças. Mas o que você realmente fez pelo seu filho? Se o seu filho
está numa cadeira de rodas, você vai querer estacionar em frente à porta. Essa é a vaga normalmente reservada aos
portadores de deficiência. Então, você assegurou ao seu filho saudável a chance de ser tratado como um inválido.
Isso é considerado um exemplo de paternidade hoje em dia. (IstoÉ, 22/07/2009)
Alguma onda conservadora, sempre tão pronta na imprensa e nas academias de ginástica, move-se contra a obrigatoriedade dos cursos de filosofia e sociologia no ensino médio do Brasil. Digo que são conservadores os responsáveis por essa onda porque aquilo que externam tais pessoas de formação culta vai embasado, admitamos, numa razão antiga, embora compreensível.
No Brasil, não se ensinam direito matemática, geografia, lógica ou português, então por que deveríamos nos preocupar com a transmissão dos modos de exercitar o pensamento no decorrer do tempo? Quem vai transmitir coisas tão complicadas em torno da história das interpretações de mundo se não há no mercado do ensino pré- universitário aqueles mestres capazes de ensinar as coisas simples já pensadas?
Da forma como vejo, matemática não é coisa simples. Nem português. Matemática é Pitágoras, Antônio Vieira, português. E Filosofia, Platão; Sociologia, Émile Durkheim. Na minha vida de leitora, talvez tenha percorrido mais vezes Platão e Durkheim do que aquele Pitágoras que, quando bem explicado por alguém, pareceu-me cristalino. Então, matemática não pode ser mais simples que filosofia (isto se não considerarmos a matemática uma pura implicação filosófica).
Matemática tem apenas mais professores especializados a ensiná-la. É preciso que se formem professores novos, não daqui a cem anos, quando parecermos prontos, mas já, estimulados por uma lei à primeira vista arrogante e inadequada. Ou isto acontece agora ou jamais começaremos a preparar quem estuda para a verdadeira vida acadêmica que, esperemos, terá depois.
Seria perda de tempo estender-me aqui sobre as razões pelas quais áreas como filosofia, condenada como
grande abstração, e sociologia, por sua concretude, tornaram-se vitais ao conhecimento de qualquer habitante de um
mundo civilizado. O Brasil está atrasado em relação ao Primeiro Mundo sonhado, a escola vai mal? A filosofia deve
entrar na cabeça dos alunos e a sociologia precisa explicar aspectos importantes do país, tão logo isto seja possível.
Aos 15 anos de idade, um mortal, mesmo que um brasileirinho, pode começar a aprendê-las... [...] (Rosane Pavam.
Carta Capital, 03/07/2008.)
Leia os trechos a seguir.
I. Alguma onda conservadora, sempre tão pronta na imprensa e nas academias de ginástica, move-se contra a obrigatoriedade dos cursos de filosofia e sociologia no ensino médio do Brasil.
II. Da forma como vejo, matemática não é coisa simples. Nem português.
III. A filosofia deve entrar na cabeça dos alunos e a sociologia precisa explicar aspectos importantes do país, tão logo isto seja possível.
Há depreciação apenas em