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Para odontólogo - ortodontia
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Gestante de 34 semanas foi submetida a operação de cesariana por pré-eclâmpsia. O pré natal foi sem intercorrências e a bolsa foi no ato do parto, com líquido amniótico claro.O recém nascido pesou 1700gramas e apresentou dificuldade respiratória logo após o nascimento. Foi instalado cpap nasal, com necessidades crescentes de oxigênio e esforço respiratório. Evoluiu para ventilação mecânica. Radiografia de tórax evidenciou volume pulmonar diminuído com padrão reticulo-granular bilateral e alguns broncogramas aéreos.
A terapêutica inicial indicada é:
Mulher, 48 anos, apresenta quadro de dor torácica ventilatório-dependente há 2 meses. Há 2 semanas refere melhora da dor e falta de ar progressiva. Radiografia de tórax mostra opacidade homogênea à direita, compatível com derrame pleural. Realizada a toracocentese.
Líquido Pleural: proteína= 5,2g/dl; glicose= 23mg/dl; leucócitos= 740/mm3( linfócitos=81%, monócitos= 11%, neutrófilos= 8% ); hemácias= 432/mm3; LDH= 1234UI/L; Adenosina deaminase (ADA) = 72U/L. A hipótese diagnóstica é:
Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia.
A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida.
Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. Sou como os que prezam a medalha mais que o esforço, e gozam a glória na peliça [...].
Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.
(PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Org. Richard Zenith. 3ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.)