Questões de Comunicação Social - Jornalismo Opinativo para Concurso
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Essas características identificam
Aborto, um sentimento de alívio,
Por Débora Diniz e Giselle Carino
Por que falamos em alegria como sentimento para o aborto voluntário? Porque só uma mulher convicta de sua própria existência e projeto de vida se move contra a cadeia e o inferno para abortar em condições clandestinas na América Latina. O aborto é uma necessidade de vida para as mulheres, por isso quando uma mulher aborta ela se distancia das normas de gênero como um destino para desafiá-la em uma de suas táticas de controle do corpo das mulheres – a reprodução biológica –. Arriscamos dizer que as mulheres que abortam não são levianas, tampouco alienadas das normas sociais de gênero que insistem em colonizar nossos sentimentos com culpa, vergonha ou arrependimento. Ao contrário: as mulheres que abortam vivem a experiência singular de estranhar o patriarcado, e deslocam a maternidade do campo do destino da natureza para o da norma social. Por isso, imaginamos essas mulheres com a alegria da esperança e não sendo o aborto um trauma que seja também um alívio.
(Debora Diniz é brasileira, antropóloga, pesquisadora da Universidade de Brown. Giselle Carino é argentina, cientista política, diretora da IPPF/WHR.)
Esse trecho faz parte de um(a)
Eles listam cinco gêneros jornalísticos e suas respectivas funções, a saber:
• Gênero informativo: vigilância social;
• Gênero opinativo: fórum de ideias;
• Gênero interpretativo: papel educativo e esclarecedor;
• Gênero diversional: distração e lazer;
• Gênero utilitário: auxilio nas tomadas de decisões cotidiana
De acordo com a “Classificação Marques de Melo”, provavelmente uma das mais difundidas no Brasil, os formatos: 1. Perfil; 2. Caricatura; 3. Nota pertencem respectivamente aos gêneros
I. Perfil, dossiê e enquete integram o jornalismo interpretativo.
II. História colorida, serviço e roteiro são exemplos de jornalismo diversional.
III. O gênero informativo abarca entrevista, reportagem e notícia.
IV. Na classificação do opinativo, há resenha, coluna e crônica.
Quais estão corretas?
Considerando os critérios a seguir na elaboração de textos jornalísticos, de modo a fazer que estes tenham legitimidade e formato apropriado, julgue o próximo item.
A crônica política procura antecipar fatos e revelar
tendências, razão por que se assemelha a um noticiário ou a
uma reportagem.
“Em lugar do Sol e do deserto de 3 bilhões de anos atrás, surgiu a cidade que é hoje invadida pelo cheiro das laranjas, assim como já foi pelo perfume do café das torrefações. Foi célebre pela sua faculdade de farmácia e odontologia, mas agora é polo universitário. Os oitis marcam a paisagem onde nasceu Macunaíma, o mais divertido e lendário personagem da literatura brasileira. Se aqui nasceu Ruth Cardoso, também é terra de Sydney Sanches, que chegou à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Berço de Rosa Branca, campeão olímpico de basquete, do teatro de Zé Celso, das gravuras de Lívio Abramo, da pintura de Judith Lauand, das performances de Liniker, e do fazedor de chuvas Frederico de Marco. Do futebol de Bazzani e da Ferroviária, dos gols do Careca da Seleção Brasileira, de Maria Dilna e Riva Nimitz. Mais do que tudo, terra do Sol, dos dias quentes, das sombras da Rua 5 e das coxinhas de Bueno.”
Pelas características de redação, é correto afirmar que o texto de Ignácio de Loyola Brandão é
“Matão, que comemora 103 anos de emancipação política, tem uma curiosa característica, que a projeta em todo o território nacional. Qual o brasileiro que não gosta de música? Qual o brasileiro que, hoje ou amanhã, não tem registradas na sua memória musical as tão famosas “Saudades de Matão”?
Estou imaginando o sorriso do amigo leitor! Mas é assim mesmo que os brasileiros descobrem essa cidade. O perfil de Matão começa a ser delineado no imaginário da nossa gente pelos acordes de sedutora e emotiva simplicidade.”
