Questões de Concurso
Sobre economia internacional na macroeconomia em economia
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Sob a hipótese de relativa rigidez de preços e em contexto de conta capital fechada, um governo tem autonomia para definir o nível da taxa de câmbio real por meio da fixação do câmbio nominal.
Na década passada, se formou relativo consenso entre as diferentes correntes da economia política internacional de que a globalização financeira reforçou a posição hegemônica dos EUA no topo da hierarquia internacional de poder.
De acordo com a teoria convencional, que se apóia na hipótese dos mercados eficientes, a expansão dos fluxos de capitais para os países em desenvolvimento culmina em severas crises internacionais, em razão dos desequilíbrios macroeconômicos e(ou) institucionais dos países receptores.
Com a globalização financeira, as economias avançadas e em desenvolvimento ficaram mais vulneráveis à instabilidade intrínseca da economia capitalista, pois, ao ser deixado livre, o mercado financeiro tende a acentuar movimentos de valorização ou depreciação dos ativos.
Com a globalização financeira, as crises nas décadas de 80 e 90 do século passado ocorreram simultaneamente em um ou mais segmentos do mercado financeiro e no sistema bancário, ao que se denominou crises gêmeas.
No modelo keynesiano simples, a condição Mashall-Lerner pressupõe, ceteris paribus, que a desvalorização do câmbio real só aumenta o saldo comercial se a soma absoluta das elasticidades-preço das demandas por exportação e por importação for menor que 1.
Acerca dos modelos teóricos de macroeconomia aberta, julgue o próximo item.
O enfoque monetário do balanço de pagamento e o modelo
Mundell-Fleming pressupõem que os ativos financeiros,
domésticos e os externos podem ser substituídos um pelo
outro.
Desde a ruptura do Acordo de Bretton Woods, o mundo tem um “não-sistema” monetário internacional, no qual as taxas de câmbio e os preços dos principais ativos financeiros flutuam livremente em mercados cada vez mais profundos e integrados internacionalmente.
A política de desvalorização do dólar do governo Nixon, no início dos anos 70 do século passado, para fazer face às despesas crescentes com a guerra do Vietnã ficou conhecida como política de negligência benigna.
A cláusula da moeda escassa que autorizava a adoção de restrições à importação dos países com grandes excedentes em transações correntes foi invocada inúmeras vezes pelos países-membros do Fundo Monetário Internacional.
A posição do dólar como moeda-chave do sistema criava um dilema e acentuava as contradições da ordem monetária internacional, ao mesmo tempo em que gerava privilégios para os EUA.
Uma das principais diferenças entre os planos White e Keynes na conferência de Bretton Woods refere-se à idéia, defendida pelo primeiro, da criação de uma moeda supranacional.
Ao contrário do padrão internacional do ouro clássico, sob hegemonia britânica, Bretton Woods representou um compromisso, ainda que ambíguo, entre os princípios do multilateralismo e o intervencionismo doméstico.
Rússia e China também aderiram ao Consenso de Washington e realizaram amplas reformas liberalizantes na década de 90 do século passado e na atual.
Os países em desenvolvimento que mais cresceram nas últimas duas décadas se integram na economia mundial pela via financeira, com abertura da conta capital.
Seguindo as orientações das agências multilaterais, como FMI e Banco Mundial, e dos economistas ortodoxos, expressas no Consenso de Washington, todos os principais países em desenvolvimento realizaram amplas reformas econômicas, promoveram a liberalização comercial e financeira de suas economias e reduziram o peso do Estado.
Atuando como elo entre a organização política e a econômica do sistema mundial, os banqueiros internacionais contribuíam para a manutenção da duradoura Pax Britannica.
Para os países menos desenvolvidos, a adesão ao padrão ouro, era bastante benéfica, pois, além de os termos de troca de suas commodities se manterem estáveis, o ônus do ajustamento do balanço de pagamento em caso de desequilíbrio era igualmente distribuído.
Para a sustentação do padrão ouro, foi fundamental a existência de convergência de interesse entre a Inglaterra e países como Alemanha, França e EUA, que se beneficiavam da eficiência e estabilidade do padrão ouro.
A ordem monetária mundial não era nem automática, impessoal ou mesmo politicamente simétrica, pois a Inglaterra, usufruindo de sua posição dominante, impunha as regras do padrão internacional do ouro, na prática padrão ouro/libra esterlina, às demais nações.