Questões de Concurso
Comentadas sobre teoria keynesiana em economia
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A respeito da determinação dos salários no modelo novo-keynesiano e no clássico, julgue o item a seguir.
A perspectiva clássica enfatiza a capacidade dos mercados
de alcançar equilíbrio e eficiência por conta própria,
enquanto o modelo novo-keynesiano reconhece a
possibilidade de desequilíbrios persistentes devido a
rigidezes e imperfeições no mercado, sugerindo um papel
mais ativo da política econômica na estabilização da
economia.
Considere o modelo keynesiano, em que o consumo e a importação dependem da renda disponível e de um componente autônomo. Ademais, o investimento das empresas e tributação dependem da renda bruta total.
Adote os seguintes termos:
Logo, o multiplicador keynesiano será igual a
Com base nesse cenário, analise as seguintes afirmações e indique se cada uma é verdadeira (V) ou falsa (F).
( ) Um aumento nos gastos do governo de R$100 milhões, assumindo um multiplicador de gastos do governo de 5, resultará em um aumento de R$500 milhões na demanda agregada, demonstrando o poderoso efeito multiplicador dos gastos governamentais.
( ) A redução da tributação, ao aumentar a renda disponível das famílias, estimula o consumo e, consequentemente, a demanda agregada, porém o efeito multiplicador da redução da tributação é geralmente menor do que o dos gastos do governo diretos, devido à propensão marginal a consumir.
( ) O efeito multiplicador dos gastos do governo é instantaneamente anulado pelo efeito da tributação sobre a renda, resultando em nenhuma mudança na demanda agregada, independentemente do tamanho do ajuste fiscal implementado.
( ) A eficácia do multiplicador fiscal depende da propensão marginal a consumir (PMC) da economia; quanto maior a PMC, maior será o impacto dos gastos do governo e da tributação na demanda agregada.
As afirmativas são, respectivamente,
Acerca das funções econômicas do Estado, das políticas públicas, da receita corrente líquida e do teorema de orçamento equilibrado, julgue o item a seguir.
De acordo com a teoria keynesiana, as políticas fiscais de
gastos e de taxação são primordiais para evitarem-se déficits
durante as recessões e promover-se a estabilidade
econômica, garantindo-se o equilíbrio do orçamento anual.
A partir da teoria macroeconômica, julgue o seguinte item.
Em um modelo keynesiano simples, o efeito de um aumento
dos gastos do governo sobre o produto será tão maior quanto
maior for a propensão marginal a consumir.
I. Na versão Keynesiana existem três fatores que determinam a demanda por moeda: demanda de moeda por motivo transacional, demanda de moeda por motivo precaucional e demanda por moeda para especulação.
II. Para melhor entender o conceito da moeda é importante conhecer as suas funções, quais sejam: função de meio ou instrumento de troca, função medida de valor, função reserva de valor e função-padrão de pagamento diferido.
III. No modelo keynesiano a demanda de moeda e a demanda de investimento se relacionam diretamente à taxa de juros. Se o Banco Central reduzir a oferta de moeda, a taxa de juros deverá sofrer uma redução. Com a redução da taxa de juros, o volume das despesas de investimento deverá diminuir, induzindo um dispêndio adicional em consumo e elevando o nível de renda e de emprego da economia.
IV. Um dos instrumentos da Política Monetária é a fixação da taxa de reserva. Este instrumento consiste na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco Central. Dessa forma ele regula os fluxos gerais de liquidez gerando reservas equilibradas que atendam às demandas do mercado.
• Propensão marginal a consumir (PMC): 0,8
• Investimento autônomo (I): R$ 100
• Gastos do governo (G): R$ 200
Com base no modelo keynesiano, o nível de renda de equilíbrio (Y) será igual a
Um aumento da taxa monetária de juros retarda a produção de riquezas em todos os ramos em que ela é elástica, sem estimular a produção da moeda (que, por hipótese, é perfeitamente inelástica). A taxa monetária de juros, determinando o nível de todas as demais taxas de juros de mercadorias, refreia o investimento para produzir essas mercadorias, sem poder estimular o investimento necessário para produzir moeda que, por hipótese, não pode ser produzida [...]. Quer isso dizer que o desemprego aumenta porque as pessoas querem a Lua; os homens não podem conseguir emprego quando o objeto de seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se produz e cuja demanda não pode ser facilmente contida. O único remédio consiste em persuadir o público de que Lua e queijo verde são praticamente a mesma coisa, e a fazer funcionar uma fábrica de queijo verde (isto é, um Banco Central) sob o controle do poder público.
KEYNES, J. M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p.229. Adaptado.
