Questões de Concurso
Sobre jornalismo cidadão em jornalismo
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“Parecia ser uma quinta-feira como outra qualquer. Milhares de pessoas seguiam para o trabalho ou para a escola, recheando os vagões do metrô e os conhecidos ônibus vermelhos de dois andares. Em menos de uma hora, quatro explosões atingiram um ônibus e três trens do metrô no centro de Londres, matando 52 pessoas e ferindo outras 700. A agitada manhã de 7 de julho de 2005 entrou para a história como um triste ato terrorista, mas foi também um marco na linha do tempo da mídia britânica. Segundo o jornalista Torin Douglas, foi um ponto de virada no uso de conteúdo não profissional no noticiário. Para o especialista, o 7/7 ‘democratizou’ a mídia. Não foi um exagero. Os atentados provocaram muitas vítimas e uma enxurrada nas redações de material produzido por amadores. Num único dia, a BBC, por exemplo, recebeu 22 mil mensagens de textos e e-mails com relatos e informações, mais de 300 fotos e diversos vídeos feitos com câmeras fotográficas comuns e telefones celulares. Pela primeira vez, a cúpula diretiva da criteriosa e tradicional BBC considerou aqueles vídeos amadores mais jornalisticamente relevantes que o material profissional. O Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU) recebeu um outro tratamento.”
Comunicação e Sociedade, vol. 25, 2014, pp. 267 – 277 - Preocupações éticas no jornalismo feito por não jornalistas Rogério Christofoletti.
Analise as afirmativas abaixo de acordo com o texto acima e com seus conhecimentos.
1. As tecnologias trouxeram a aproximação da audiência, o que pode ser bem empregado na construção do material jornalístico, mas isso gera preocupações com a ética da profissão.
2. A aproximação da audiência na construção da notícia deve ser evitada a todo custo, porque põe em risco a credibilidade dos veículos de comunicação.
3. A participação cada vez maior do público na construção da informação no jornalismo exige maior apuração por parte dos veículos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Essa situação exemplifica que:
“Um marco importante é delineado na década de 1950, quando o padrão de jornalismo norte-americano aos poucos começa a se tornar dominante entre os grandes jornais no Brasil. O jornalismo literário, predominante até aquele momento, passa a ceder espaço a um jornalismo que se apresenta como neutro, imparcial, objetivo. Nos anos subsequentes, durante a ditadura civilmilitar, muitos jornalistas fizeram um contraponto a essa tendência ao ligarem-se a causas políticas. O perfil do jornalista naquele momento, era o do intelectual engajado e romântico, normalmente associado a utopias voltadas para a criação de num mundo mais justo. (…)
Durante o processo de redemocratização e em anos posteriores, o jornalismo de matriz norte-americana continuaria a ser apropriado por jornais brasileiros. Em tal conjuntura, torna-se cada vez mais comum o “jornalismo cidadão”, em que periódicos dedicam grande parte de seu espaço para a veiculação de queixas de consumidores. Essa orientação, ao mesmo tempo que faz avançar a eficiência de órgãos de defesa do consumidor, coloca o jornalista em situação contraditória à ética do seu ofício, alinhando-o a interesses de determinados indivíduos. Outra vertente do jornalismo dos Estados Unidos é o chamado “denuncismo”. Na ânsia pela conquista de leitores, jornais e revistas buscam escândalos de personalidades públicas para turbinar suas vendas. Por vezes, fazem um trabalho apressado, sem averiguação aprofundada de fontes, e assim submetem indivíduos sem culpa a julgamentos injustos da parte dos leitores; em outras, trazem à luz casos de corrupção que de outra forma ficariam longe dos olhos do público”.
(FONTE: QUELER, Jefferson José. Jornais e jornalistas em perspectiva histórica, 2020)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
O podcast, também denominado audiocast, transformou-se em opção ao rádio tradicional. Para ter acesso à audição ou à produção de um audiocast, é necessário utilizar programas que gravem, editem e toquem música no formato digital.
Leia os textos 1 e 2 a seguir.
Texto 1
“Neste novo sistema midiático, da era digital, o receptor também é emissor, com poder e controle sobre o conteúdo. O jornalismo está deixando de ser monopólio do jornalista. O jornalismo tem que descer de seu pedestal, pois não é mais feito de cima para baixo.”
CALMON. MediaOn, 2007. Jornalismo do cidadão – quem és tu? Frederico Correia. p. 11.
Texto 2
“Os jornalistas-cidadãos simplesmente não têm os recursos necessários para nos trazer notícias confiáveis. Falta-lhes não somente expertise e formação, mas relações e acesso à informação. Afinal, um CEO ou um político pode se recusar a colaborar com o cidadão médio, mas seria um tolo caso se recusasse a atender ao telefonema de um repórter ou editor do Wall Street Journal.
