Questões de Concurso Sobre medicina legal

O sulfato de hidrogênio, quando inalado, é assintomático; entretanto, produz lesões sistêmicas.

A intoxicação aguda por organoclorados causa sialorreia característica.

Os piretroides podem causar sensação de formigamento nas pálpebras e na região perioral.

O DDT é um composto organofosforado.

O veneno da cascavel tem ação tipicamente proteolítica, coagulante, nefrotóxica e vasculotóxica.

O exame do BHCG não se presta para diagnóstico de gravidez pregressa.

A rede venosa superficial presente nas mamas é sinal de probabilidade de gravidez.

Os batimentos cárdio-fetais não são detectáveis antes da 15.ª semana de gestação.

A presença de retenção placentária indica que ocorreu abortamento.

A presença de petéquias nas pleuras viscerais fetais indica que ocorreu abortamento provocado.

Uma equimose pode ser detectada ao exame clínico por palpação.

Uma bossa sero-sanguinolenta pode apresentar flutuação.

Uma ferida contusa apresenta profundidade uniforme e bordas sinuosas.

Uma escoriação não ocorre quando o corpo fricciona superfícies lisas.

A solução de continuidade de estruturas corporais denomina-se fratura.

O Plano de Frankfurt é paralelo ao plano sagital.

O ângulo mandibular é definido pelo encontro do plano mandibular com o plano que passa pelo côndilo e a extremidade da apófise coronoide da mandíbula.

O dente 37 corresponde ao segundo molar inferior direito.

O ponto cefalométrico ínion situa-se no osso occipital e está inferiormente localizado em relação ao ponto lambda.

Na esganadura, podem-se encontrar escoriações arciformes.

No enforcamento, o sulco geralmente é oblíquo e descendente em direção ao nó.

No estrangulamento, é comum a luxação da articulação temporomandibular.

O sulco no estrangulamento, geralmente, é mais marcado que no enforcamento.

A cianose cervicofacial é mais comum na esganadura que no enforcamento.

No caso de dois ou mais documentos legalmente válidos com opções diferentes, quanto à condição de doador ou não, do morto, prevalecerá aquele que opta pela doação.

Nos casos de pessoas não identificadas, a utilização post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo para transplantes deve ser precedida de registro em livro próprio.

É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos ou partes do próprio corpo vivo para fins de transplante ou terapêuticos.

O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que o ato não ofereça risco para a sua saúde, bastando a autorização dos pais ou responsáveis legais.

A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica constatada e registrada por dois médicos participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

Nos casos de esgorjamento, os livores cadavéricos cérvico-faciais são intensos.

A circulação póstuma de Brouardel é muito rara em casos de morte por enforcamento.

Ao exame cadavérico, a ausência completa de rigidez cadavérica significa que o óbito ocorreu a menos de 4 horas.

A fase gasosa da putrefação precede a fase de coloração, esta caracterizada pela coloração decorrente da sulfometoxihemoglobina.

O destacamento epidérmico é característica da fase enfisematosa da putrefação.

A periculosidade dos doentes mentais é definida como a prática pretérita de atos violentos e delituosos.

A imputabilidade é a condição de quem não tem a capacidade de realizar um ato com pleno discernimento.

É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, parcialmente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

A embriaguez culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos, exclui a imputabilidade penal.

Delírio é um juízo patologicamente falseado da realidade e pode ser motivo de ininputabilidade.

Tendo em vista a quantidade de corpos e as causas evidentes, que excluem crimes, não há a necessidade de exames cadavéricos no IML.

A causa mortis anotada nas declarações de óbito devem apontar causa acidental.

Um corpo submerso na lama, comparativamente a um corpo sobre o solo, apresenta evolução da putrefação mais célere.

Caso parte de uma família tenha falecido, para fins de sucessão, a comoriência, quando não excluída pericial ou testemunhalmente, será considerada.

A presença de petéquias pleurais e subepicárdicas confirma a morte por soterramento.

Caso a sensibilidade do exame realizado seja plena, é correto afirmar que a vítima fez uso de substância entorpecente.

O resultado do exame apresentado nessa situação não deve ser desconsiderado caso tenha ocorrido hemorragia e contaminação da urina com sangue.

A coleta da urina deveria, para precisão do exame, ter sido realizada a vácuo.

O resultado do exame apresentado nessa situação deve ser desconsiderado caso a necropsia tenha sido realizada há mais de 24 horas após a morte.

Caso a especificidade do exame realizado seja plena, é correto afirmar que o pedestre estava, ao ser atropelado, sob os efeitos de substância entorpecente.

A ausência de tatuagem ou esfumaçamento na pele ao redor do orifício de entrada de projétil de arma de fogo exclui o disparo a curta distância.

É mais comum ser encontrada tatuagem sem esfumaçamento que o contrário.

O sinal do funil presente em lesão produzida por projétil de arma de fogo na calvária indica que se trata de uma entrada.

Os bordos evertidos de uma lesão por projétil de arma de fogo indicam que se trata de uma saída.

Nos casos em que os projetis foram transfixantes, o número de disparos corresponde à metade do número de orifícios.

Segundo o equilíbrio de Hardy-Weinberg, em uma população mendeliana, os genes raros tendem a desaparecer ao longo das gerações.

O DNA mitocondrial, por ser mais resistente às intempéries que o nuclear, deve ser utilizado em casos de exumação para exame de paternidade.

As polimerases são enzimas que sintetizam cadeias de nucleótidos a partir de trifosfatos de nucleósidos.

A deriva genética ocorre em maior frequência em populações numerosas que em populações reduzidas.

A adenina e guanina são pirimidinas, enquanto que a citosina e timina são purinas.

É direito do perito médico-legista apontar falhas nos regulamentos e normas do Instituto Médico Legal (IML) em que trabalhe, quando as julgar indignas.

As informações obtidas pelo exame pericial estão protegidas pelo sigilo médico; portanto, não devem ser incluídas no laudo.

A realização de perícias médicas em estabelecimentos prisionais só pode ser realizada por junta médica.

As pesquisas científicas realizadas em cadáveres não dependem de autorização de comitês de ética em pesquisa.

O interesse do periciando não deve ser levado em conta, caso o mesmo esteja preso.

a transformação metabólica em metabólitos mais hidrossolúveis não é necessária para eliminar do corpo nenhum tipo de droga.

o metabolismo hepático não é responsável por depuração ou eliminação de nenhuma droga.

as taxas de absorção oral de certas drogas, como benzodiazepínicos, diferem, dependendo de vários fatores, incluindo a lipossolubilidade.

a ligação às proteínas plasmáticas em menor ou maior porcentagem é indiferente para a ação de todas as drogas.

toda droga, quando administrada via oral, é convertida na sua forma ativa no estômago.

A ultracriopreservação, método de conservação de cadáveres, foi preconizada para possibilitar o retorno à vida, em época futura, quando houver tecnologias capazes de recuperação das funções orgânicas e biológicas do corpo ultracongelado.

A cocção é método físico de conservação biológica preconizado em peças anatômicas e cadáveres.

O resfriamento e o congelamento não são métodos físicos de conservação cadavérica.

A eficácia da conservação cadavérica é diretamente proporcional à temperatura utilizada.

A radiação ionizante é método físico de conservação de peças e cadáveres utilizado rotineiramente nas salas de necrópsia.

faca com lâmina achatada de 20 a 25 centímetros – partição de órgãos

costótomo – secção da calota craniana

serra de lâmina ou serra elétrica vibratória – corte das costelas para abertura do estojo torácico

tesoura de ponta romba – secção de ossos

bisturi com lâmina – corte de grandes vísceras

O comprimento da empunhadura não altera o resultado do efeito protetor das luvas.

Os objetos empregados em necrópsias são considerados equipamentos de proteção individual (EPI).

A utilização de botas de borracha pelo técnico não tem relação com a prevenção de acidentes pessoais e de contaminações.

O uso de avental impermeável e gorro ou rede para proteção dos cabelos é dispensável e não é preconizado para a proteção e segurança do técnico em necrópsia.

A utilização de máscara de papel ou tecido sobre a boca e o nariz é contraindicada por ser incômoda e não impedir a sensação de odores desagradáveis emanados do cadáver.

O pâncreas deve ser examinado preferencialmente em separado, após a abertura do estômago e do duodeno. Estes dois órgãos devem ter sua cavidade aberta para exposição de suas mucosas.

A retirada em bloco dos órgãos dos sistemas urinário e reprodutivo dificulta a análise.

Os rins removidos devem ser partidos no sentido transversal, a partir da convexidade para o hilo, de modo que seja visualizada a relação da medula com a cortical em toda sua extensão.

Se a priori for descartada a causa da morte de pessoa do sexo feminino em idade reprodutiva relacionada ao sistema reprodutor, é dispensável, durante a necrópsia, a abertura da cavidade uterina.

O exame do esôfago é dificultado pela retirada em bloco dos órgãos do pescoço e mediastino.