Questões de Concurso
Sobre entrevista em jornalismo
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I. A entrevista no jornalismo impresso pode ser tratada como notícia, apresentada na forma de um perfil e na forma de perguntas e respostas.
II. A entrevista no rádio, assim como na televisão, pode ser ocasional ou produzida, gravada ou ao vivo.
III. Ensaiar a entrevista com o entrevistado ou dar conhecimento prévio ao entrevistado do que lhe vai ser exatamente perguntado não prejudica o resultado final. Não se corre o risco de toda a conversa parecer ao ouvinte/espectador um arranjo publicitário ou conluio político.
IV. A entrevista ocasional ou espontânea, ao vivo, é totalmente segura e não é uma caixinha de surpresas.
V. A entrevista televisiva devassa a intimidade do entrevistado, a partir de dados como sua roupa, seus gestos, seu olhar, a expressão facial e o ambiente.
A sequência CORRETA das afirmativas é:
SQUIRRA, Sebastião – Aprender Telejornalismo, produção é técnica – ed. Brasiliense, 2ª ed. 1993, São Paulo, p.75.
Analise as afirmativas abaixo partindo do texto e dos seus conhecimentos sobre o trabalho prático do repórter de televisão.
1. Na busca pela objetividade, o entrevistador de televisão deve deixar sempre o entrevistado à vontade, sem interrompê-lo, para que ele consiga terminar o raciocínio.
2. Uma das funções do repórter de televisão é a produção de contraplanos (regra dos 180°): o repórter refaz as perguntas ao entrevistado com o objetivo de auxiliar a edição.
3. Umas das funções práticas do repórter de televisão é deixar o microfone com o entrevistado, com o objetivo de deixá-lo ainda mais à vontade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
“Apesar das fontes primeiras de inspiração virem de Portugal, Inglaterra e França, é do jornalismo americano, depois da Segunda Guerra Mundial, que o jornalismo brasileiro sofre maior influência. Consequência inevitável da evolução do capitalismo nacional e da maneira como ele se encaixa no sistema capitalista internacional, o gênero magazine chega fazendo moda e passa a conceder à entrevista a importância que ela possui hoje. (…)
Não custa lembrar que o conceito clássico de magazine é de extensão da imprensa diária. São publicações editadas com o objetivo de comentar e opinar sobre os assuntos mais variados e dar uma visão aprofundada dos temas da natureza humana.”
Muhlhaus, Carla – Por trás da entrevista – ed. Record, 2007, São Paulo, p.18-19.
Tendo como base o texto e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta em relação à entrevista jornalística.
1. Toda a entrevista jornalística deve ser pautada, planejada para mostrar profissionalismo.
2. Numa entrevista jornalística, as perguntas genéricas, que muitas vezes revelam falta de preparo do entrevistador, devem ser evitadas.
3. Apesar de pautada e planejada, muitas vezes o entrevistador mudará o rumo da entrevista diante de novas informações importantes.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
I. Uma das habilidades do repórter é lidar com indicadores amplos e, muitas vezes, imprecisos para produzir uma narrativa capaz de significar.
II. Apesar de serem comuns no ramo jornalístico, a intuição, ou o faro, deve ser evitado e / ou combatido em favor dos procedimentos e técnicas que regem o ofício do repórter.
III. Ao realizar uma entrevista, o jornalista está em busca de acessar o acontecimento de forma mediada, tomando a interpretação da fonte sobre os eventos como um balizador relevante da realidade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Sobre esse assunto, assinale a afirmativa correta.
Trecho da entrevista de Leila Diniz ao PASQUIM
SERGIO CABRAL. Qual é o autor com quem você gosta de trabalhar?
LEILA. Paulo José. Essa é mole de responder. TARSO DE CASTRO. Seu primeiro filme foi o do Domingos não foi?
LEILA. Todo mundo pensa que, de repente o Domingos botou essa mulherzinha lá pra trabalhar e foi a glória da vida. E realmente o Domingos foi a glória da vida, foi porreta paca fazer o filme. Mas antes eu fiz dois filmes: aquele alucinante “O mundo alegre de Helô” e um da Silvia Piñal, do Alcoriza. Um que fazia a empregadinha. Como é que chama? Do Luiz Alcoriza, aquele cara que foi assistente do Buñuel. O filme era uma (*) incrível. O nome era “Jogo Perigoso”. Tinha dois episódios e eu fazia um deles. Quando Domingos resolveu fazer “Todas As Mulheres do Mundo”, eu já estava existindo mais como atriz.