KEEN, Andrew. O culto do amador, 2007. p. 49.
Considerando os textos 1 e 2 e com relação ao jornalismo-cidadão, analise as afirmativas a seguir.
I. No texto 1, o autor explicita que o cidadão também pode produzir notícia, compartilhá-la e divulgá-la.
II. No texto 2, o autor aponta que os jornalistas, além do diploma e do conhecimento, têm também notoriedade e facilidade de acesso às fontes.
III. O texto 2 aponta que os jornais convencionais possuem força financeira e credibilidade para obter acesso às fontes.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):
Um novo contexto comunicacional surge com as redes digitais globais, na medida em que os usuários passam a ser tanto emissores quanto receptores de mensagens.
Esse contexto é chamado de
Quando o uso das tecnologias digitais se consolida como um meio popularizado de produção e veiculação de conteúdo, a comunicação de informação adquire um caráter também amador. Muitas vezes, percebe-se uma troca de papéis entre receptor e emissor, configurando um processo de comunicação definido como colaborativo ou participativo. Esse viés descentralizado, no entanto, traz com ele uma visibilidade involuntária decorrente do próprio ambiente midiatizado e corriqueiro da internet, que possibilita uma incidência maior de desgastes.
Portanto, diminui-se a margem de erros no processo de comunicação de uma organização e, consequentemente, aumenta-se a atenção dedicada à(ao)
Alguns sites de webjornalismo oferecem espaço para a produção de uma escrita coletiva, com a participação do público.
O texto coletivo postado, que demanda o trabalho de uma
equipe de editores que decide o que publicar e trabalhar
na organização e gerenciamento das contribuições, é denominado hipertexto
As novas tecnologias de comunicação trouxeram para o cotidiano da profissão um novo modelo de jornalismo, que insere o leitor/ouvinte/espectador no cotidiano das redações dos veículos tradicionais.
A essa prática deu-se o nome de Jornalismo
O termo wiki na língua havaiana significa rápido.
Na comunicação on-line virou sinônimo de
Heródoto e Lima (2001), afirmam que o rádio propagado por ondas eletromagnéticas está com seus dias contados em decorrência da força de atração da Internet.
Sobre as consequências advindas dessa novidade tecnológica no meio radiofônico, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) Cada pessoa consegue, ao mesmo tempo, fazer as vezes de operador, programador, comunicador e editor-chefe do conteúdo da emissora por ela mesma montada.
( ) A segmentação de assuntos veiculados nas web rádios diminui em função da pouca variedade de preferências de seus idealizadores e executores.
( ) O ouvinte-internauta passa a sair em busca do diferencial, este residindo, entre outros aspectos, na identificação com quem fala.
( ) A interatividade oferece aos ouvintes meios mais eficazes para que influam no conteúdo da programação radiofônica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
Leia os textos a seguir.
Atualização do Facebook e Twitter da UFG
Mantidos pela Ascom, o Facebook/UFG (criado em fevereiro de 2012) e o Twitter/UFG (criado em julho de 2009) destinam-se à divulgação de novidades sobre serviços, ensino e pesquisa. As notícias postadas são curtas e objetivas. A partir de 2014, os comentários dos internautas são quantificados e analisados pela Ascom, de modo a levantar as preferências do usuário. A Ascom também passou a estudar a linguagem específica destes veículos para adequação do conteúdo, de forma a ter maior alcance das notícias nessas redes. Em setembro de 2014, a UFG chega a 42 mil curtidas no Facebook e 25,3 mil seguidores no Twitter.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Disponível em:<http://www.ascom.ufg.br /up/84/o/Apresenta%C3%A7%C3%A3o_dos_servi%C3%A7os_da_Ascom_final_site.pdf . Acesso em: 5 abr. 2015.
Jornalismo profissional domina as redes sociais
O jornalismo profissional predominou entre os links compartilhados por usuários de redes sociais nas eleições de outubro. É o que mostra levantamento feito pela Folha a partir de postagens com links no Facebook e no Twitter durante dez dias ao final do pleito brasileiro, quando as redes sociais registraram recordes de interação entres seus participantes.
FOLHA DE S. PAULO. 9 nov. 2014. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ poder/2014/11/1545424-jornalismo-profissional-domina-redes-sociais.shtml>. Acesso em: 5 abr. 2015.
Os textos apresentados indicam que
A respeito dos gêneros de redação relativos ao jornalismo factual e opinativo, julgue o item a seguir.
Com o advento das possibilidades de interação em tempo
real entre pessoas do público e profissionais de imprensa,
surgiu num novo gênero redacional, o jornalismo
colaborativo no qual a produção de textos conta com a
participação direta de coautores externos às redações.