Questões de Concurso Sobre sociologia
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Observe a imagem a seguir.
Fonte: https://gilmaronline.blogspot.com/2017/10/uber.html
Na imagem, três personagens são apresentados: O primeiro, à esquerda, diz “sou engenheiro, mas perdi o emprego”. A segunda, no centro, comenta: “sou jornalista e o jornal fechou e fui para a rua”. O terceiro, à direita, afirma “sou metalúrgico, mas fui demitido”. Na parte inferior da imagem, os três personagens estão em seus carros e, juntos, dizem: “agora somos motoristas do uber”.
É correto afirmar que a imagem ilustra
Essa dor talvez ajude as pessoas a responder se somos de fato uma humanidade. Nós nos acostumamos com essa ideia, que foi naturalizada, mas ninguém mais presta atenção no verdadeiro sentido do que é ser humano. De modo que há uma subhumanidade que vive numa grande miséria, sem chance de sair dela – e isso também foi naturalizado. É terrível o que está acontecendo, mas a sociedade precisa entender que não somos o sal da terra. Temos que abandonar o antropocentrismo; há muita vida além da gente, não fazemos falta na biodiversidade. Desde pequenos, aprendemos que há listas de espécies em extinção. Enquanto essas listas aumentam, os humanos proliferam, destruindo florestas, rios e animais. Somos piores que a COVID-19. Esse pacote chamado humanidade vai sendo deslocado de maneira absoluta desse organismo que é a Terra, vivendo numa abstração civilizatória que suprime a diversidade, nega a pluralidade das formas de vida, de existência e de hábitos.
Adaptado de: KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, pp. 5-6.
Analise as afirmativas a seguir sobre as habilidades desenvolvidas como resultado dessa atividade.
I. Identificar a relação entre fenômenos sociais e contextos históricos: princípio da desnaturalização.
II. Diferenciar a abordagem sociológica do senso comum: princípio do estranhamento.
III. Identificar, analisar e discutir as circunstâncias sociais, políticas, e culturais da emergência de matrizes conceituais hegemônicas.
Está correto o que se afirma em
Ele está arraigado em quase todas as nossas práticas cotidianas. São atitudes, por exemplo, presumir que uma pessoa com deficiência seja incapaz de realizar qualquer atividade que as ditas pessoas normais realizam. É fato que o modo como algumas pessoas com deficiência realiza atividades pode não ser o mesmo que outras pessoas sem deficiência realizam, mas, nem por isso, elas deixam de realizar ou as fazem de maneira errada e incompleta. Lembremos que todos nós realizamos atividades de vida diária de acordo com as nossas possibilidades.
Adpatado de: SOUZA, Ludmilla. Entrevista com o cientista social Julian Simões pela Agência Brasil, São Paulo, 2021.
Assinale a afirmativa que identifica corretamente o tipo de preconceito descrito pelo trecho reproduzido.
Fonte: LUZ, Ananda; Isabel Malzoni. Eu devia estar na escola. São Paulo: Editora Caixote, 2024, p. 21, citado por Tokarnia, Mariana. Crianças do Complexo da Maré relatam violência policial. Agência Brasil em 14/04/2024.
É correto afirmar que a publicação desse livro é uma iniciativa que expressa
A ideia de uma “Sociedade de Consumo” vai além da ideia trivial de que todos os membros dessa sociedade consomem, uma vez que todos os seres humanos e todas as criaturas vivas consomem e sempre consumiram. Acreditamos que a análise do consumo como uma atividade social e cultural possibilitará uma melhor compreensão dos novos discursos e propostas advindas do pensamento ambientalista internacional, a partir da percepção da questão ambiental como um problema relativo aos estilos de vida e consumo. Deve-se destacar que a Sociedade de Consumo, como uma ideologia e utopia pautada na abundância, adquiriu um status de natural, universal e eterna, mas foi na verdade construída e instituída em oposição a outras ideologias, utopias pautadas na suficiência, que precisaram ser neutralizadas para permitir sua emergência. O consumo se converteu na arena onde a cultura é motivo de disputas e remodelações. Assim, decisões como o que comprar, quanto gastar, quanto economizar etc. são decisões baseadas em juízos morais e tanto geram quanto expressam aquilo que conhecemos como cultura, no seu sentido mais geral.
