Questões Militares Comentadas para soldado do corpo de bombeiro

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Q816441 Biologia

“O sangue oxigenado sai do coração, e vai a todos os sistemas corporais, impulsionado pelo ventrículo esquerdo, onde retorna ao coração pelo átrio direito por duas grandes veias cavas, uma delas, a veia cava superior, traz o sangue que irrigou _________________________________.”

(Amabis, J. M. e Martho, G. R. Biologia dos organismos, volume 2. Editora moderna, 3ª edição. São Paulo, 2010.)

Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior. 

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Q816440 Biologia
O pâncreas é uma célula mista que desempenha tanto funções endócrinas quanto exócrinas. A parte endócrina é constituída por centenas de aglomerados celulares conhecidos por ilhotas pancreáticas, que apresentam dois tipos celulares: células beta e células alfa. Sobre essas células, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q816439 Biologia
“É um tipo de célula do tecido ósseo, que “rói” a parte interna do osso, aumentando a cavidade óssea onde está a medula, colaborando, também, com o equilíbrio de cálcio no corpo, quando a taxa deste diminui no sangue.” Essa célula é conhecida por:
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Q816438 Biologia

Sobre as características das fibras que compõem o tecido conjuntivo, analise:

feitas de uma glicoproteína que cede a tração, mas que retorna a forma original;

• feitas de um tipo de proteína muito resistente à tração; e,

• feitas de um tipo de colágeno associado a uma glicoproteína, formando uma rede de sustentação em alguns órgãos.

Essas fibras são conhecidas, respectivamente, por:

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Q816436 Biologia

“Em quase todos os epitélios há uma superfície de contato com o tecido conjuntivo, conhecida por lâmina basal. Uma região é formada por ________________ fabricadas pelas células epiteliais e a outra formada por _______________ fabricadas pelo tecido conjuntivo.”

(Linhares, S. e Gewandsznajder, F. Biologia, volume único. 1ª edição. Editora Ática, SP. 2009.)

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 

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Q816435 Biologia
“Os vasos sanguíneos de menor ou maior calibre, a todo o momento, sofrem lesões dentro do organismo humano. Para que não haja perda de sangue por essas lesões, as plaquetas e as próprias células lesadas liberam fatores que ativam uma proteína presente no plasma e que, a partir dela, ocorre uma sequência de reações que resultam na origem dos coágulos, responsáveis por impedirem a passagem do sangue, até que os vasos lesionados estejam restaurados.” Como é chamada a proteína produzida no fígado e responsável por essa sequência de reações?
Alternativas
Q816434 Biologia
Uma molécula de proteína é formada pela união de aminoácidos, que apresentam em sua estrutura um grupamento amina, um carboxila e um radical, representado pela letra R, que diferencia um aminoácido do outro. Esse radical tanto pode ser uma cadeia de carbono, quanto um simples átomo de
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Q816433 Biologia
Polissacarídeos são glicídios de longas cadeias constituídos pela união de muitos monossacarídeos, dentre eles destaca-se um tipo nitrogenado, presente no esqueleto dos insetos e nos tecidos dos animais, que funciona como uma cola que liga as células. Esses polissacarídeos são conhecidos, respectivamente, por:
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Q816432 Biologia
Os sais minerais são encontrados em estruturas esqueléticas ou dissolvidos em água, e apresentam funções fundamentais, como no meio intercelular, que geralmente na forma de íons têm funções genéricas específicas. Como por exemplo, contribuir para manter o meio intracelular com pH neutro, semelhante à água pura. Esse tipo de função genérica é conhecido por:
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Q816431 Biologia
“Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera é uma doença que faz o indivíduo perder de 12 a 20 litros de líquido por dia. É uma doença adquirida _________________________________. O tratamento é feito com antibiótico específico e reposição de líquidos e sais minerais.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
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Q816430 Biologia

Relacione adequadamente as colunas a seguir.

(Considere que alguns números poderão ser utilizados mais de uma vez.)

1. Tuberculose.

2. Leptospirose.

3. Sarampo.

4. Doenças de Chagas.


( ) As bactérias podem penetrar também pelas mucosas da boca, narinas e olhos.

( ) A transmissão pode ser feita pela ingestão de alimentos contaminados pelos protozoários.

( ) O bacilo é adquirido pela inalação.

( ) O vírus é adquirido pelo contato de gotículas de saliva eliminadas por pessoas contaminadas.

( ) A prevenção da doença é feita com a vacina BCG.

( ) A bactéria penetra no corpo através da pele.

A sequência está correta em

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Q816429 Biologia

A questão refere-se ao trecho a seguir. Leia-o atentamente.

“As vitaminas são nutrientes reguladores que, junto às enzimas, controlam as reações químicas do corpo. De modo geral, não é necessário ingerir remédios à base de vitaminas, pois muitas estão presentes em frutas, leite, legumes, verduras e carnes. Existem as vitaminas que dissolvem bem em gorduras, e são conhecidas por lipossolúveis, e as que dissolvem em água, conhecidas por hidrossolúveis.”

Das alternativas a seguir qual é a vitamina hidrossolúvel que age na formação das hemácias e no metabolismo dos ácidos nucleicos?

Alternativas
Q816428 Biologia

A questão refere-se ao trecho a seguir. Leia-o atentamente.

“As vitaminas são nutrientes reguladores que, junto às enzimas, controlam as reações químicas do corpo. De modo geral, não é necessário ingerir remédios à base de vitaminas, pois muitas estão presentes em frutas, leite, legumes, verduras e carnes. Existem as vitaminas que dissolvem bem em gorduras, e são conhecidas por lipossolúveis, e as que dissolvem em água, conhecidas por hidrossolúveis.”

Das alternativas a seguir qual é a vitamina lipossolúvel que protege as partes da célula contra oxidação e radicais livres?

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Q816427 Biologia
A poliomielite é uma doença causada por um vírus envelopado que se multiplica inicialmente nas células da garganta e do intestino delgado. Ela pode causar a morte, se os nervos que controlam os músculos do sistema respiratório forem atingidos. Essa doença tem como uma das medidas profiláticas o tratamento de doentes, porém a sua erradicação pode ser feita de forma eficiente através de:
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Q816426 Biologia

Sobre as formas de transmissão da síndrome da imunodeficiência adquirida, analise as afirmativas a seguir.

I. A mulher contaminada com o vírus pode amamentar tranquilamente, pois não há perigo de transmitir a doença para seu filho.

II. Ao ser perfurada por uma agulha contaminada com o vírus, uma pessoa não adquire a doença e, sim, somente se receber sangue na forma de transfusão.

III. Numa relação sexual a mulher não passa o vírus para o homem, somente ele poderá transmitir para ela através do sêmen contaminado.

IV. Uma mulher grávida, portadora do vírus, ao fazer o uso de medicamentos adequados, diminui muito a chance de transmissão da doença para o seu filho.

V. Objetos que possam entrar em contato com o sangue, como lâmina de barbear, tesoura ou até mesmo instrumentos de tatuagens e acupuntura, podem transmitir o vírus se tiverem sido utilizados em pessoas infectadas.

Estão corretas apenas as afirmativas

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Q816425 Biologia

“A dengue é um vírus RNA, de filamento único, envelopado e que possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.7. O mosquito adquire o vírus ao se alimentar do sangue de doente que se encontra na fase de viremia, que começa um dia antes do surgimento da febre e vai até o sexto dia de doença. Uma vez infectado o mosquito inocula o vírus junto com a sua saliva ao picar a pessoa sadia.”

    (Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/2010/vol43n2/Simp6_Dengue.pdf.)

Portanto, no que se refere à transmissão da dengue, é INCORRETO afirmar que: 

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Q816404 Português

                                     Admirável mundo novo

      [...] O D.I.C. (Diretor de Incubação e Condicionamento) e seus alunos entraram no elevador mais próximo e foram levados ao quinto andar.

Berçários. Salas de Condicionamento Neopavloviano, indicava o painel de avisos.

      O Diretor abriu uma porta. Entraram num vasto cômodo nu, muito claro e ensolarado, pois toda a parede do lado sul era constituída por uma única janela. Meia dúzia de enfermeiras, com as calças e jaquetas do uniforme regulamentar de linho branco de viscose, os cabelos assepticamente cobertos por toucas brancas, estavam ocupadas em dispor vasos com rosas sobre o assoalho, numa longa fila, de uma extremidade à outra do cômodo. Grandes vasos, apinhados de flores. Milhares de pétalas, amplamente desabrochadas e de uma sedosa maciez, semelhantes às faces de inumeráveis pequenos querubins [...].

