Questões Militares Sobre morfologia - pronomes em português
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Uma reunião por computador é
paradoxalmente mais distante e mais próxima do que um encontro presencial. Mais
distante por razões óbvias: as pessoas estão reduzidas a duas dimensões, presas
em quadradinhos numa tela. Por outro lado, somos brindados com uma pequena
moldura de intimidade alheia que não seria revelada em torno da mesa de um
escritório.
Vemos a sala ou o quarto dos outros.
A estante de livros. Vejo pendurada uma boina no cabide de um colega de
trabalho, a quem sempre atribuí um caráter discreto e austero. Em que ocasião
ele usa essa boina? Será que meu colega não é careta e austero coisa nenhuma e,
aos domingos, veste a boina, acende um cachimbo e pinta telas com nus gigantes?
Em contrapartida, li no jornal The
New York Times uma matéria, a qual tratava da importância que damos, em nossas
interações sociais, às imediatas respostas faciais e corporais das outras
pessoas. A cada instante, vamos moldando nosso discurso pelos sorrisos,
sobrancelhas arqueadas ou braços cruzados dos nossos interlocutores.
Numa reunião on-line, cada um tem uma
qualidade de conexão diferente e as reações chegam embaralhadas, às vezes com
vários segundos de atraso. Ao vivo é quando podemos interpretar perfeitamente o
fluxo da conversa. Lemos no outro a antecipação de uma pausa, num outro a
intenção de uma fala, num outro, ainda, a disposição para a briga. Uma conversa
de várias pessoas é uma sinfonia emocional, cuja partitura a seleção natural
nos moldou, por milhares de anos, para ler.
PRATA, Antônio. Zoom.
www1.folha.uol.com.br, 14/06/2020. Adaptado.
Texto 1A1-I
A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa continuidade. Dona Ana explicava que “antes tinha o povo Cuchi, depois teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cumaru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros estrangeiros.
No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapioca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como pertencentes à mesma espécie botânica (Crescentia cujete), a primeira era ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipadu e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas atuais da região também destacam essa especificidade funcional. Assim, distinguem-se até hoje dois tipos de árvore no Alto Rio Negro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes diferentes pelos falantes da língua tukano.
Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plantios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do rio Cassiquiari (afluente do rio Orinoco, na fronteira entre Colômbia e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de Santarém ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que marcaram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam que em Manaus só tinha cuia. De lá, uma família chamada Coimbra chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no Alto Rio Negro.
Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada kipu-wahro. Antes de produzirem frutos, perdem todas as folhas uma vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as folhas e a produção de frutos durante todo o ano.
Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais. São Paulo: Ubu Editora, p. 155-156 (com adaptações).
Leia o texto para responder à questão.
Orientações de segurança
1. Desligue da tomada todos os aparelhos e equipamentos que não serão utilizados e confira se o registro de gás está fechado.
2. Deixe um vizinho ou amigo ciente de sua localização e oriente-o a acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 se algo suspeito acontecer.
(www.policiamilitar.sp.gov.br. Adaptado)