Adaptado de: PORTILHO, Fátima. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez, 2005, p. 68-74.
Com base na leitura do trecho, assinale a afirmativa que descreve corretamente a interpretação da autora sobre a sociedade do consumo.
Acho que posso generalizar sem medo de ser injusto. Em geral, os povos indígenas têm uma concepção de que o tempo é circular, como os ciclos da natureza. Eles não veem o tempo como algo linear, mas sim como algo que alimenta a si mesmo, desdobrandose e se projetando adiante. O passado diz respeito a quem somos, de onde viemos, e o presente é onde vivenciamos o resultado disso tudo. Com isto, esses povos construíram uma visão de mundo que, originalmente, não é baseada no tempo do relógio, da produção, do acúmulo de riquezas materiais. Essa é a visão resultante da concepção linear de tempo, que tem a ver com a certeza de que existe algo além do presente, ou seja, o futuro. Por essa ótica linear, no futuro, as pessoas serão mais felizes. Assim nascem as grandes histórias ocidentais sobre uma busca por algo muito importante: do santo graal a uma vida após esta vida. Esse olhar para o futuro aliena as pessoas para a necessidade mais imediata de construirmos nossa própria existência no presente.
Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024- 04/modo-nao-indigena-de-pensar-futuro-e-alienante-diz-danielmunduruku
As afirmativas a seguir apresentam possíveis objetivos para a utilização deste trecho em sala de aula, à exceção de uma. Assinale-a.
I.
Nós somos mulheres de todas as cores De várias idades, de muitos amores Lembro de Elza Soares, mulher fora da lei Lembro Marielle, valente e guerreira De Chica Da Silva, Toda Mulher Brasileira Crescendo oprimida pelo patriarcado Meu corpo, minhas regras, agora mudou o quadro Mulheres cabeça e muito equilibradas Ninguém está confusa, não te perguntei nada São elas por elas Escute este samba que eu vou te cantar Eu não sei por que eu tenho que ser a sua felicidade Não sou a sua projeção, você é que se baste Meu bem, amor assim eu quero longe de mim Sou Mulher, sou dona do meu corpo e da minha vontade Fui eu que descobri poder e liberdade
Adaptado de: Música “Nós somos mulheres. Samba que elas querem” de Doralyce Ferreira e Silvia Duffrayer.
II.
Já tive mulheres de todas as cores De várias idades, de muitos amores Com umas até certo tempo fiquei Pra outras apenas um pouco me dei Já tive mulheres do tipo atrevida Do tipo acanhada, do tipo vivida Casada carente, solteira feliz Já tive donzela e até meretriz Mulheres cabeça e desequilibradas Mulheres confusas, de guerra e de paz Mas nenhuma delas me fez tão feliz Como você me faz Procurei em todas as mulheres a felicidade Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Adaptado de: Música “Mulheres” de Toninho Geraes
Analise as afirmativas a seguir relacionadas ao procedimento de adaptação da versão original do samba.
I. Apropria-se de um elemento cultural que reforça papéis de gênero com o objetivo de questioná-lo e reformulá-lo de acordo com os interesses e os desejos de um grupo social.
II. Plagia uma expressão cultural ao reproduzir fielmente seu conteúdo sem fazer a devida atribuição de autoria.
III. Rejeita o estilo musical do samba que frequentemente perpetua a sexualização da mulher, representando-a como objeto de desejo masculino.
Está correto o que se afirma em
Observe o gráfico a seguir.
Fonte: https://www2.ufjf.br/noticias/2022/06/21/cotistas-sao-47-na-ufjfpercentual-de-negros-triplica-em-dez-anos/
O gráfico apresenta a avaliação da população brasileira sobre o sistema de cotas em 2022. A maioria dos entrevistados (50%) se mostrou a favor, enquanto 34% foram contra. Além disso, 12% não souberam responder e 3% se declararam indiferentes.