      As enfermeiras perfilaram-se ao entrar o D.I.C.

      – Coloquem os livros – disse ele, secamente.

      Em silêncio, elas obedeceram à ordem. Entre os vasos de rosas, os livros foram devidamente dispostos – uma fileira de livros infantis, cada um aberto, de modo convidativo, em alguma gravura agradavelmente colorida, de animal, peixe ou pássaro.

      – Agora, tragam as crianças.

    Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho, onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses, todos exatamente iguais (um Grupo Bokanovsky, evidentemente) e todos (já que pertenciam à casta Delta) vestidos de cáqui.

     – Ponham as crianças no chão.

     Os bebês foram descarregados.

    – Agora, virem-nas de modo que possam ver as flores e os livros.

  Virados, os bebês calaram-se imediatamente, depois começaram a engatinhar na direção daquelas massas de cores brilhantes, daquelas formas tão alegres e tão vivas nas páginas brancas. Enquanto se aproximavam, o sol ressurgiu de um eclipse momentâneo atrás de uma nuvem. As rosas fulgiram como sob o efeito de uma súbita paixão interna; uma energia nova e profunda pareceu espalhar-se sobre as páginas reluzentes dos livros. Das filas de bebês que se arrastavam engatinhando, elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer.

      O Diretor esfregou as mãos.

      – Excelente! – comentou. – Até parece que foi feito de encomenda.

      [...] O Diretor esperou que todos estivessem alegremente entretidos. Depois disse:

      – Observem bem. – E, levantando a mão, deu o sinal.

      A Enfermeira-Chefe, que se encontrava junto a um quadro de ligações na outra extremidade da sala, baixou uma pequena alavanca.

     Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram, enlouquecedoras.

     As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror.

   – E agora – gritou o D.I.C. (pois o barulho era ensurdecedor) – agora vamos gravar mais profundamente a lição por meio de um ligeiro choque elétrico.

   Agitou de novo a mão, e a Enfermeira-Chefe baixou uma segunda alavanca. Os gritos das crianças mudaram subitamente de tom. Havia algo de desesperado, de quase demente, nos urros agudos e espasmódicos que elas então soltaram. Seus pequenos corpos contraíam-se e retesavam-se; seus membros agitavam-se em movimentos convulsivos, como puxados por fios invisíveis.

      – Nós podemos eletrificar todo aquele lado do assoalho – berrou o Diretor para explicar-se. – Mas isso basta — continuou, fazendo um sinal à enfermeira.

     As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o ganido da sirene foi baixando de tom até silenciar. Os corpos rigidamente contraídos distenderam-se; o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se novamente no berreiro normal do terror comum.

     – Ofereçam-lhes de novo as flores e os livros.

     As enfermeiras obedeceram; mas, à aproximação das rosas, à simples visão das imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.

    [...]

    – Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio “instintivo” aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida. – O Diretor voltou-se para as enfermeiras. – Podem levá-las.

   Sempre gritando, os bebês de cáqui foram colocados nos seus carrinhos e levados para fora da sala, deixando atrás de si um cheiro de leite azedo e um agradabilíssimo silêncio.

    Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?

      [...]

    – [...] As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas [...].

        (Aldous Huxley. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2001. Fragmento.)

Em todos os segmentos abaixo selecionados, é possível reconhecer o emprego do sufixo adverbial “-mente” na formação de palavras pertencentes à mesma classe gramatical, EXCETO:
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Q816403 Português

                                     Admirável mundo novo

      [...] O D.I.C. (Diretor de Incubação e Condicionamento) e seus alunos entraram no elevador mais próximo e foram levados ao quinto andar.

Berçários. Salas de Condicionamento Neopavloviano, indicava o painel de avisos.

      O Diretor abriu uma porta. Entraram num vasto cômodo nu, muito claro e ensolarado, pois toda a parede do lado sul era constituída por uma única janela. Meia dúzia de enfermeiras, com as calças e jaquetas do uniforme regulamentar de linho branco de viscose, os cabelos assepticamente cobertos por toucas brancas, estavam ocupadas em dispor vasos com rosas sobre o assoalho, numa longa fila, de uma extremidade à outra do cômodo. Grandes vasos, apinhados de flores. Milhares de pétalas, amplamente desabrochadas e de uma sedosa maciez, semelhantes às faces de inumeráveis pequenos querubins [...].

