Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão,
descobriu que um fundamento bastante pertinente
para que as relações sociais existam e durem é a
presença do poder (e, consequentemente da
dominação). O poder, bem como a dominação,
permeia todas as relações humanas, estando elas
em contexto de foro mais íntimo ou mesmo nas
relações políticas propriamente ditas. O grande
problema, segundo Weber, é que o próprio poder é
algo extremamente difícil, não só de ser detectado e
reconhecido, mas, sobretudo, de ser entendido e
conceituado. O poder é sociologicamente amorfo,
segundo Weber. Ele toma forma somente quando é
utilizado e, mais que isso, somente quando
praticado por um indivíduo ou grupo dentro de uma
relação social, e quando encontra obediência,
concretizando, desse modo, a Dominação. Não
obstante, apesar do fato do poder estar presente em
todos os tipos de relação, muitos pensadores,
quando se debruçam para estudar, percebem uma
relação direta com a questão da violência. É o caso
do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002).
Também na linha metodológica dos tipos puros ou
ideais de Weber, Bourdieu tipificou violência ao
estudar os mecanismos que se configuram como
forma de dominação, humilhação e exclusão social,
utilizados por pessoas, grupos ou instituições. A
esse tipo de violência Bourdieu conceituou como: