Questões de Concurso Comentadas sobre sociologia
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Leia atentamente:
“E com mais razão o catolicismo considerou o calvinismo, desde o início até os dias de hoje, como seu verdadeiro adversário (...) Mas a razão dessa repulsa comum aos católicos e luteranos se funda na peculiaridade ética do calvinismo. Já uma vista de olhos superficial nos ensina que aqui se produziu uma relação entre vida religiosa e ação terrena de espécie totalmente diversa das que produziram quer no catolicismo quer no luteranismo”. (WEBER, 2004. p.78-79)
Neste trecho do livro “A Ética Protestante e o ‘Espírito’ do Capitalismo”, Max Weber (2004) aponta para uma “peculiaridade ética do calvinismo”, que pode ser interpretada como:
Em “Comunidade e Democracia: a experiência da Itália moderna”, Robert Putnam (1996), busca compreender o desempenho das instituições democráticas observando como as instituições formais influenciam a prática da política e do governo. Neste processo, tenta explicar como o capital social integrado a sistemas horizontais de participação cívica favorece o desempenho do governo e da economia.
Sobre o conceito de capital social em Putnam, é correta a alternativa:
Ao tratar da história da modernidade, metaforicamente, Zygmunt Bauman (2001) diz que a modernidade deixou de ser “sólida” para se transformar em “líquida”.
Acerca dessa transformação, e sobre os conceitos metaforicamente empregados por Bauman, assinale a alternativa correta.
Na obra de Max Weber, encontramos vários exemplos da aplicação dos “tipos ideias”, uma delas é a tipologia da dominação. Sobre os três tipos duros de dominação em Weber é possível afirmar que:
Ao estudar o partido social-democrata alemão o Cientista Político Robert Michels (1982), discute o risco inerente às organizações, de que os lideres (ou presentantes) tomem completamente o lugar dos representados, ou seja, ao domínio de poucos. Esta constatação deu-se após observar que em todos os grupos tende a se criar uma minoria de comando, uma minoria organizada, burocratizada e especializada.
A esse fenômeno, Robert Michels atribuiu a expressão:
Singly (2007), em Sociologia da família contemporânea, aponta que a família contemporânea é relacional, privada e pública, é individualista e precisa de horizonte intergeracional - eixos norteadores pelos quais explicita suas ideias. A característica referente ao duplo movimento da família contemporânea de ser privada e, ao mesmo tempo, pública, é destacada pelo autor, que apreende a família como um espaço no qual os indivíduos acreditam proteger a sua individualidade, ao tempo em que sofrem intervenção do Estado mediante o apoio e a regulação sobre as relações dos seus componentes - como exemplo, refere-se à criação de leis que objetivam limitar o direito da punição paternal. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:
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l. A família contemporânea se define mais pelas relações internas travadas no cerne familiar e menos como instituição.
ll. O ponto em comum existente entre a família antiga e a família moderna consiste em contribuir para a função da reprodução biológica e social da sociedade, e ambas procuram manter e melhorar a posição da família no espaço social de uma geração a outra.
Ill. A família conservadora paternal tem maior domínio do destino individual e familiar, devido a um sistema de valores que aprova a autonomia e a recusa dos individuas em seguirem costumes referentes ao desempenho dos papéis sociais de marido e esposa.
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Assinale
Estudos apontam o fenômeno do racismo localizado dentro de um espaço histórico e social que se configura a partir do surgimento da categoria raça na modernidade, tornando-se uma ideologia necessária para justificar o processo de escravidão dos povos africanos, a colonização e a expansão do capitalismo, bem como a ideia de pureza racial que levou ao extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, resultando, portanto, na hierarquização dos povos europeus em relação às outras populações. Dessa forma, o racismo é mais especificamente entendido como
As injustiças urbanas, as iniquidades territoriais e as dinâmicas e os arranjos de organização de agentes sociais no espaço estão diretamente relacionados com as formas de se envolver no território e o sentido de transformação social produzido coletivamente. Esta compreensão se coloca como importante na perspectiva do desenvolvimento urbano em que, de forma geral, implica, EXCETO:
Em sua definição primeira, o termo refere‑se a processos de mudança das paisagens urbanas, aos usos e significados de zonas antigas e(ou) populares das cidades que apresentam sinais de degradação física, passando a atrair moradores de rendas mais elevadas. Essas pessoas mudam‑se gradualmente para tais locais, cativados por algumas de suas características – arquitetura das construções, diversidade dos modos de vida, infraestrutura, oferta de equipamentos culturais e históricos, localização central ou privilegiada, baixo custo em relação a outros bairros –, passando a demandar e consumir outros tipos de estabelecimentos e serviços inéditos.