      As enfermeiras perfilaram-se ao entrar o D.I.C.

      – Coloquem os livros – disse ele, secamente.

      Em silêncio, elas obedeceram à ordem. Entre os vasos de rosas, os livros foram devidamente dispostos – uma fileira de livros infantis, cada um aberto, de modo convidativo, em alguma gravura agradavelmente colorida, de animal, peixe ou pássaro.

      – Agora, tragam as crianças.

    Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho, onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses, todos exatamente iguais (um Grupo Bokanovsky, evidentemente) e todos (já que pertenciam à casta Delta) vestidos de cáqui.

     – Ponham as crianças no chão.

     Os bebês foram descarregados.

    – Agora, virem-nas de modo que possam ver as flores e os livros.

  Virados, os bebês calaram-se imediatamente, depois começaram a engatinhar na direção daquelas massas de cores brilhantes, daquelas formas tão alegres e tão vivas nas páginas brancas. Enquanto se aproximavam, o sol ressurgiu de um eclipse momentâneo atrás de uma nuvem. As rosas fulgiram como sob o efeito de uma súbita paixão interna; uma energia nova e profunda pareceu espalhar-se sobre as páginas reluzentes dos livros. Das filas de bebês que se arrastavam engatinhando, elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer.

      O Diretor esfregou as mãos.

      – Excelente! – comentou. – Até parece que foi feito de encomenda.

      [...] O Diretor esperou que todos estivessem alegremente entretidos. Depois disse:

      – Observem bem. – E, levantando a mão, deu o sinal.

      A Enfermeira-Chefe, que se encontrava junto a um quadro de ligações na outra extremidade da sala, baixou uma pequena alavanca.

     Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram, enlouquecedoras.

     As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror.

   – E agora – gritou o D.I.C. (pois o barulho era ensurdecedor) – agora vamos gravar mais profundamente a lição por meio de um ligeiro choque elétrico.

   Agitou de novo a mão, e a Enfermeira-Chefe baixou uma segunda alavanca. Os gritos das crianças mudaram subitamente de tom. Havia algo de desesperado, de quase demente, nos urros agudos e espasmódicos que elas então soltaram. Seus pequenos corpos contraíam-se e retesavam-se; seus membros agitavam-se em movimentos convulsivos, como puxados por fios invisíveis.

      – Nós podemos eletrificar todo aquele lado do assoalho – berrou o Diretor para explicar-se. – Mas isso basta — continuou, fazendo um sinal à enfermeira.

     As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o ganido da sirene foi baixando de tom até silenciar. Os corpos rigidamente contraídos distenderam-se; o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se novamente no berreiro normal do terror comum.

     – Ofereçam-lhes de novo as flores e os livros.

     As enfermeiras obedeceram; mas, à aproximação das rosas, à simples visão das imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.

    [...]

    – Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio “instintivo” aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida. – O Diretor voltou-se para as enfermeiras. – Podem levá-las.

   Sempre gritando, os bebês de cáqui foram colocados nos seus carrinhos e levados para fora da sala, deixando atrás de si um cheiro de leite azedo e um agradabilíssimo silêncio.

    Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?

      [...]

    – [...] As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas [...].

        (Aldous Huxley. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2001. Fragmento.)

Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos...” No final do texto, um dos estudantes levanta a mão para fazer um questionamento acerca do experimento que acabara de presenciar. Para introduzir a ideia de que apesar de haver um questionamento, o estudante havia compreendido as ações em relação aos livros, o termo “embora” foi empregado indicando:
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Q816402 Português

                                     Admirável mundo novo

      [...] O D.I.C. (Diretor de Incubação e Condicionamento) e seus alunos entraram no elevador mais próximo e foram levados ao quinto andar.

Berçários. Salas de Condicionamento Neopavloviano, indicava o painel de avisos.

      O Diretor abriu uma porta. Entraram num vasto cômodo nu, muito claro e ensolarado, pois toda a parede do lado sul era constituída por uma única janela. Meia dúzia de enfermeiras, com as calças e jaquetas do uniforme regulamentar de linho branco de viscose, os cabelos assepticamente cobertos por toucas brancas, estavam ocupadas em dispor vasos com rosas sobre o assoalho, numa longa fila, de uma extremidade à outra do cômodo. Grandes vasos, apinhados de flores. Milhares de pétalas, amplamente desabrochadas e de uma sedosa maciez, semelhantes às faces de inumeráveis pequenos querubins [...].

      As enfermeiras perfilaram-se ao entrar o D.I.C.

      – Coloquem os livros – disse ele, secamente.

      Em silêncio, elas obedeceram à ordem. Entre os vasos de rosas, os livros foram devidamente dispostos – uma fileira de livros infantis, cada um aberto, de modo convidativo, em alguma gravura agradavelmente colorida, de animal, peixe ou pássaro.

      – Agora, tragam as crianças.

    Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho, onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses, todos exatamente iguais (um Grupo Bokanovsky, evidentemente) e todos (já que pertenciam à casta Delta) vestidos de cáqui.

     – Ponham as crianças no chão.

     Os bebês foram descarregados.

    – Agora, virem-nas de modo que possam ver as flores e os livros.

  Virados, os bebês calaram-se imediatamente, depois começaram a engatinhar na direção daquelas massas de cores brilhantes, daquelas formas tão alegres e tão vivas nas páginas brancas. Enquanto se aproximavam, o sol ressurgiu de um eclipse momentâneo atrás de uma nuvem. As rosas fulgiram como sob o efeito de uma súbita paixão interna; uma energia nova e profunda pareceu espalhar-se sobre as páginas reluzentes dos livros. Das filas de bebês que se arrastavam engatinhando, elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer.

      O Diretor esfregou as mãos.

      – Excelente! – comentou. – Até parece que foi feito de encomenda.

      [...] O Diretor esperou que todos estivessem alegremente entretidos. Depois disse:

      – Observem bem. – E, levantando a mão, deu o sinal.

      A Enfermeira-Chefe, que se encontrava junto a um quadro de ligações na outra extremidade da sala, baixou uma pequena alavanca.

     Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram, enlouquecedoras.

     As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror.

   – E agora – gritou o D.I.C. (pois o barulho era ensurdecedor) – agora vamos gravar mais profundamente a lição por meio de um ligeiro choque elétrico.

   Agitou de novo a mão, e a Enfermeira-Chefe baixou uma segunda alavanca. Os gritos das crianças mudaram subitamente de tom. Havia algo de desesperado, de quase demente, nos urros agudos e espasmódicos que elas então soltaram. Seus pequenos corpos contraíam-se e retesavam-se; seus membros agitavam-se em movimentos convulsivos, como puxados por fios invisíveis.

      – Nós podemos eletrificar todo aquele lado do assoalho – berrou o Diretor para explicar-se. – Mas isso basta — continuou, fazendo um sinal à enfermeira.

     As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o ganido da sirene foi baixando de tom até silenciar. Os corpos rigidamente contraídos distenderam-se; o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se novamente no berreiro normal do terror comum.

     – Ofereçam-lhes de novo as flores e os livros.

     As enfermeiras obedeceram; mas, à aproximação das rosas, à simples visão das imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.

    [...]

    – Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio “instintivo” aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida. – O Diretor voltou-se para as enfermeiras. – Podem levá-las.

   Sempre gritando, os bebês de cáqui foram colocados nos seus carrinhos e levados para fora da sala, deixando atrás de si um cheiro de leite azedo e um agradabilíssimo silêncio.

    Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?

      [...]

    – [...] As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas [...].

        (Aldous Huxley. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2001. Fragmento.)

O acento grave indicador de crase é obrigatório em “já que pertenciam à casta Delta” (8º§), o mesmo só NÃO ocorre em:
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Q816401 Português

                                     Admirável mundo novo

      [...] O D.I.C. (Diretor de Incubação e Condicionamento) e seus alunos entraram no elevador mais próximo e foram levados ao quinto andar.

Berçários. Salas de Condicionamento Neopavloviano, indicava o painel de avisos.

      O Diretor abriu uma porta. Entraram num vasto cômodo nu, muito claro e ensolarado, pois toda a parede do lado sul era constituída por uma única janela. Meia dúzia de enfermeiras, com as calças e jaquetas do uniforme regulamentar de linho branco de viscose, os cabelos assepticamente cobertos por toucas brancas, estavam ocupadas em dispor vasos com rosas sobre o assoalho, numa longa fila, de uma extremidade à outra do cômodo. Grandes vasos, apinhados de flores. Milhares de pétalas, amplamente desabrochadas e de uma sedosa maciez, semelhantes às faces de inumeráveis pequenos querubins [...].

      As enfermeiras perfilaram-se ao entrar o D.I.C.

      – Coloquem os livros – disse ele, secamente.

      Em silêncio, elas obedeceram à ordem. Entre os vasos de rosas, os livros foram devidamente dispostos – uma fileira de livros infantis, cada um aberto, de modo convidativo, em alguma gravura agradavelmente colorida, de animal, peixe ou pássaro.

      – Agora, tragam as crianças.

    Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho, onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses, todos exatamente iguais (um Grupo Bokanovsky, evidentemente) e todos (já que pertenciam à casta Delta) vestidos de cáqui.

     – Ponham as crianças no chão.

     Os bebês foram descarregados.

    – Agora, virem-nas de modo que possam ver as flores e os livros.

  Virados, os bebês calaram-se imediatamente, depois começaram a engatinhar na direção daquelas massas de cores brilhantes, daquelas formas tão alegres e tão vivas nas páginas brancas. Enquanto se aproximavam, o sol ressurgiu de um eclipse momentâneo atrás de uma nuvem. As rosas fulgiram como sob o efeito de uma súbita paixão interna; uma energia nova e profunda pareceu espalhar-se sobre as páginas reluzentes dos livros. Das filas de bebês que se arrastavam engatinhando, elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer.

      O Diretor esfregou as mãos.

      – Excelente! – comentou. – Até parece que foi feito de encomenda.

      [...] O Diretor esperou que todos estivessem alegremente entretidos. Depois disse:

      – Observem bem. – E, levantando a mão, deu o sinal.

      A Enfermeira-Chefe, que se encontrava junto a um quadro de ligações na outra extremidade da sala, baixou uma pequena alavanca.

     Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram, enlouquecedoras.

     As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror.

   – E agora – gritou o D.I.C. (pois o barulho era ensurdecedor) – agora vamos gravar mais profundamente a lição por meio de um ligeiro choque elétrico.

   Agitou de novo a mão, e a Enfermeira-Chefe baixou uma segunda alavanca. Os gritos das crianças mudaram subitamente de tom. Havia algo de desesperado, de quase demente, nos urros agudos e espasmódicos que elas então soltaram. Seus pequenos corpos contraíam-se e retesavam-se; seus membros agitavam-se em movimentos convulsivos, como puxados por fios invisíveis.

      – Nós podemos eletrificar todo aquele lado do assoalho – berrou o Diretor para explicar-se. – Mas isso basta — continuou, fazendo um sinal à enfermeira.

     As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o ganido da sirene foi baixando de tom até silenciar. Os corpos rigidamente contraídos distenderam-se; o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se novamente no berreiro normal do terror comum.

     – Ofereçam-lhes de novo as flores e os livros.

     As enfermeiras obedeceram; mas, à aproximação das rosas, à simples visão das imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente.

    [...]

    – Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio “instintivo” aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida. – O Diretor voltou-se para as enfermeiras. – Podem levá-las.

   Sempre gritando, os bebês de cáqui foram colocados nos seus carrinhos e levados para fora da sala, deixando atrás de si um cheiro de leite azedo e um agradabilíssimo silêncio.

    Um dos estudantes levantou a mão. Embora compreendesse perfeitamente que não se podia permitir que pessoas de casta inferior desperdiçassem o tempo da Comunidade com livros e que havia sempre o perigo de lerem coisas que provocassem o indesejável descondicionamento de algum de seus reflexos... enfim, ele não conseguia entender o referente às flores. Por que se dar ao trabalho de tornar psicologicamente impossível aos Deltas o amor às flores?

      [...]

    – [...] As flores do campo e as paisagens, advertiu, têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica. Decidiu-se que era preciso aboli-lo, pelo menos nas classes baixas [...].

        (Aldous Huxley. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2001. Fragmento.)

Elas saíram apressadamente da sala e voltaram ao cabo de um ou dois minutos, cada qual empurrando uma espécie de carrinho, onde, nas suas quatro prateleiras de tela metálica, vinham bebês de oito meses [...]” (8º§) Acerca do termo destacado pode-se afirmar que:
Alternativas
Respostas
1241: D
1242: B
1243: C
1244: B
1245: C
1246: D
1247: D
1248: C
1249: A
1250: D
1251: C
1252: D
1253: B
1254: C
1255: B
1256: A
1257: D
1258: C
1259: D
1260: C