Questões de Economia - História Econômica e Economia Contemporânea para Concurso
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Com relação à economia brasileira, julgue o item que se segue.
Diferentemente do que ocorreu com os demais planos
econômicos heterodoxos adotados no Brasil entre 1986 e 1993,
o sucesso do Plano Real deveu-se à constatação de que o
problema inflacionário no país decorria simultaneamente do
fato de que a inflação era de demanda e do de que possuía um
componente inercial.
Com relação à economia brasileira, julgue o item que se segue.
As mudanças no padrão demográfico brasileiro provocam
constante necessidade de mudanças nas políticas públicas em
educação, saúde, emprego e previdência social.
Com relação à economia brasileira, julgue o item que se segue.
Nos anos 90 do século XX, apesar da melhora inicial da
situação dos mais pobres provocada pela estabilização da
moeda, a renda retida por essa camada social diminuiu e a dos
mais ricos aumentou.
Com relação à economia brasileira, julgue o item que se segue.
A implantação de uma política industrial voltada para o
aumento de competitividade foi uma importante contribuição
do governo Collor. Essa política se contrapôs às políticas
adotadas até então, que objetivavam a expansão da capacidade
produtiva via incentivo à substituição de importação.
No que se refere à economia do setor público, julgue o item subsequente.
O governo de Fernando Collor caracteriza-se como produtor
e o de Fernando Henrique Cardoso, como provisor.
O pressuposto que o nome “poupança externa” sugere é que o déficit em conta corrente se somaria à poupança interna dos países, e, assim, sua taxa de investimento (que é decisiva para o desenvolvimento econômico) aumentaria. Entretanto, essa tese, ou a afirmação de que “os países ricos em capital devem transferir seus capitais para os países pobres em capitais” é tão verdadeira quanto a de que a terra é plana... Parece ser verdadeira, mas é essencialmente falsa. Quando um país decide aceitar essa proposta de “crescimento com poupança externa”, a primeira consequência é a apreciação da taxa de câmbio. Em seguida, do lado da oferta, ocorre o aumento artificial dos salários, e, em consequência, o aumento do consumo interno. Dada a propensão marginal elevada a poupar existente nos países em desenvolvimento, o aumento do consumo e a correspondente redução da poupança interna são grandes, de forma que diminui a poupança interna, e a poupança externa em grande parte a substitui, ao invés de se constituir em um acréscimo à poupança interna.
BRESSER-PEREIRA, L.C. Déficits, Câmbio e Crescimento. O Estado de São Paulo, 07/03/2010. Disponível em <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,deficits-cambio-e-crescimento,520633>. Acesso em 27 fev. 2018. Adaptado.
O texto sugere que a estratégia de crescimento com poupança externa, perseguida pelo Brasil nas últimas décadas, tende a apreciar a taxa de câmbio da moeda brasileira, em relação ao dólar, em termos reais.
Esse resultado é avaliado negativamente porque
No período posterior à Segunda Guerra Mundial, a economia global sofreu o impacto de duas grandes crises do petróleo: a primeira em 1973, e a segunda, em 1979. A primeira crise, ocorrida em 1973, foi deflagrada quando os países árabes membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram quadruplicar, abruptamente, os preços da commodity para cerca de US$12 o barril, além de proibirem exportações para os Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental, em retaliação ao apoio do Ocidente em favor de Israel, na guerra travada com o Egito e a Síria (Guerra do Yom Kippur, 1973). Tais ações acabaram precipitando enorme recessão e aceleração da inflação mundial.
Disponível em:<https://www.britannica.com/topic/oil-crisis> . Acesso em: 27 fev. 2018. Adaptado.
O texto faz menção aos impactos negativos da primeira crise do petróleo na economia mundial, ao longo da segunda metade da década de 1970.
Particularmente, no caso da inflação, com base nos fatos apresentados, seu aumento resultou fundamentalmente de um(a)
O desemprego deixou um legado preocupante no mercado de trabalho brasileiro: o desemprego de longa duração. São pessoas que buscam uma vaga, sem encontrar, há um ano ou mais. Havia 5,029 milhões de pessoas nessa situação no quarto trimestre do ano passado [2017], 130% a mais do que no mesmo período de 2014, segundo dados divulgados pelo IBGE (...). O país encerrou o ano passado com 12,3 milhões de pessoas desempregadas em atividades formais ou informais, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Isso significa que duas em cada cinco pessoas em busca de emprego eram desempregadas de longa duração no país.
VILLAS BÔAS, B. Desemprego de longa duração atinge 5 milhões. Valor Econômico, edição impressa de 24, 25 e 26 de dezembro de 2018, p. A.1.
A matéria jornalística alude aos impactos deletérios da chamada Grande Recessão Brasileira (2015-2016) sobre o mercado de trabalho no país.
