Questões de Concurso
Sobre o nascimento da sociologia em sociologia
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“O processo de judicialização [da política] tem dois componentes: o primeiro deles e provavelmente o mais importante é a expansão do poder dos juízes em detrimento daquele dos políticos e administradores, e o segundo é a expansão de métodos jurídicos de decisão para além do domínio do Poder Judiciário. (...) A tradição brasileira anterior a 1988 é de fraca autonomia do Judiciário que, ao longo dos primeiros cem anos de República, diferentemente do caso norte-americano, não instituiu uma tradição de revisão dos atos do Executivo na tradição política brasileira até 1988 é o poder mais ativo, que atua sem um processo de equilíbrio das suas prerrogativas” (AVRITZER, Leonardo. Judicialização da política e equilíbrio de poderes no Brasil.)
Acerca da relação entre os poderes no Brasil a partir da vigência da Carta de 1988, pode-se dizer que:
“Cerca de 50 mil brasileiros são vítimas de homicídios dolosos, anualmente, dos quais apenas 8%, em média, são esclarecidos e um número bem menor chega a ser julgado e condenado. Portanto, a taxa de impunidade relativa aos crimes mais graves alcança o espantoso patamar de 92%. Somos o segundo país mais violento do mundo, considerando-se os números absolutos referentes aos crimes letais intencionais. Examinando o baixíssimo índice de esclarecimento, um observador poderia ser instado a deduzir que o Brasil é o país da impunidade. Não é verdade. Temos a terceira população prisional do mundo, abaixo apenas da China e dos Estados Unidos, e um dos mais velozes crescimentos da taxa de encarceramento do planeta: havia 160 mil presos em 1995; hoje, são 540 mil.” (SOARES, Luiz Eduardo. Raízes do imobilismo político na segurança pública.)
A respeito dos mecanismos que jazem na raiz do problema da segurança pública, é correto afirmar que:
“Hoje [São Paulo] é uma cidade feita de muros. Barreiras físicas são construídas por todos os lados: ao redor das casas, dos condomínios, dos parques, das praças, das escolas, dos escritórios... A nova estética da segurança decide a forma de cada tipo de construção, impondo uma lógica fundada na vigilância e na distância. (...) Presume-se que as comunidades fechadas sejam mundos separados. As mensagens publicitárias acenam com a promessa de ‘viver plenamente’ como uma alternativa à qualidade de vida que a cidade e seu deteriorado espaço público podem oferecer”. (CALDEIRA, Teresa. Enclaves fortificados: a nova segregação urbana.)
“Mas existe um terceiro e mais importante motivo de preocupação com a crescente desigualdade na vida americana: um fosso muito grande entre ricos e pobres enfraquece a solidariedade que a cidadania democrática requer. Eis como: quando a desigualdade cresce, ricos e pobres levam vidas cada vez mais distintas. (...) Os mais ricos afastam-se dos logradouros e dos serviços públicos, deixando-os para aqueles que não podem usufruir de outro tipo de serviço. (...) O esvaziamento do domínio público dificulta o cultivo do hábito da solidariedade e do senso de comunidade dos quais depende a cidadania democrática”. (SANDEL, Michael. Justiça. O que é fazer a coisa certa.)
Estas passagens lançam luz sobre alguns dos efeitos perversos da desigualdade: o esgarçamento do sentimento de pertencer a uma mesma trajetória coletiva e o aumento da desconfiança intersubjetiva, com a segregação cívica e sua expressão no espaço público. Um terceiro efeito do aumento da desigualdade está relacionado a:
Considere os seguintes trechos de artigos, escritos a partir das manifestações que varreram as principais cidades brasileiras desde junho passado:
“Estamos diante de um verdadeiro divisor de águas na história do país, deixando para trás as formas anacrônicas do nosso sistema político, que vem hipotecando a expressão do moderno, cuja palavra chave é a autonomia dos seres sociais diante do Estado e do mercado, ao que há de mais retardatário em nossa sociedade. Não à toa ouve-se das ruas o clamor em favor da abertura da esfera pública à participação popular, até então mantida ao largo da deliberação das políticas públicas, capturadas pelo jogo de interesses de grupos econômicos e dos políticos que lhes servem”. (VIANNA, Luiz Werneck. “As mobilizações de junho e julho”.)
“Em termos muito singelos, o despotismo indireto é a representação política tornada incapaz de se exercer no interesse dos representados, mas voltada exclusivamente ao dos próprios representantes. No fundo, é o fracasso da ideia mesma de representação, que só teria como funcionar em nível adequado se gerasse, nas palavras certeiras de Nadia Urbinati, um “processo contínuo de circulação” entre sociedade e Estado, durante e entre os embates eleitorais. (...) Eis o ponto que gostaríamos de destacar: estamos falando de um conceito que resguarda o potencial semântico de lidar com experiências que vão além do campo do autoritarismo, podendo envolver regimes democráticos. Isto é, regimes que, apesar de conservarem os direitos e as liberdades democráticas típicas, além do sufrágio universal, têm suas práticas de representação degradadas por um processo sutil de autorreferencialidade, vale dizer, de fechamento para a voz dos representados.” (ARAÚJO, Cícero. “A representação política no Brasil e o despotismo indireto”.)
A reivindicação pela reforma do sistema representativo com vistas a abrir novos canais de participação popular na política esteve no cerne dos recentes protestos no Brasil.
No que diz respeito à possibilidade de sua implementação concreta, tal reivindicação pode ser considerada:
Leia com atenção as seguintes abordagens de análise do poder:
1) “Pode-se conceber o ‘poder’ – ‘influência’ e ‘controle’ são sinônimos úteis – enquanto capacidade de um ator fazer algo afetando outro ator, que muda o provável padrão de futuros acontecimentos específicos. Isto pode ser divisado mais facilmente numa situação de tomada de decisão”. (DAHL, Robert. Who Governs?)
2) “É claro que o poder é exercido quando A participa da tomada de decisões que afeta B. Mas o poder também é exercido quando A devota suas energias na criação ou no reforço de valores sociais e políticos e de práticas institucionais que limitam o escopo do processo político submetido à consideração pública de apenas aqueles temas que são comparativamente inócuos para A. Na medida em que A obtém sucesso em fazer isso, impede-se que B, para todos os propósitos práticos, leve a público quaisquer temas que possam em sua decisão ser seriamente prejudiciais para o conjunto de preferências de A”. (BACHRACH, Peter e BARATZ, Morton. Duas faces do poder.)
3) “Não é o supremo e mais insidioso exercício do poder evitar que as pessoas tenham qualquer tipo de queixas ao moldarem suas percepções, conhecimentos e preferências, de tal modo que aceitem seu papel na existente ordem das coisas, seja porque não possam ver ou imaginar alternativas para ela, ou porque a vejam como natural e imutável, ou porque a valorizem como divinamente ordenada e benéfica? Pressupor que a ausência de queixas equivale a um genuíno consenso, é apenas excluir a possibilidade de consenso falso, ou manipulado por decreto consensual”. (LUKES, Steven. O Poder.)
4) “Sendo esta a linha geral de análise, algumas precauções metodológicas impunham-se para desenvolvê-la. Em primeiro lugar: não se trata de analisar as formas regulamentares e legítimas do poder em seu centro (...). Segunda precaução metodológica: não analisar o poder no plano da intenção ou da decisão (...). Terceira precaução metodológica: não tomar o poder como fenômeno de dominação maciço e homogêneo de um indivíduo sobre os outros, de um grupo sobre os outros, de uma classe sobre as outras (...). Quarta precaução metodológica: (...) fazer uma análise ascendente do poder: partir dos mecanismos infinitesimais que têm uma história, um caminho, técnicas e táticas e depois examinar como esses mecanismos de poder foram e ainda são investidos, colonizados, utilizados, subjugados, transformados, deslocados, desdobrados, etc., por mecanismos cada vez mais gerais e formas de dominação globais”. (FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder.)
Acerca destas diferentes maneiras de conceber e analisar a questão do poder, é correto afirmar que:
"Não há relações de poder sem a constituição correlata de um campo de saber, nem há saber que não suponha e constitua, ao mesmo tempo, relações de poder... Portanto, essas relações de "poder-saber" não devem ser analisadas a partir de um sujeito de conhecimento, que seria livre ou não em relação ao sistema de poder; ao contrário, é preciso considerar que o sujeito que conhece, os objetos a conhecer e as modalidades de conhecimento são, de fato, efeitos dessas implicações fundamentais do poder-saber e de suas transformações históricas. “Michel Foucault. Sendo assim é correto afirmar que, assinale a alternativa correta:
O texto a seguir serve de referência para responder à questão 32.
O prestigio da palavra escrita, da frase lapidar, do pensamento inflexível, o horror ao vago, ao hesitante, ao fluido, que obrigam à colaboração, ao esforço e, por conseguinte, a certa dependência e mesmo abdicação da personalidade, têm determinado assiduamente nossa formação espiritual. Tudo quanto dispense qualquer trabalho menta l aturado e fatigante, as ideias claras, lúcidas, definitivas, que favorecem uma espécie de atonia da inteligência, parecem-nos constituir a verdadeira essência da sabedoria |
(FONTE: HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.158.)
No fragmento de texto, Sergio Buarque de Holanda descreve a imagem do bacharel, um “tipo social” que
O texto a seguir serve de referência para responder às questões 29 e 30.
Olha o gato! Pesquisa diz que 13% dos brasileiros usa conexão do vizinho Na última terça-feira (15), o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação divulgou uma informação no mínimo curiosa: 13% dos participantes da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada entre outubro de 2014 e março de 2015, revelaram que utilizam a casa do vizinho como ponto de acesso à internet. Para chegar a esse resultado, foram ouvidos moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 munícipios de todo o país. Isso ajudou, por exemplo, a perceber que a prática é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados afirmaram que recorrem à conexão alheia para acessar a internet. Em contrapartida, tal prática é menor no Centro-Oeste, onde apenas 10% das pessoas confirmaram tal ação. |
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/86485-olha-gato-pesquisa-diz-13-brasileiros-usa-conexaovizinho.htm. Acesso em: 10 jun. 2018.
Ainda de acordo com Damatta, o “jeitinho brasileiro” se relaciona com uma configuração cultural da sociedade brasileira onde
O texto a seguir serve de referência para responder às questões 29 e 30.
Olha o gato! Pesquisa diz que 13% dos brasileiros usa conexão do vizinho Na última terça-feira (15), o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação divulgou uma informação no mínimo curiosa: 13% dos participantes da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada entre outubro de 2014 e março de 2015, revelaram que utilizam a casa do vizinho como ponto de acesso à internet. Para chegar a esse resultado, foram ouvidos moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 munícipios de todo o país. Isso ajudou, por exemplo, a perceber que a prática é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados afirmaram que recorrem à conexão alheia para acessar a internet. Em contrapartida, tal prática é menor no Centro-Oeste, onde apenas 10% das pessoas confirmaram tal ação. |
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/86485-olha-gato-pesquisa-diz-13-brasileiros-usa-conexaovizinho.htm. Acesso em: 10 jun. 2018.
Essa reportagem ilustra um fenômeno social que foi bastante estudado pelo antropólogo brasileiro Roberto Damatta: o “jeitinho brasileiro”. Compreendido por Damatta como um traço constitutivo da identidade cultural brasileira, o jeitinho brasileiro pode ser caracterizado como
Tomado de empréstimo da sociologia política de Max Weber, o termo patrimonialismo recebeu nas ciências sociais brasileiras o status de categoria analítica e foi amplamente utilizado por nomes como Raimundo Faoro e Simon Schwartsman. Com esse conceito, Faoro, por exemplo, procurou explicitar o que acreditava serem algumas características institucionais singulares do Estado brasileiro, entre as quais pode-se destacar:
Casa Grande & Senzala (1933) é um clássico do pensamento social brasileiro e marcou época na interpretação da formação societal nacional como o produto do encontro e intercâmbio cultural e etnorracial entre os povos brancos, negros e indígenas. Seu autor, Gilberto Freyre, ganhou projeção nacional ao defender que
Florestan Fernandes é conhecido como um dos nomes mais destacados da sociologia brasileira e desenvolveu estudos originais sobre as condições institucionais de integração do negro na sociedade brasileira. Profundamente ainda influente nos dias de hoje, na obra A integração do negro na sociedade de classes, o principal argumento de Fernandes para explicar a desigualdade racial foi a
O excerto a seguir servirá de base para responder à questão 19.
“O problema é que, no Brasil, o Estado nunca conseguiu ter completamente o monopólio do uso legítimo da violência, nem foi capaz de oferecer igualmente a todos os cidadãos acesso judicial à resolução de conflitos. O que significa que o Estado brasileiro não deteve, em nenhum momento completamente, a capacidade de ter o monopólio do uso da força em todo território, nem o de ser capaz de transferir para si a administração plena da Justiça. Ao dizer isso, eu estou afirmando que sempre restaram espaços e, portanto, sempre restou uma incompletude no processo de modernização do país, que atingiu tanto o Estado quanto a sociedade, e que é, em parte, responsável pelos efeitos de violência que nós est amos assistindo hoje. Pois não é possível, não é imaginável que um país que tenha a capacidade de processar razoavelmente os conflitos e os crimes no âmbito da Justiça , assista à demanda, cada vez maior, hoje presente tanto na mídia quanto em expressivos s egmentos da população, para soluções de força privadas ou para soluções de força ilegais (justiçamentos, tortura, fazer a justiça com as próprias mãos).” |
(FONTE: MISSE, Michel. “Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro”. Porto Alegre: Civitas, 2008. p. 374).
Na abordagem da problemática da violência criminal acima exposta, temos um resgate por parte do autor de um dos tópicos centrais de análise da vida social moderna feita por um dos autores considerados clássicos na teoria sociológica: o monopólio do Estado da violência legítima. A abordagem do tópico analítico tratado no excerto foi embasada no autor clássico
Dentre os autores considerados clássicos da sociologia, Georg Simmel foi aquele que mais se destacou na apreensão das consequências psicológicas e sociais da urbanização. A “intelectualização” da vida, com o predomínio do racional sobre o emotivo, e um certo “embotamento” intencional dos sentidos diante da multiplicidade de eventos e informações foram elementos da vida urbana moderna por ele destacados. Essa nova forma de atuar e perceber o mundo foi condensada pelo autor em um conceito que ele denominou de atitude
O excerto a seguir servirá de base para responder à questão 15.
