“O público que se dane”: com essa resposta a um repórter do jornal The New York Times, que pedia esclarecimentos sobre a
paralisação dos serviços ferroviários prestados por sua companhia, William Henry Vanderbilt, empresário norte-americano,
tornou-se figura emblemática de um período em que dirigentes de instituições queriam distância dos jornalistas, preferindo
mesmo que eles não existissem. O ano de 1882 e a declaração atribuída a Vanderbilt fazem parte de uma realidade que parece
incompatível com nosso cotidiano. Hoje, o que observamos é uma verdadeira disputa pela visibilidade midiática. O que existe é o
que está na mídia. Publicizar, tornar públicos acontecimentos considerados relevantes, passou a ser uma das mais importantes
estratégias adotadas pelos diversos campos sociais para obter aprovação da sociedade e garantir sua legitimidade. No mundo
contemporâneo, o saber fundamentado na autoridade “daquele que fala” passou a ser legitimado por “aquele que ouve” – a
opinião pública.
(Graça França Monteiro, 2018.)
Conscientes da importância do acesso à mídia e do poder que tem nela, as instituições trabalham para serem “lembradas
pela imprensa”, para ampliarem sua presença nos veículos e, mais do que isso, para serem reconhecidas como referências.
Para atingir tais objetivos, produzem textos informativos para divulgação jornalística, compreendendo pautas, releases,
position papers, informes oficiais, comunicados, artigos, notas técnicas. Enfim, produzem notícias. Sobre a notícia institucional, assinale a afirmativa correta.