(Alesp. Disponível em https://bityli.com/URqonO)
Esta foi a abertura de um texto divulgado, em 17 de agosto de 2001, pelo site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), assinado pelo deputado Marquinho Tortorello. Pelas suas características, é correto afirmar que se trata de
“Este espaço já comentou recentemente essa dança de cadeiras na Secretaria de Saúde e como ela afeta a continuidade dos trabalhos. Com a cultura ocorre o mesmo. O governo municipal, ainda faltando um ano e três meses de mandato, já bateu todos os recordes de troca de secretários. Algo que só prejudica a cidade, justamente o contrário do que prometeram prefeito e vice, os eleitos pelos votos dos sorocabanos para os principais cargos políticos da cidade. Sorocaba merece muito mais do que está recebendo.”
(Cruzeiro do Sul. Disponível em https://bit.ly/2mqG0Mb. Acesso em 02.10.2019. Adaptado)
Analisando as características de construção do texto, pode-se assegurar que esse trecho pertence a
Terror é eficiente e com bons sustos
Filme bagunça realidade e ficção, o que levou jornais do Alasca a reclamarem da imagem negativa que passa do local
ANDRÉ BARCINSKI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA – Folha de S. Paulo, 01/01/2010
Numa época de ameaças terroristas, aquecimento global e profecias apocalípticas, será que a realidade mete mais medo do que a ficção? Com tantos “Big Brothers” e YouTubes, ainda conseguimos nos impressionar com a imaginação? Ou só a realidade nos apavora?
“Contatos de 4º Grau” é mais um filme recente que usa o recurso da não ficção para atrair o espectador. Como “Atividade Paranormal”, outro thriller sobrenatural em cartaz, finge ser uma experiência verdadeira. Mas “Contatos” vai mais longe: enquanto “Atividade” apenas se passa por documentário, este incorpora cenas (supostamente) reais e aumenta seu impacto. O resultado, verdadeiro ou não, é apavorante.
O filme segue a psicanalista Abigail Tyler (Milla Jovovich), que mora em Nome, no Alasca, uma cidade que, segundo o filme, tem um dos maiores índices de pessoas desaparecidas nos EUA (humm…). Tyler percebe estranhas coincidências entre seus pacientes: sofrem de insônia, acordam toda noite à mesma hora e veem uma enigmática coruja no jardim. (…)
Como filme de terror, “Contatos” é eficiente. Não são poucos os sustos, e a combinação das cenas “reais” e ficcionais realmente impressiona. Já como documento de presença alienígena, não tem a mesma sorte: jornais do Alasca acusam os produtores de terem inventado toda a história e reclamam da imagem negativa que o filme passa de Nome. Buscas pela verdadeira dra. Tyler não deram em nada. Famosos críticos de cinema, como Roger Ebert, reclamam que a farsa foi “uma enorme decepção”.
Minha reação foi exatamente a oposta: isso só me fez gostar mais ainda de “Contatos”. O que era apenas um bom terror barato virou um evento. Que audácia desse diretor, mentir para o público! Ora, não é exatamente a mesma coisa que Orson Welles fez quando simulou uma invasão alienígena pelo rádio, assustando meio mundo? Quer dizer que Welles pode, mas Osunsanmi não? Devíamos é agradecer a “Contatos”, por mostrar que a ficção ainda pode bagunçar a realidade.
Assinale a alternativa correta quanto à classificação do gênero jornalístico do texto:
Coluna 1
1. Gênero informativo.
2. Gênero opinativo.
3. Gênero interpretativo.
4. Gênero diversional.
5. Gênero utilitário.
Coluna 2
( ) Análise, perfil, enquete, cronologia, dossiê.
( ) Nota, notícia, reportagem, entrevista.
( ) Editorial, comentário, artigo, resenha, coluna, caricatura.
( ) Indicador, cotação, roteiro, serviço.
( ) História de interesse humano, história colorida.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: