Considerando a história do jornalismo e dos jornalistas no B...
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Ano: 2021
Banca:
Máxima
Órgão:
Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG
Prova:
Máxima - 2021 - Câmara de Santa Rita do Sapucaí - MG - Analista Legislativo Comunicador Social |
Q1850592
Jornalismo
Considerando a história do jornalismo e dos jornalistas no Brasil, a partir
da leitura do texto a seguir, é CORRETO afirmar que:
“Um marco importante é delineado na década de 1950, quando o padrão de jornalismo norte-americano aos poucos começa a se tornar dominante entre os grandes jornais no Brasil. O jornalismo literário, predominante até aquele momento, passa a ceder espaço a um jornalismo que se apresenta como neutro, imparcial, objetivo. Nos anos subsequentes, durante a ditadura civilmilitar, muitos jornalistas fizeram um contraponto a essa tendência ao ligarem-se a causas políticas. O perfil do jornalista naquele momento, era o do intelectual engajado e romântico, normalmente associado a utopias voltadas para a criação de num mundo mais justo. (…)
Durante o processo de redemocratização e em anos posteriores, o jornalismo de matriz norte-americana continuaria a ser apropriado por jornais brasileiros. Em tal conjuntura, torna-se cada vez mais comum o “jornalismo cidadão”, em que periódicos dedicam grande parte de seu espaço para a veiculação de queixas de consumidores. Essa orientação, ao mesmo tempo que faz avançar a eficiência de órgãos de defesa do consumidor, coloca o jornalista em situação contraditória à ética do seu ofício, alinhando-o a interesses de determinados indivíduos. Outra vertente do jornalismo dos Estados Unidos é o chamado “denuncismo”. Na ânsia pela conquista de leitores, jornais e revistas buscam escândalos de personalidades públicas para turbinar suas vendas. Por vezes, fazem um trabalho apressado, sem averiguação aprofundada de fontes, e assim submetem indivíduos sem culpa a julgamentos injustos da parte dos leitores; em outras, trazem à luz casos de corrupção que de outra forma ficariam longe dos olhos do público”.
(FONTE: QUELER, Jefferson José. Jornais e jornalistas em perspectiva histórica, 2020)
“Um marco importante é delineado na década de 1950, quando o padrão de jornalismo norte-americano aos poucos começa a se tornar dominante entre os grandes jornais no Brasil. O jornalismo literário, predominante até aquele momento, passa a ceder espaço a um jornalismo que se apresenta como neutro, imparcial, objetivo. Nos anos subsequentes, durante a ditadura civilmilitar, muitos jornalistas fizeram um contraponto a essa tendência ao ligarem-se a causas políticas. O perfil do jornalista naquele momento, era o do intelectual engajado e romântico, normalmente associado a utopias voltadas para a criação de num mundo mais justo. (…)
Durante o processo de redemocratização e em anos posteriores, o jornalismo de matriz norte-americana continuaria a ser apropriado por jornais brasileiros. Em tal conjuntura, torna-se cada vez mais comum o “jornalismo cidadão”, em que periódicos dedicam grande parte de seu espaço para a veiculação de queixas de consumidores. Essa orientação, ao mesmo tempo que faz avançar a eficiência de órgãos de defesa do consumidor, coloca o jornalista em situação contraditória à ética do seu ofício, alinhando-o a interesses de determinados indivíduos. Outra vertente do jornalismo dos Estados Unidos é o chamado “denuncismo”. Na ânsia pela conquista de leitores, jornais e revistas buscam escândalos de personalidades públicas para turbinar suas vendas. Por vezes, fazem um trabalho apressado, sem averiguação aprofundada de fontes, e assim submetem indivíduos sem culpa a julgamentos injustos da parte dos leitores; em outras, trazem à luz casos de corrupção que de outra forma ficariam longe dos olhos do público”.
(FONTE: QUELER, Jefferson José. Jornais e jornalistas em perspectiva histórica, 2020)