Com base na análise do gráfico, é possível afirmar que as políticas das cotas sociorraciais nos ambientes universitários, enquanto políticas afirmativas,
Sociologicamente, o importante é compreender que a posição particular que os pobres assistidos ocupam não impede sua integração no Estado, como membros de uma unidade política total. Apesar de sua situação em geral tornar sua condição individual um fim externo ao ato de assistência, e, por outro lado, um objeto inerte, destituído de direitos nos objetivos gerais do Estado, que parecem colocar os pobres fora do Estado, eles estão ordenados de forma orgânica no interior deste. Em princípio, aquele que recebe uma esmola dá também alguma coisa; há uma difusão de efeitos indo dele ao doador e é precisamente o que converte a doação em uma interação, em um acontecimento sociológico.
Adaptado de: SIMMEL, Georg. Les pauvres. Paris: Presses Universitaires de France, 1998, p.55-56.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que o autor entende a pobreza através
Os acontecimentos biográficos são definidos como muitos posicionamentos e deslocamentos no espaço social, ou seja, mais precisamente, nos diferentes estados sucessivos da estrutura de distribuição das diferentes espécies de capital envolvidas em dado campo
Adaptado de: BOURDIEU, Pierre. L’illusion biographique. In: Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 62-63, 1986.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que, segundo o autor, o sociólogo, ao estudar biografias, deve
Embora os rolos – no qual os filmes residem enquanto potência fílmica – sejam palpáveis, o filme em si não é. Não pode ser tocado, tampouco visto sem que seja projetado. À medida que o projetor roda, dando às gravações velocidade suficiente para gerar a ilusão do movimento, cabe aos espectadores, sem tempo para fixar o olhar e o entendimento em um ou outro aspecto determinado da sequência de imagens que lhe é mostrada, juntar algumas impressões do que acaba de ser visto para formatar um ponto de vista ou uma interpretação. Tanto o que faz “eleger” alguns dentre os incontáveis sinais possíveis como os mais significativos de um filme quanto o modo como os interpreta não pode ser desvinculado de seus desejos e conhecimentos prévios. Em outras palavras, o processo não é desvinculado das particularidades daquele que o vê, de sua memória e de seu saber.
Adaptado de: NASCIMENTO, Nayara. Amor em telas – amor e tecnologia digital em filmes dos anos 2010. Tese de doutorado em Sociologia da Universidade de São Paulo, 2022, p. 21.
Com base na leitura do trecho, assinale a afirmativa que descreve corretamente a compreensão sociológica da autora sobre o ato de consumir produções audiovisuais.
I. O materialismo histórico é uma tradição de pensamento idealista, que tem como objetivo a subversão da ordem social vigente.
II. O materialismo histórico-dialético entende as classes sociais como opostas, reconhecendo sua relação dialética desde os primórdios da humanidade.
III. O materialismo histórico possui um caráter científico, visando compreender a sociedade a partir de sua realidade concreta.
Está correto o que se afirma em
O Estado é uma ilusão bem fundamentada, uma realidade que existe essencialmente porque acreditamos que ela existe. Esta realidade ilusória, mas validada coletivamente por meio do consenso, é o lugar para o qual somos remetidos quando recuamos em vários fenômenos, como títulos acadêmicos, títulos profissionais ou o calendário. Recuando cada vez mais, chegamos a um ponto que é a origem de tudo isso. Esta realidade misteriosa existe por seus efeitos e pela crença coletiva em sua existência, que é o princípio desses efeitos. Não se pode tocá-la com as mãos ou tratá-la da maneira que um agente da tradição marxista faria, dizendo: "O Estado faz isso", "O Estado faz aquilo". Poderia citar quilômetros de textos nos quais a palavra "Estado" aparece como sujeito das ações. Trata-se de uma ficção perigosa que nos impede de pensar o Estado. Portanto, como advertência, eu diria: cuidado, todas as frases que têm o Estado como sujeito são frases teológicas, o que não significa que sejam falsas, pois o Estado é uma entidade teológica, ou seja, uma entidade que existe devido à crença.
Adaptado de: BOURDIEU, Pierre. Sobre el Estado. Cursos en el Collège de France (1989-1992). Barcelona: Anagrama, 2014, pp. 15-16.
Com base na leitura do trecho, analise as afirmativas a seguir e assinale a (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) O autor descreve o Estado como uma realidade fictícia, sustentada por ideias preconcebidas e construídas socialmente, cuja existência é validada coletivamente pela crença das pessoas.
( ) O autor afirma que a materialidade do Estado decorre de suas ações concretas como sujeito histórico, capaz de alterar dinâmicas sociais.
( ) O autor considera que as manifestações do Estado não têm fundamento sólido, sendo ele uma ficção e vez de uma realidade.
Assinale a afirmativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
A discussão sobre interseccionalidade tem ocupado um espaço importante na pesquisa de gênero. O reconhecimento de que formas sexuais de injustiça são, por um lado, análogas e, por outro, empiricamente entrelaçadas com outras formas de injustiça - como as relacionadas a "raça", etnia e religião - encontra nesse conceito sua expressão teórica. Tanto racismos quanto sexismos podem ser entendidos como fenômenos complexos de poder que operam no contexto de atribuição de diferenças categoriais. Mesmo que não seja sempre necessariamente assim, eles frequentemente funcionam por meio de referências a características corporais e, portanto, por meio de referências a supostas certezas biológicas. É por isso que atribuições de diferença de cunho racista ou sexista são geralmente atribuições de diferenças naturalizadas que exigem validade atemporal ou pelo menos por longos períodos. Nesse sentido também as formas racistas e sexistas de poder são diferentes daquelas que operam vinculadas a relações de classe ou de produção.
Adaptado de: KERNER, Ina. Tudo é interseccional? Sobre a relação entre racismo e sexismo. Novos estud. CEBRAP (93), 2012, pp. 45- 46.
Assinale a afirmativa que descreve corretamente a interpretação da autora sobre as abordagens interseccionais nos estudos sociológicos.
Adaptado de: STREHLAU, Suzane; André Torres; Filipe Quevedo-Silva. O valor percebido no luxo falsificado pelo cliente de artigo legítimo: uma investigação qualitativa, Revista de Administração da UNIMEP. v.13, n.3, 2015, pp. 75 – 77.
As afirmativas descrevem corretamente o comportamento social em relação aos produtos falsificado, à exceção de uma. Assinale-a.
A descriminalização é a retirada desse dispositivo, dessa coisa do código penal que diz que se uma mulher fizer aborto ela vai presa. É uma a cada 5 mulheres aos 40 anos [que aborta]! Pelo menos meio milhão de mulheres a cada ano. Uma em cada 5 mulheres com até 40 anos que você conhece, eu conheço. Essa é uma mulher comum, ela tem filhos, ela vai à igreja, vai ao templo, trabalha, ela não tem o perfil de uma “mulher fora da lei”. É uma mulher comum que se vê diante de uma necessidade de saúde, uma necessidade de vida, e ela tem que ir à clandestinidade para fazer um aborto, seja para comprar medicamentos, buscar uma clínica ou, se ela tem mais dinheiro, pegar um avião para um país onde o aborto é legalizado. Por que a descriminalização é tão importante? Quando você retira o crime de uma prática você pode falar dela abertamente. As instituições do Estado podem desenhar políticas para prevenir, para proteger e para cuidar. Como se previne o aborto? Há estudos sistemáticos que mostram que uma mulher quando faz o aborto, alguma coisa está errada em sua vida. Seja no uso dos métodos, ou ela teve efeitos colaterais ou ela não soube usar, ou porque ela é muito jovem e sofre violência sexual dentro da própria casa. Então quando o aborto é crime essa mulher entra na situação de saúde e não fala a verdade, ela tem medo de ser denunciada. A descriminalização permite inclusive diminuir a taxa de abortos, que é o que tanto querem aqueles que querem prender as mulheres.
Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/02/politica/1533241424_946696 .html
Com base na leitura, é correto afirmar que preocupação com a busca pelo aborto clandestino destaca, na interpretação da entrevistada,
Observe a imagem a seguir:
Com base na observação da imagem, é correto afirmar que a imagem reflete a