Questões Militares
Comentadas para primeiro tenente
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Considere 1 pé igual a 30,5 cm.
Ao considerar que um ponto A é meridional a um ponto B, tem-se que este ponto A está a(ao) __________ do ponto B.
“Na última década o Brasil, junto com outros países, implantou a Performance Based Navigation (PBN), que se trata de um novo padrão de controle do espaço aéreo pela utilização de orientação por satélites e recursos digitais (RNAV), ao invés do controle via rádio e ondas eletromagnéticas, que dependia de antenas instaladas no solo. Esse novo padrão exige que as aeronaves tenham um equipamento embarcado capaz de calcular sua posição geográfica sem a necessidade do auxílio de solo, permitindo que o piloto a mantenha dentro dos limites da aerovia.”
Fonte: Trecho de https://www.melhoresdestinos.com.br/aerovias-rotas-avioes.html. Acesso em:01 abr. 2022.
Em razão desta atualização na navegação, em solo, considere que as coordenadas geográficas dos aeródromos, principalmente das cabeceiras das pistas e inclusive, de posições de estacionamento nos pátios, devam possuir precisão mínima na ordem de 1 (um) segundo de arco.
Supondo a terra esférica, e um (1) segundo de arco numa diferença de latitude ou de longitude entre dois pontos, representaria na superfície da terra uma distância entre estes pontos de aproximadamente:
A Carta Aeronáutica Mundial (WAC) é normalmente construída na escala de ________________; na projeção _______________________, entre o Equador e as latitudes de até 80o ; e aplicada uma equidistância das curvas de nível fixa, de _________________.
O componente central de um computador é o processador, também chamado de unidade central de processamento (CPU). Um processador pode ser classificado de acordo com vários critérios. Um dos critérios de classificação é quanto à utilização de barramentos, se dados e instruções utilizam os mesmos barramentos ou se são separados.
A arquitetura que utiliza barramentos separados para dados e instruções é chamada de arquitetura:
Em um sistema digital para se representar uma sequência de bits de forma “compacta” utilizam-se, muitas vezes, sistemas de numeração octal ou hexadecimal.
O número escrito no sistema octal 42328 será equivalente, em decimal, a:
TEXTO I
A complicada arte de ver
1§Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria.
2§Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica.
3§De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… agora, tudo o que vejo me causa espanto.” Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta…Os poetas ensinam a ver”.
4§Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”.
5§Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem.
6§“Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
7§Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.
8§Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”.
9§Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.
10§A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. (...) Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.
Rubem Alves Texto Adaptado (originalmente publicado no caderno “Sinapse” - “Folha de S. Paulo”, em 26/10/2004).
Leia o fragmento do texto abaixo:
“Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra”.” (4º parágrafo)
É correto afirmar que
A medida descrita acima é conhecida como efeito: