Para responder a questão, leia o trecho do romance de Érico Veríssimo –
Olhai os lírios do campo.
Olhai os lírios do campo
[...] Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do
dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa
época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece
de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se
não há mais almas humanas para morar neles? [...]
[...] É indispensável trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também
triste e sem beleza. Precisamos, entretanto, dar um sentido humano às nossas
construções. E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos,
saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu. [...]
[...] Há, na terra, um grande trabalho a realizar. É tarefa para seres fortes, para
corações corajosos. Não podemos cruzar os braços. [...]
[...] É indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da
violência e sim com as do amor e da persuasão. [...]
[...] Quando falo em conquistas, quero dizer a conquista duma situação decente
para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, através do espírito de
cooperação. [...]
Érico Veríssimo