Paciente, sexo masculino, 66 anos, comparece ao consultório do neurologista com o relato de ter iniciado há seis meses
quadro de fraqueza em membro superior esquerdo, acompanhada de formigamentos/choques em ambas as mãos. Após
dois meses do início dos sintomas, notou progressão do deficit de força para membro superior direito e há um mês tem
notado certa dificuldade para deambular com hipotrofia da musculatura das coxas. O paciente queixava-se, ainda, de não
conseguir elevar os braços acima dos ombros, bem como escrever, ou abotoar a camisa. Sua esposa passou a notar que o
paciente tinha engasgos frequentes há uma semana, além de alteração na fala (“enrolada e mais baixa”). Além disso, nos
últimos 3 meses, em certos momentos, alguns de seus músculos se contraíam sozinhos de forma rápida e involuntária. Ao
exame neurológico, o neurologista notou que o paciente apresentava sintomas que poderiam ser atribuídos à síndrome do
neurônio motor superior (como clônus) e também sintomas que eram atribuídos à síndrome do neurônio motor inferior
(como fasciculações e hipotrofia). Diante do caso clínico, trata-se da seguinte hipótese diagnóstica: