Questões de Jornalismo - Semiótica para Concurso

A produção de informações que tenha como fonte a utilização da imagem deve partir das seguintes premissas, à exceção de uma. Assinale-a.

A utilização da imagem como fonte de informação se baseia, para o senso comum, na máxima que diz “uma imagem vale mil palavras". Porém, o valor da imagem diante dos textos verbais não é absoluto e se sustenta em uma rede de significados.

A partir destas considerações, analise as afirmativas a seguir.

I. A imagem pode ser uma síntese composta por diferentes elementos visuais em simultaneidade.

II. A compreensão das imagens sofre restrições temporais, o que equivale a dizer que toda imagem tem uma história.

III. Tanto a imagem como o texto verbal apresentam uma relação estreita entre forma e conteúdo.

Assinale:

    Assim, em Júlio César pode interessar ao diretor, na cena do discurso de Marco Antônio, fazer passar ao máximo possível o significado das palavras pronunciadas pela personagem. Como esse discurso não é propriamente banal, a mensagem singular transmitida pelo canal sonoro estará com elevada taxa de informação. Nesse caso, a mensagem do canal visual deverá ter sua taxa diminuída: talvez fixar a câmara na personagem ou proceder a poucos cortes, não realizar travellings, não colocar a personagem sobre um segundo plano demasiado atraente etc. Do mesmo modo, dentro do próprio canal sonoro, a música eventual deverá aparecer em segundo ou terceiro plano ou mesmo deverá ser eliminada, o mesmo acontecendo com os ruídos de cena. Findo o discurso, para que a mensagem múltipla que é o filme não se torne monótona e, mesmo, para realçar o próprio discurso anterior, pode-se aumentar a taxa de informação do canal visual enquanto se diminui a do sonoro, ou aumenta-se a mensagem musical sobre a verbal.

NETTO, J. T. Coelho. Semiótica, Informação e Comunicação: diagrama da Teoria do signo. 6.ed. São Paulo: Perspectiva, 2003, p.160.

Com base nesse texto do autor, marque a alternativa correta. 

Marque a alternativa correta.

A informação contida num texto de Shakespeare, por exemplo, não se esgota num único momento: ao lê-lo com vinte anos, um receptor poderá extrair do texto uma certa quantidade de informação; uma releitura realizada dez anos mais tarde, quando a experiência vivencial do receptor seguramente já é outra, poderá permitir a apreensão de novas informações.

NETTO, J. T. Coelho. Semiótica, Informação e Comunicação: diagrama da Teoria do signo. 6.ed. São Paulo: Perspectiva, 2003, p.172.

A partir das informações desse texto, assinale a alternativa que exprime o que o autor avalia como sendo um paradoxo da Teoria da Informação