De acordo com a teoria keynesiana dos ciclos econômicos, o principal fator que explica a persistência do elevado desemprego ainda em curso no Brasil é a(o)
Houve no Brasil um período denominado milagre econômico, com elevadas taxas de crescimento do PIB real aproveitando a capacidade ociosa na economia, grande aumento das exportações e inflação sob controle.
Tal período ocorreu de
Durante o final década de 1920 e início da de 1930, o Brasil enfrentou uma queda significativa do preço internacional do café.
Em reação a essa crise, o governo brasileiro
Na segunda metade da década de 1980 e na primeira metade da de 1990, os governos brasileiros adotaram vários planos de estabilização, visando a conter a elevada taxa de inflação no país.
Assim, verifica-se que houve o Plano
Mais espanto ainda causou a “matriz do ministro”, a Nova Matriz Econômica (...). Em julho de 2012, Mantega anunciaria oficialmente o enterro do tripé. A base da política econômica brasileira não seria mais formada pelo triângulo do câmbio flutuante, das metas de inflação e do superávit primário.
DE BOLLE, M.B. Como matar a borboleta azul: uma crônica da era Dilma. Rio de Janeiro: Ed. Intrínseca, p.119.
No comentário crítico, a economista Mônica de Bolle refere-se à chamada Nova Matriz Econômica, adotada pela equipe econômica de Dilma Rousseff (2011-2014), cujos objetivos principais foram
No início de 2014, o economista Gustavo Franco, um dos formuladores do Plano Real (1994), assim celebrava os 20 anos do bem-sucedido plano de estabilização inflacionária no Brasil:
Na próxima sexta-feira, dia 28 de fevereiro de 2014, quando começarem os trabalhos de carnaval, vamos festejar também os 20 anos da publicação da Medida Provisória n° 434, que introduziu a URV (Unidade Real de Valor), uma formidável inovação que assumiu a forma de segunda moeda nacional, porém apenas “virtual”, ou “para servir exclusivamente como padrão de valor monetário” (art. 1). A URV era o real, desde o início. Em seu artigo 2º, a MP 434 já determinava que, quando a URV fosse emitida em forma de cédulas — e assim passasse a servir para pagamentos —, o cruzeiro real seria extinto e a URV teria seu nome mudado para real.
Disponível em:<https://oglobo.globo.com/economia/20-anos-do-plano-real-11687119> . Acesso em: 20 jan. 2018.
A URV foi de capital importância para o programa de estabilização inflacionária no Brasil (Plano Real, 1994) porque
Alcançamos o fim de um período econômico, o da globalização encabeçada pelo Ocidente, e de um período geopolítico – o momento “unipolar” do pós-Guerra Fria. Foi isso o que argumentei quase exatamente um ano atrás. A interrogação era se o mundo vivenciaria o esfacelamento da ordem liberal pós-Segunda Guerra Mundial criada pelos Estados Unidos, para um quadro de desglobalização e conflito, ou se haveria um renascimento da cooperação. Após um ano do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devemos voltar a esse ponto. Em poucas palavras, o esfacelamento mostra-se ainda mais provável.
WOLF, Martin. Valor Econômico. Edição impressa de 3 jan. 2018. Adaptado.
A medida que, caso viesse a ser adotada pelo governo dos Estados Unidos, poderia, efetivamente, representar um risco para a continuidade do processo de globalização é a(o):
Em 1974, em um artigo publicado no jornal Opinião, o economista Edmar Bacha cunhou o termo Belíndia para enfatizar que o Brasil, durante o período do chamado “milagre” econômico (1967-1973), mantinha características da Bélgica, um país rico e de reduzido contingente populacional, e da Índia, um país pobre e populoso.
Nesse sentido, o termo Belíndia procurava confirmar que, nos anos do período do “milagre” econômico brasileiro, houve
A destruição dos excedentes das colheitas se impunha, portanto, como uma consequência lógica da política de continuar colhendo mais café do que se podia vender (...). O que importa ter em conta é que o valor do produto que se destruía era muito inferior ao montante da renda que se criava. Estávamos, em verdade, construindo as famosas pirâmides que anos depois preconizaria Keynes. Dessa forma, a política de defesa do setor cafeeiro nos anos da grande depressão concretiza-se num verdadeiro programa de fomento da renda nacional. Praticou-se no Brasil, inconscientemente, uma política anticíclica de maior amplitude que a que se tenha sequer preconizado em qualquer dos países industrializados.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil, 32ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002, pp. 197 e 200-201. Adaptado.
De acordo com a interpretação clássica de Celso Furtado, a principal consequência, no longo prazo, da política de Vargas de destruir os estoques excedentes da produção de café, como forma de minorar os impactos adversos decorrentes da grande depressão da década de 1930, foi