No trecho mencionado, Keynes reconhece o papel do Banco Central na estabilização da economia nos períodos que se seguem às crises monetário-financeiras. Apesar disso, o autor não viveu para testemunhar as políticas monetárias não convencionais, como as taxas de juros nominais próximas de zero (Zero Lower Bound) e as políticas de afrouxamento monetário (Quantitative Easing - QE), adotadas pelo Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve Bank - FED) e pelo Banco Central Europeu, nos anos imediatamente após a crise financeira global de 2008.
Com respeito ao QE, o principal objetivo do FED e do Banco Central Europeu, alinhado com a concepção de Keynes sobre a determinação das taxas de juros, foi
Por conhecimento incerto, não pretendo distinguir o que é conhecido como certo do que é, apenas, provável. Neste sentido, o jogo da roleta não está sujeito à incerteza; nem sequer à possibilidade de se ganhar na loteria. Ou, ainda, a própria esperança de vida é apenas moderadamente incerta. O sentido em que estou usando o termo [incerteza] é aquele segundo o qual a perspectiva de uma guerra europeia é incerta, o mesmo ocorrendo com o preço do cobre e a taxa de juros daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção [...]. Sobre esses problemas, não existe qualquer base científica para cálculos probabilísticos. Simplesmente, nada sabemos a respeito.
KEYNES, J. M. The general theory of employment. The Quarterly Journal of Economics, v. 51, n. 2, February, 1937, p.213-214, (tradução nossa). Adaptado.
De acordo com Keynes, diante da incerteza futura, os agentes econômicos tomam decisões relevantes, baseando-se
No que se refere à fundamentação teórica e às orientações para a implementação dessas regras, verifica-se que
Consumo (C) = 10 + 0,5 (Y - T),
Investimento (I) = 12,
Impostos (T) = 10,
Importações (M) = 10,
Exportações (X) = 15, e
Gastos do governo (G) = 20.
Com base nessas informações, assinale o ponto de equilíbrio, ou seja, o valor do Produto Interno Bruto (PIB) em que a demanda agregada é igual à produção agregada.
A escola novo-keynesiana procura explicar os resultados keynesianos — equilíbrio sem pleno emprego — a partir de imperfeições encontradas no funcionamento do mercado de trabalho.
Considere que a propensão marginal a consumir seja igual a 0,5. Logo, o multiplicador de gastos e o multiplicador de impostos serão iguais, respectivamente, a
Assinale a afirmativa que não se refere a um argumento normativo.
Julgue os próximos itens, de acordo com o que a teoria keynesiana dispõe acerca da demanda efetiva e da oferta e demanda agregadas.
I O volume de emprego será determinado pelo ponto de intersecção da oferta agregada e da demanda agregada. A definição do volume de emprego é uma atribuição do governo e não dos empresários, como no modelo clássico.
II A demanda efetiva associada ao pleno emprego é um caso especial que só se verifica quando a propensão a consumir e o incentivo para investir se encontram associados entre si numa determinada forma.
III Caso a propensão a consumir e o montante de novos investimentos resultarem em uma insuficiência da demanda efetiva, o nível real do emprego se reduzirá até ficar abaixo da oferta de mão de obra potencialmente disponível ao salário real em vigor, e o salário real de equilíbrio será superior à desutilidade marginal do nível de emprego de equilíbrio.
Assinale a opção correta.
Uma avaliação convencional, fruto da psicologia de massa de grande número de indivíduos ignorantes, está sujeita a modificações violentas em consequência de repentinas mudanças na opinião suscitada por certos fatores que na realidade pouco significam para a renda provável, já que essa avaliação carece de raízes profundas que permitam sua sustentação [...]. Para variar um pouco de metáfora, o investimento por parte de profissionais pode ser comparado aos concursos organizados pelos jornais, onde os participantes têm de escolher os seis rostos mais belos entre uma centena de fotografias, ganhando o prêmio o competidor cuja seleção corresponda, mais aproximadamente, à média das preferências dos competidores em conjunto; assim, cada concorrente deverá escolher não os rostos que ele próprio considere mais bonitos, mas os que lhe parecem mais próprios a reunir as preferências dos outros concorrentes, os quais encaram o problema do mesmo ponto de vista. Não se trata de escolher os rostos que, no entender de cada um, são realmente os mais lindos, nem mesmo aqueles que a opinião geral considere realmente como tais. Alcançamos o terceiro grau, no qual empregamos a nossa inteligência em antecipar o que a opinião geral espera que seja a opinião geral.
KEYNES, J. M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Abril Cultural, 1982. (1 ed: 1936), p.16 e 166. Adaptado.
Com a metáfora dos concursos de beleza, Keynes realça que o funcionamento dos mercados financeiros possui natureza, eminentemente,