Desde que o ChatGPT foi lançado, no final de
novembro do ano passado, você provavelmente foi
impactado por diversos conteúdos que trazem
reflexões sobre o avanço da inteligência artificial (IA)
e como isso pode afetar a nossa vida, correto? Há
opiniões que transitam por todos os lados: desde os
mais alarmistas – que afirmam o caráter ameaçador
da IA frente ao trabalho humano –, até os mais
céticos – que duvidam da capacidade dos programas
em atuar no nosso lugar.
O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela
OpenAI que utiliza inteligência artificial para promover
diálogos incrivelmente humanizados. Na primeira
semana em que foi ao ar, o programa foi baixado por
mais de cinco milhões de usuários. Apesar de
inovadora, a IA ainda está muito longe de substituir a
singularidade do trabalho humano.
A Microsoft é uma das grandes investidoras
da OpenAI – nos últimos quatro anos,
aproximadamente US$ 1 bilhão já foi investido na
startup.
Pessoalmente, acredito que estamos vivendo
o nascimento de diversas novas tecnologias
disruptivas que estão vindo para ficar, mas que ainda
estão muito longe de substituir a singularidade do
intelecto humano. Sem sombras de dúvidas, as novas
plataformas poderão contribuir muito para o nosso
cotidiano, desde que tenham suas usabilidades bem
aplicadas e previamente pensadas de forma
estratégica. Isso é algo que, por enquanto, somente
nós conseguimos fazer de forma verdadeiramente
eficiente. (...)
Aos primeiros olhares, o robô assusta por sua
capacidade humanizada de interagir. Em poucos
segundos, você pode ter em sua tela a resposta para
uma dúvida sobre questões complexas de
matemática ou uma receita detalhada de bolo. Porém,
ainda que a IA seja aperfeiçoada cada vez mais e que
suas interações fiquem ainda mais humanas, tem
algo indispensável que seguirá sendo a espinha
dorsal: o comando por trás de toda resposta parte da
mente humana. É nesse ponto que devemos prestar
atenção.
Antes de escrever este artigo, experimentei
algumas vezes a plataforma (embora esteja
apresentando instabilidades por conta do número
excessivo de novos usuários). A primeira coisa que
reparei é que sua base de dados demanda
atualizações. Os dados estão atualizados até meados
de 2021, o que significa que, se você perguntar, por
exemplo, “quem venceu as eleições em 2022 no
Brasil?”, ele não poderá responder.
Em seguida, logo reparei que, se você aplicar
comandos genéricos, terá também respostas
genéricas. Portanto, não adianta pedir para que o
robô “escreva um post para o Linkedin que seja capaz
de viralizar”. Se assim o fizer, até terá uma resposta
na tela, mas, ao copiar e colar a publicação na rede
social, provavelmente não cumprirá seu objetivo.
Repare que esses dois pontos observados
(atualização da base de dados e comandos bem
aplicados) necessitam dos indispensáveis olhares e
pensamentos exclusivos de nós, humanos. São
pontos que evidenciam que o auxílio da IA em nossas
vidas não tornará as coisas tão simples e
automatizadas assim. (...)
Por fim, o desenvolvimento das novas IAs
servirão, e muito, para contribuir com a nossa
evolução. Serão cada vez mais ferramentas
indispensáveis em nosso cotidiano, que nos darão
excelentes atalhos para nos levar ainda mais longe.
Sem dúvidas, os milionários investimentos que estão
sendo aplicados nos darão tecnologias cada vez mais
aperfeiçoadas. No entanto, ainda que possam
avançar muito mais do que possamos imaginar, a
criatividade da mente humana é insubstituível.
Adaptado de: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/chatgpta-inteligencia-artificial-como-aliada-ou-a-substituta-da-mentehumana. Acesso em: 10 Mar.2023.