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Q529091 Português

                               Tecendo a Manhã


                    Um galo sozinho não tece uma manhã:

                    ele precisará sempre de outros galos.

                    De um que apanhe esse grito que ele

                    e o lance a outro; de um outro galo

                    que apanhe o grito que um galo antes

                    e o lance a outro; e de outros galos

                    que com muitos outros galos se cruzem

                    os fios de sol de seus gritos de galo,

                    para que a manhã, desde uma teia tênue,

                    se vá tecendo, entre todos os galos.


                     E se encorpando em tela, entre todos,

                     se erguendo tenda, onde entrem todos,

                     se entretendendo* para todos,no toldo

                     (a manhã) que plana livre de armação.

                     A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

                     que, tecido, se eleva por si: luz balão.

            (João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra.)


* neologismo criado pelo autor, por meio da junção de “entre” + “entender”


Analise as afirmações:


I. O poema caracteriza-se por ser fortemente orientado, em sua estruturação interna, pelo fenômeno linguístico da coesão.


II. A repetição sonora, principalmente a aliteração, contribui decisivamente para sugerir a ideia de entrelaçamento presente no poema.


III. O desenvolvimento do poema se faz num crescendo, simbolizando o processo da “construção” da manhã.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Q529090 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

O verbo no tempo mais-que-perfeito do indicativo pode ser empregado em frases optativas, isto é, que exprimem desejo. É o que ocorre no trecho do texto:
Alternativas
Q529089 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

Na primeira vez em que se dirige a Nossa Senhora, a protagonista usa um tratamento e, na segunda, outro. Uma das explicações é que, na segunda vez, ela
Alternativas
Q529088 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

No trecho Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões, o advérbio mal foi empregado na mesma acepção que na seguinte frase:
Alternativas
Q529087 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

O trecho do texto onde o pronome oblíquo sublinhado tem sentido de posse é:
Alternativas
Q529086 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

O pretexto que Inocência usa para não sair de seu quarto é um problema de ordem
Alternativas
Q529085 Português

      Inocência não aparecia.

      Mal saía do quarto, pretextando recaída de sezões: entretanto, não era seu corpo o doente, não; a sua alma, sim, essa sofria morte e paixão; e amargas lágrimas, sobretudo à noite, lhe inundavam o rosto.

      – Meu Deus, exclamava ela, que será de mim? Nossa Senhora da Guia me socorra. Que pode fazer uma infeliz rapariga dos sertões contra tanta desgraça? Eu vivia tão sossegada neste retiro, amparada por meu pai... que agora tanto medo me mete... Deus do céu, piedade, piedade.

      E de joelhos, diante do tosco oratório alumiado por esguias velas de cera, orava com fervor, balbuciando as preces que costumava recitar antes de se deitar.

      Uma noite, disse ela:

      – Quisera uma reza que me enchesse mais o coração... que mais me aliviasse o peso da agonia de hoje...

      E, como levada de inspiração, prostrou-se murmurando:

      – Minha Nossa Senhora mãe da Virgem que nunca pecou, ide adiante de Deus. Pedi-lhe que tenha pena de mim... que não me deixe assim nesta dor cá dentro tão cruel. Estendei a vossa mão sobre mim. Se é crime amar a Cirino, mandai-me a morte. Que culpa tenho eu do que me sucede? Rezei tanto, para não gostar deste homem! Tudo... tudo... foi inútil! Por que então este suplício de todos os momentos? Nem sequer tem alívio no sono? Sempre ele... ele! (...)

      Quando a lembrança de Cirino se lhe apresentava mais viva, estorcia-se de desespero. A paixão punha-lhe o peito em fogo...


                                                                                         (Visconde de Taunay, Inocência.)

Sobre o texto, afirma-se:


I. A protagonista apresenta características românticas, tais como a religiosidade e a disposição para o sacrifício em nome do amor.


II. A personagem principal não consegue realizar suas aspirações, tendo em vista que está submetida a um ambiente de estrutura conservadora e patriarcalista.


III. O narrador incorpora, em seu discurso, a linguagem coloquial com que as personagens se comunicam.


Está correto o que se afirma em 

Alternativas
Q529084 Português

Instrução: Leia o texto, extraído de uma entrevista concedida a Clarice Lispector por Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.