“Em 10 anos, o Brasil ganhou 1,1 milhão de famílias compostas por mães solteiras. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005, o país tinha 10,5 milhões de famílias de mulheres sem cônjuge e com filhos, morando ou não com outros parentes. Já os dados de 2015, os mais recentes do instituto, apontam 11,6 milhões de arranjos familiares. Mesmo com esse aumento no número absoluto, a representatividade das mães solteiras caiu de 18,2% para 16,3% no período. Isso porque outros tipos de família, como as de casais sem filhos e as unipessoais, cresceram mais proporcionalmente.” |
Disponível em:<https://g1.globo.com/economia/noticia/em-10-anos-brasil-ganha-mais-de-1-milhao-de-familiasformadas-por-maes-solteiras.ghtml>. Acesso em: 08 jun.2018.
O estudo da família sempre foi uma das principais tarefas da sociologia e se traduziu em abordagens distintas, não raro conflitantes. Uma dessas correntes foi o funcionalismo. Considerando o excerto, analise as afirmações abaixo.
I |
Presenciamos atualmente, não apenas no Brasil, mas também na maioria das sociedades ocidentais, uma mudança substancial no formato da família, impactando negativamente o cumprimento das funções básicas por parte dessa instituição básica. |
II |
As transformações demográficas ocorridas nos últimos anos no Brasil se traduziram na emergência de um contingente significativo de famílias que não contam com a figura de um “provedor”. Essa reconfiguração fragiliza a socialização do papel masculino na instituição familiar. |
III |
Na medida em que a família, como apontam pesquisadoras feministas, não é apenas uma instituição cooperativa, alicerçada em interesses partilhados e mútua cooperação, mas também um espaço de relações de poder, de hierarquia e de opressão, os dados acima apontados expressam não uma crise da família, mas a sua democratização. |
IV |
O que os dados revelam é que a família tradicional, definida como heterossexual e monogâmica, como já apontava a análise marxiana, não encontra referentes na realidade das sociedades capitalistas avançadas. |
Dentre essas proposições, as que não se enquadram na abordagem funcionalista da família são
A análise feita por Max Weber a respeito dos tipos de dominação tornou-se uma referência fundamental tanto para a sociologia quanto para a ciência política. Tendo por base a sua perspectiva metodológica dos tipos ideais, o cientista social alemão definiu três tipos de legitimação e justificação da dominação. Os três tipos ideais de dominação definidos por Weber são:
O texto a seguir servirá de base para responder à questão 13.
Émile Durkheim contribuiu decisivamente para a constituição da sociologia como ciência ao identificar o “fato social” como o seu objeto de estudo. Ele o definiu da seguinte maneira: “Fato social é toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior: ou então, que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais” |
(Fonte: DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Clareto, 2007. p. 40).
Essa definição de fato social foi tradicionalmente condensada em três características básicas, que são:
Otávio Velho (1979), ao parafrasear o historiador Eric Hobsbawm, aponta que, diferente do caso Inglês que no seu tradicionalismo procura afixar “velhos rótulos” em “novas garrafas”, na história brasileira, procurou-se colocar “novos rótulos” em “velhas garrafas”, ou sejam, a presença do “moderno” não significou imediatamente a superação do “arcaico”, longe disso, os novos atores do cenário agrícola brasileiro se aproximaram dos velhos parceiro.
O trabalho de Otávio Guilherme Velho (1979), pretende “lançar os olhos sobre o desenvolvimento brasileiro” (p.261). A especificidade do capitalismo agrário Brasileiro o autor chama:
Fundador da “sociologia formal” ou “sociologia das formas”, o aludido autor, buscou, em suas análises, compreender as diferenças comportamentais entre o homem urbano e o homem do campo. Neste processo, observou que que o comportamento mental do homem urbano é caracterizado pela especialização com certo grau de distanciamento das relações afetivas. A esse tipo de comportamento onde o homem urbano é "incapaz de reagir a novos estímulos com as energias adequadas", chamou de “atitude blasé”.
De qual autor estamos falando:
A partir da década de 1930 surge no Brasil uma segunda abordagem da temática racial. Influenciada pela Antropologia Cultural de Franz Boas, substitui a ideia biológica de raça pela noção de cultura. Essa vertente foi capitaneada por um pensador que na sua principal obra, publicada em 1933, busca tratar da diversidade na formação social do povo brasileiro, desmitificando a noção de determinação racial na formação de um povo.
A qual autor (pensador) e sua respectiva obra o trecho acima está se referindo?