Questões de Concurso
Comentadas sobre fraude e erro em auditoria
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Caso identifique passivos fictícios nas demonstrações contábeis, o auditor deve considerar a possibilidade de ter havido manipulação intencional dos resultados financeiros da entidade com o objetivo de reduzir a carga tributária. Nesse caso, antes de emitir seu relatório, o auditor deve avaliar a materialidade e a possível má-fé dessas distorções.
A identificação de ativos ocultos nas demonstrações contábeis pode indicar que a entidade esteja subestimando seus ativos com o propósito de reduzir a base de cálculo de tributos devidos.
Ao identificar indícios de fraudes ou erros significativos na escrita fiscal, o auditor deve revisar a totalidade das transações fiscais da entidade auditada, para garantir que todas as irregularidades sejam descobertas e corrigidas antes da emissão do relatório final de auditoria.
Na auditoria de tributos, a existência de saldo credor na conta caixa, mesmo sem a emissão de documentos fiscais correspondentes, não pode ser utilizada como evidência de infração tributária, pois, em situações excepcionais, a legislação permite que o caixa apresente saldo credor.
Durante a auditoria fiscal, a identificação de aquisições de mercadorias, bens, serviços e outros ativos não contabilizados e sem comprovação da origem do numerário pode indicar a prática de caixa dois, o que constitui fraude fiscal. Nesses casos, o auditor deve considerar a possibilidade de autuação fiscal por omissão de despesas e a inclusão desses valores na base de cálculo de tributos devidos.
O fator de risco mais relevante nessa avaliação está corretamente descrito em:
Leia os itens abaixo.
Em consonância com a NBC TA 240, podemos afirmar:
I - O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis.
II - Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis.
III - A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da sua administração.
IV - Um dos objetivos do auditor é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrente de fraude.
Estão CORRETOS os itens:
I. O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. Devido às limitações inerentes da auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja devidamente planejada e realizada de acordo com as normas de auditoria.
II. O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio.
III. O risco de o auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da administração é menor do que no caso de fraude cometida por empregados, porque os empregados frequentemente têm melhores condições de manipular, direta ou indiretamente, os registros contábeis, apresentar informações contábeis fraudulentas ou burlar procedimentos de controle interno destinados a prevenir fraudes e erros, uma vez que conhecem muito bem tais controles e sabem como contorná-los.
Estão corretas as afirmativas
O termo fraude pode ser associado a um ato não intencional do agente, resultante de omissão, imprudência ou imperícia. Nesses casos, verifica‑se apenas culpa, pois não está caracterizada a intenção de causar dano.
Com relação aos indicadores de fraude e à segregação de funções, julgue o item a seguir.
Considere-se que um funcionário de uma grande empresa,
com mais de 20 anos de serviço, tenha saído em férias nas
quais percorreu boa parte da Europa, e que tenha voltado
com presentes para todos os colegas de trabalho; considere,
ainda, que ele tenha informado, quando de seu retorno, sua
mudança de residência para um bairro luxuoso. Nessa
situação, estão presentes todos os indícios que comprovam a
ocorrência de uma fraude.
No que diz respeito a erros, fraudes, amostragem e normas relativas ao relatório de auditoria, julgue o item subsecutivo.
Na auditoria interna, atos intencionais destinados a
manipular informações financeiras ou apropriação indevida
de recursos da entidade são indicativos de fraude; por sua
vez, equívocos não intencionais na elaboração das
demonstrações financeiras são considerados erros.
Nesse caso, o auditor detectou a ocorrência de:
I. O setor financeiro da empresa contratou empréstimo com carência de um ano, com juros de 4% a.a. e a analista do setor, cadastrou no sistema de reconhecimento dos encargos financeiros 4% ao mês, fazendo com que o sistema reconhece-se contabilmente, juros durante os doze meses na contabilidade da empresa, reduzindo o seu resultado.
II. O Diretor de Recursos Humanos da Empresa, tendo que contabilizar a saída de valores para o pagamento de funcionário, não registrado na empresa, efetuou um adiantamento de viagem em seu nome para obter os recursos do pagamento. Posteriormente baixou o adiantamento com notas de combustível e de táxi, visto que o seu cargo tem o benefício de reembolso destas despesas.
III. O almoxarifado recebeu ordens do departamento de faturamento/vendas, para agilizar a entrega de mercadorias ao consumidor em situações que o cliente não deseje levar a nota fiscal, recomendando que aquela unidade administrativa, guarde o documento e utilize-o para outra venda posterior, economizando assim tempo e gastos com impressos.
Estas afirmações referem-se, respectivamente, a
No caso de identificação de fraude, o auditor deve realizar os procedimentos de auditoria preferencialmente no início ou no decurso do período da auditoria, a fim de evitar interferência da fraude nos resultados.