Imagem associada para resolução da questão


O pronome relativo que exerce a função de objeto direto, e não de sujeito, apenas no trecho

Alternativas
Q529083 Português

Instrução: Leia o texto, extraído de uma entrevista concedida a Clarice Lispector por Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.


Imagem associada para resolução da questão


Ao usar a expressão trapézio voador para representar o ofício de escritor, a entrevistada lança mão de uma figura de linguagem denominada

Alternativas
Q529082 Português

Instrução: Leia o texto, extraído de uma entrevista concedida a Clarice Lispector por Lygia Fagundes Telles, para responder à questão.


Imagem associada para resolução da questão


A pergunta feita pela entrevistadora liga-se a um aspecto da criação literária que pode ser expresso pela palavra

Alternativas
Q529081 Português

Instrução: Para responder à questão, leia a estrofe, que faz parte de um poema de Camões.


O prado, as flores brancas e vermelhas

Está suavemente apresentando;

As doces e solícitas abelhas,

Com um brando sussurro vão voando;

As mansas e pacíficas ovelhas,

Do comer esquecidas, inclinando

As cabeças estão ao som divino

Que faz, passando, o Tejo cristalino.

(Luís Vaz de Camões. Obra completa, 1988.)


Um caso de posposição do sujeito em relação ao verbo ocorre no verso

Alternativas
Q529080 Português

Instrução: Para responder à questão, leia a estrofe, que faz parte de um poema de Camões.


O prado, as flores brancas e vermelhas

Está suavemente apresentando;

As doces e solícitas abelhas,

Com um brando sussurro vão voando;

As mansas e pacíficas ovelhas,

Do comer esquecidas, inclinando

As cabeças estão ao som divino

Que faz, passando, o Tejo cristalino.

(Luís Vaz de Camões. Obra completa, 1988.)



Considere as seguintes explicações para o recurso da inversão que ocorre no texto:
I. É uma característica do Classicismo renascentista que resulta da tentativa de imitar a sintaxe do Latim clássico.
II. Prende-se à necessidade de preservar as rimas, revelando uma preocupação com a perfeição formal.
III. Contribui de maneira decisiva para se alcançar a pretendida regularidade rítmica.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q529079 Português

Instrução: Para responder à questão, leia a estrofe, que faz parte de um poema de Camões.


O prado, as flores brancas e vermelhas

Está suavemente apresentando;

As doces e solícitas abelhas,

Com um brando sussurro vão voando;

As mansas e pacíficas ovelhas,

Do comer esquecidas, inclinando

As cabeças estão ao som divino

Que faz, passando, o Tejo cristalino.

(Luís Vaz de Camões. Obra completa, 1988.)


A estrofe exemplifica a lírica clássica portuguesa, na qual

Alternativas
Q529078 Português


Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu definitivo e sempre amigo...


(Vinícius de Moraes. Antologia poética, 1981.)



A correta pontuação de uma das frases do texto é:

Alternativas
Q529077 Português

Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu definitivo e sempre amigo...


(Vinícius de Moraes. Antologia poética, 1981.)



O substantivo porre pertence à variante popular da língua, assim como, tendo em vista o contexto, a forma verbal



Alternativas
Q529076 Português

Meu benzinho adorado (...) eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me quer e sabe o que eu faço eu vou-me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata (...) do teu definitivo e sempre amigo...


(Vinícius de Moraes. Antologia poética, 1981.)


Os procedimentos adotados na construção desse texto têm por finalidade

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Q529075 Português

O Brasil na fossa


O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45% dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.


(Veja, 25.05.2011.)


Reproduz-se uma informação do texto de modo correto e coerente em:


Alternativas
Q529074 Português

O Brasil na fossa


O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45% dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.


(Veja, 25.05.2011.)



Considerado o contexto, o advérbio então pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, pela expressão

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Q529073 Português

O Brasil na fossa


O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45% dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.


(Veja, 25.05.2011.)


A estratégia usada pelo redator para atrair a atenção do leitor foi dar ao texto um título

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Q529072 Português

Mãos dadas


Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.


(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.)



Esse poema pertence ao livro Sentimento do mundo, que ilustra bem uma geração de poetas, da qual também fizeram parte Vinícius de Moraes e Murilo Mendes, que se caracterizou, principalmente, por ter
Alternativas
Respostas
201: E
202: C
203: E
204: B
205: A
206: D
207: B
208: A
209: C
210: D
211: E
212: E
213: B
214: A
215: C
216: A
217: C
218: B
219: E
220: D