Internet: <www.ea.fflch.usp.br> (com adaptações).
TEXTO II
A segunda maior cidade do País, o Rio de Janeiro, também sofre com tal problema, e não é de hoje. A reforma higienista realizada há mais de um século formatou a capital fluminense a partir de uma tendência que ainda se repete. Para ampliar as vias e implementar praças no Rio, houve um custo humano. Os cortiços foram fechados, e a população foi despejada para o que viria a se consolidar como as favelas atuais.
Internet: <www.summitmobilidade.estadao.com.br> (com adaptações).
Os textos I e II referem‑se à questão social intitulada
Transição Demográfica, Transição Epidemiológica e Envelhecimento Populacional são processos interligados e produzem impactos significativos na sociedade. Acerca desses conceitos e seus impactos no Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
De acordo com Ribble (2010), são considerados elementos da cidadania digital, EXCETO:
Podemos afirmar que é uma das características marcantes da cultura popular:
A cultura atrelada a produção acadêmica centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade é classificada como:
"Extinction" significa extinção e, "rebellion", rebelião. Membros do grupo, que se identificam como "rebels" (rebeldes) dizem querer promover uma rebelião contra a extinção das espécies, inclusive a humana, algo que, afirmam, vai acontecer se nada for feito agora por nossos representantes políticos para impedir a mudança climática.
GRAGNANI, Julia. Extinction Rebellion, o movimento que quer parar Londres em mega protesto ambiental e já está presente no Brasil. Publicado em 7 de outubro de 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional49717270>. Acesso em: jun. 2024.
O XR, Extinction Rebellion, é um grupo de ativistas de ações pacíficas, sem afiliação político-partidária, descentralizado e global. Grupos como o XR enquadram-se na definição dos Novíssimos Movimentos Sociais, porque
"As condições sociais em que vivem as crianças são o principal fator de diversidade dentro do grupo geracional. As crianças são indivíduos com a sua especificidade biopsicológica: ao longo da sua infância percorrem diversos subgrupos etários e varia a sua capacidade de locomoção, de expressão, de autonomia de movimento e de ação etc. Mas as crianças são também seres sociais e, como tais, distribuem-se pelos diversos modos de estratificação social: a classe social, a etnia a que pertencem, a raça, o gênero, a região do globo onde vivem. Os diferentes espaços estruturais diferenciam profundamente as crianças."
SARMENTO, Manuel Jacinto. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação & Sociedade, v. 26, p. 361-378, 2005, p. 370.
Considerando o trecho acima, a alteridade observada numa criança pode ser reconhecida em um
Em qualquer sociedade e/ou cultura, é possível distinguir áreas ou domínios com um certo grau de especificidade. É importante, no entanto, para o antropólogo verificar como os próprios nativos, indivíduos do universo investigado, percebem e definem tais domínios para não cairmos na armadilha muito comum de impormos nossas classificações a culturas cujos critérios e crenças possam ser inteiramente diferentes dos nossos ou que possam parecer semelhantes em certos contextos para diferirem radicalmente em outros. Isso não significa, obviamente, que o pesquisador só possa analisar uma sociedade a partir do próprio sistema classificatório nativo.
VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Zahar, 1987, p. 16-17.
Quanto ao sistema classificatório nativo, para compreendêlo, é necessário que se desenvolva