Questões Militares
Para médico cirurgião geral
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“TUDO ERRADO, MAS TUDO BEM”
Em 1977, um cientista da Exxon alertou os diretores da petroleira americana sobre a iminência do aquecimento global. A reação da companhia? Criar o negacionismo
Por Salvador Nogueira
É difícil precisar quando nasceu o negacionismo sobre a mudança climática. Mas dá para dizer que ele surgiu de mãos dadas com a própria constatação do aquecimento global.
Era 1977. O tema era quase desconhecido do público, e os maiores interessados no fenômeno, as companhias de petróleo, queriam saber o quanto deviam se preocupar com ele. James Black, cientista sênior da Exxon, trouxe uma mensagem reta aos diretores da petroleira. Avisou que havia um consenso científico de que a maneira mais provável pela qual a humanidade está influenciando o clima é por meio da liberação de CO2 com a queima de combustíveis fósseis.
No ano seguinte, 1978, ele já alertava que a duplicação da quantidade de CO2 na atmosfera elevaria as temperaturas médias globais em dois a três graus – número consistente com o consenso atual.
A Exxon ouviu o recado. E fingiu ter entendido o exato oposto. Quando, dez anos depois, o cientista da Nasa James Hansen participou de uma audiência no Congresso americano para dizer que o aquecimento produzido pelo homem era uma realidade, a reação de um conglomerado de empresas de petróleo, gás e carvão foi fundar a Coalizão Global do Clima. A Exxon estava no meio. E a missão inconfessa (mas documentada) do projeto era basicamente lançar dúvidas – sobre a realidade das mudanças climáticas e sobre o papel humano no fenômeno.
Um memorando trocado entre as companhias diz: “A vitória virá quando o cidadão médio estiver incerto sobre a ciência do clima”, contou o cientista Kenneth Kimmel, que expôs a manipulação, em 2015.
Fundada em 1989, a tal Coalizão Global do Clima foi dissolvida em 2002. Mas os milhões de dólares promovendo o negacionismo foram suficientes para fazer com que o então presidente americano George W. Bush, alegando prejuízos à economia e incertezas científicas, retirasse, em 2001, os EUA do Protocolo de Kyoto, primeira tentativa de promover de forma multilateral a redução das emissões de gases-estufa por todos os países.
E, claro, a história se repetiria mais de uma década depois, com o Acordo de Paris. Assinado em 2015 por Barack Obama, ele foi rejeitado por Donald Trump. Agora, com Joe Biden, o país voltou, tentando recuperar o tempo perdido.
No âmbito da ciência, a única coisa que mudou nos últimos 40 anos foi o grau de convicção de que as mudanças climáticas são uma realidade. E nem é mais questão de futuro. A Terra já aqueceu 1 °C enquanto o pessoal semeava suas falsas incertezas.
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/coluna-carbono-zero-tudo-errado-mas-tudo-bem. Acesso em 07 mar. 2022.
“TUDO ERRADO, MAS TUDO BEM”
Em 1977, um cientista da Exxon alertou os diretores da petroleira americana sobre a iminência do aquecimento global. A reação da companhia? Criar o negacionismo
Por Salvador Nogueira
É difícil precisar quando nasceu o negacionismo sobre a mudança climática. Mas dá para dizer que ele surgiu de mãos dadas com a própria constatação do aquecimento global.
Era 1977. O tema era quase desconhecido do público, e os maiores interessados no fenômeno, as companhias de petróleo, queriam saber o quanto deviam se preocupar com ele. James Black, cientista sênior da Exxon, trouxe uma mensagem reta aos diretores da petroleira. Avisou que havia um consenso científico de que a maneira mais provável pela qual a humanidade está influenciando o clima é por meio da liberação de CO2 com a queima de combustíveis fósseis.
No ano seguinte, 1978, ele já alertava que a duplicação da quantidade de CO2 na atmosfera elevaria as temperaturas médias globais em dois a três graus – número consistente com o consenso atual.
A Exxon ouviu o recado. E fingiu ter entendido o exato oposto. Quando, dez anos depois, o cientista da Nasa James Hansen participou de uma audiência no Congresso americano para dizer que o aquecimento produzido pelo homem era uma realidade, a reação de um conglomerado de empresas de petróleo, gás e carvão foi fundar a Coalizão Global do Clima. A Exxon estava no meio. E a missão inconfessa (mas documentada) do projeto era basicamente lançar dúvidas – sobre a realidade das mudanças climáticas e sobre o papel humano no fenômeno.
Um memorando trocado entre as companhias diz: “A vitória virá quando o cidadão médio estiver incerto sobre a ciência do clima”, contou o cientista Kenneth Kimmel, que expôs a manipulação, em 2015.
Fundada em 1989, a tal Coalizão Global do Clima foi dissolvida em 2002. Mas os milhões de dólares promovendo o negacionismo foram suficientes para fazer com que o então presidente americano George W. Bush, alegando prejuízos à economia e incertezas científicas, retirasse, em 2001, os EUA do Protocolo de Kyoto, primeira tentativa de promover de forma multilateral a redução das emissões de gases-estufa por todos os países.
E, claro, a história se repetiria mais de uma década depois, com o Acordo de Paris. Assinado em 2015 por Barack Obama, ele foi rejeitado por Donald Trump. Agora, com Joe Biden, o país voltou, tentando recuperar o tempo perdido.
No âmbito da ciência, a única coisa que mudou nos últimos 40 anos foi o grau de convicção de que as mudanças climáticas são uma realidade. E nem é mais questão de futuro. A Terra já aqueceu 1 °C enquanto o pessoal semeava suas falsas incertezas.
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/coluna-carbono-zero-tudo-errado-mas-tudo-bem. Acesso em 07 mar. 2022.
As síndromes de neoplasias endócrinas múltiplas (NEM) são caracterizadas pelo surgimento de tumores benignos ou malignos em glândulas endócrinas provocados por mutações genéticas que costumam acontecer em indivíduos da mesma família. Essas síndromes são divididas nos tipos 1, 2A e 2B, a depender dos órgãos acometidos. Sobre esse tema, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A NEM tipo 1 apresenta tumores que acometem paratireoide, pâncreas e hipófise.
( ) A NEM tipo 2A apresenta tumores que acometem a tireoide, adrenal e paratireoide.
( ) A NEM tipo 2B apresenta tumores do tipo carcinoma medular da tireoide, feocromocitoma e neuromas.
Assinale a sequência correta.
Os nódulos hepáticos são achados frequentes na prática médico-cirúrgica e podem representar um desafio para o diagnóstico, contudo o aperfeiçoamento dos métodos radiológicos diagnósticos permitiu maior acurácia na sua definição quanto à etiologia. A coluna da esquerda apresenta um diagnóstico etiológico de nódulo e a da direita, sua aparência clássica em um método de imagem. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1. Adenoma
2. Hemangioma
3. Hiperplasia nodular focal
4. Hepatocarcinoma
( ) Lesão nodular hiperecoica ao ultrassom.
( ) Lesão única, eventualmente múltipla, bem delimitada, às vezes encapsulada, com presença de gordura ou focos hemorrágicos à tomografia computadorizada.
( ) Lesão nodular única ou múltipla com hiper-realce na fase arterial, isossinal na fase portal e “washout” precoce à tomografia.
( ) Lesão nodular com o clássico sinal “cicatriz central” à tomografia.
Marque a sequência correta.
Os cristaloides são utilizados habitualmente em assistência ao paciente cirúrgico. Sobre essas soluções, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A solução Ringer com lactato é hiperosmolar em relação ao plasma, sendo a escolha na ressuscitação volêmica de pacientes com poucas a moderadas repercussões pós-trauma.
( ) O lactato adicionado à solução Ringer é convertido em bicarbonato após sua administração em pacientes com adequada função hepática e renal.
( ) A administração de cloreto de sódio a 0,9% (soro fisiológico), em grande volume, resulta em acidose metabólica e vasoconstrição renal.
Marque a sequência correta.
A infecção de sítio cirúrgico é um evento crítico com impacto em morbidade e mortalidade pós-operatórias. Sobre esse tema, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Apesar dos muitos benefícios da cirurgia minimamente invasiva, não há diferença entre o índice de infecção de sítio cirúrgico quando se compara as colecistectomias abertas com as videolaparoscópicas.
( ) O rastreamento rotineiro de colonização nasal por Staphylococcus aureus e o emprego de medidas de descolonização em pacientes que serão submetidos à cirurgia eletiva passaram a ser uma recomendação essencial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) a partir de 2018.
( ) Em pacientes desnutridos submetidos à terapia nutricional, há evidências de que a administração de dietas enterais com glutamina e arginina pode reduzir a incidência de complicações infecciosas pós-operatórias.
( ) Os microrganismos que causam infecção de sítio cirúrgico em cirurgias limpas são os que colonizam a pele do paciente.
Assinale a sequência correta.