A entrevista de Leila Diniz ao jornal PASQUIM, em 1969, mudou os rumos desse gênero jornalístico no Brasil. Além de ser extensa, houve por bem respeitar a oralidade da conversa, inclusive, os palavrões, que foram substituídos por sinais gráficos.

Sobre esta entrevista, podemos classificá-la:
“A entrevista é, pelo menos para os leigos, uma atividade jornalística, digamos, ‘espontânea’”. Associada à conversa, à convivência, não teria muitos segredos, podendo ser exercida por qualquer um de nós. Este livro especialíssimo de Carla Muhlhaus nos prova o contrário e nos conduz aos bastidores, muitas vezes tumultuados, da entrevista.
A autora começa mostrando uma evidência pouco sinalizada para os estudantes de Jornalismo: não há jornalismo sem entrevista. E isso porque o bom jornalismo praticamente se confunde com a arte de fazer perguntas”.
Heloísa Buarque de Hollanda – apresentação do livro POR TRÁS DA ENTREVISTA, de Carla Muhlhaus, Ed. Record, 2007, Rio de Janeiro.
Assinale a alternativa correta sobre a entrevista jornalística, tendo como base o texto acima e seus conhecimentos.
Estão em consonância com os valores e com a ética do Jornalismo:
1. A utilização cada vez maior de trabalhadores que não pertencem ao campo profissional do jornalismo.
2. A divisão entre opinião e informação, a fim de mostrar ao público maior isenção.
3. A apuração da informação e o desenvolvimento de técnicas, como as de entrevista jornalística.
4. A divisão entre redação e departamento comercial – ponto fundamental para gerar a credibilidade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
1. Todas as fontes merecem ser checadas, no entanto há fontes nas quais o repórter depositará mais confiança. Essa atitude é importante para a precisão da informação.
2. As fontes não autorizadas são aquelas que substituem as oficiais dentro da instituição.
3. O jornalista sempre deverá declarar sua fonte, sob pena de perder credibilidade na informação.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
I. Sua realização limita-se a casos extraordinários, especialmente em situações emergenciais e de crise, quando muitos jornalistas procuram a organização sobre o mesmo tema.
II. Agenda-se previamente o melhor dia e em horário conveniente para a maioria dos veículos e que não coincida com outra coletiva, onde a coordenação da entrevista é realizada pelos jornalistas.
III. É comum, após a coletiva propriamente dita, a fonte atender a mídia eletrônica (rádio e TV) para gravar um depoimento, reafirmando o que disse antes.
“A entrevista é uma prática situada nos alicerces de praticamente toda a atividade jornalística. É rara a matéria, em qualquer meio jornalístico, que não tenha tido como ponto de partida a consulta a determinada fonte. Ela configura -se como atividade conversacional, que, por sua vez, é a mais cotidiana das práticas comunicacionais humanas. De modo que seu estudo situa -se, assim, na raiz tanto da atividade jornalística como da própria comunicação interpessoal.” (FIRMO, 2004). Entretanto, a maioria das pesquisas e reflexões sobre o fenômeno da entrevista se atêm mais ao aspecto tecnicista, pouco se focando na relação entre entrevistador e entrevistado, ou melhor, em como a existência de um terceiro vértice, o público, faz com que, muitas vezes, repórter e fonte estabeleçam um verdadeiro embate para conquistar esse mesmo público. Levando em consideração essa premissa, leia atentamente as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Cabe ao entrevistador definir o assunto, o encaminhamento a ser dado ao diálogo, os rumos da entrevista, as perguntas a serem feitas, os aspectos ressaltados e os que ficarão em segundo plano dentro do tema abordado.
( ) O entrevistador tem liberdade para fazer interrupções na fala do entrevistado (para trazer outras questões e novos elementos à entrevista) e também é ele quem define o caráter da conversação: polêmico ou conciliador.
( ) Cabe à fonte tratar da temática proposta pelo jornalista, dominando o chamado turno conversacional, uma vez que ele é o centro das atenções nessa interação, mesmo sem ter definido a forma como a entrevista será conduzida.
( ) A entrevista tem uma característica muito especial, uma vez que, quando pergunta, não é para si que o entrevistador quer a resposta, nem é a ele que responde o entrevistado. É com o público que a interação se completa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo .