Questões de Concurso Comentadas sobre conceitos filosóficos em filosofia

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Q2028508 Filosofia

65. [...] Ao invés de indicar algo que seja comum a tudo o que chamamos linguagem, digo que não há uma coisa sequer que seja comum a estas manifestações, motivo pelo qual empregamos a mesma palavra para todas - mas são aparentadas entre si de muitas maneiras diferentes. Por causa deste parentesco, ou destes parentescos, chamamos a todas de “linguagens”.


[...]


116. Quando os filósofos usam uma palavra - “saber”, “ser”, “objeto”, “eu”, “proposição”, “nome” - e almejam apreender a essência da coisa, devem sempre se perguntar: esta palavra é realmente sempre usada assim na linguagem na qual tem o seu torrão natal? - Nós reconduzimos as palavras do seu emprego metafísico de volta ao seu emprego cotidiano. (WITTGENSTEIN, 2007, p. 116; 169, grifos do autor)

WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.



Com base nos trechos citados, é correto afirmar que 

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Q2028502 Filosofia

Suponho, portanto, que todas as coisas que vejo são falsas; persuado-me de que nada jamais existiu de tudo quanto minha memória repleta de mentiras me representa; penso não possuir nenhum sentido; creio que o corpo, a figura, a extensão, o movimento e o lugar são apenas ficções de meu espírito. O que poderá, pois, ser considerado verdadeiro? Talvez nenhuma outra coisa a não ser que nada há no mundo de certo. [...]

De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira, todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito. (DESCARTES, 2011, p. 78)



O intelecto, como um meio para a conservação do indivíduo, desenvolve suas forças principais na dissimulação; pois esta é o meio através do qual se conservam os indivíduos mais fracos, menos robustos, aos quais foi negado travar uma luta pela existência com os cornos ou a mordida afiada de uma fera. No ser humano essa arte da dissimulação atinge o seu auge: aqui o engano, a lisonja, mentiras e ilusões, o falar-portrás, o representar, o viver do brilho alheio, o estar mascarado, a convenção velada, o jogo de cena diante dos outros e de si mesmo, em suma: o constante esvoaçar em torno de uma chama de vaidade são tanto a regra e a lei segundo as quais quase nada é mais incompreensível do que o surgimento entre os homens de um impulso honesto e puro para a verdade. (NIETZSCHE, 2011, p. 142)


DESCARTES, R. Meditações metafísicas. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.


NIETZSCHE, F. Sobre a verdade e a mentira em um sentido extramoral.

In: MARCONDES, D. (Org.).Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.


Sobre os textos, é correto afirmar que   

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Q2028501 Filosofia

Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como este bem supremo, pois a escolhemos sempre por si mesma, e nunca por causa de algo mais; mas as honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelência, embora as escolhamos por si mesmas (escolhê-las-íamos ainda que nada resultasse delas), escolhemo-las por causa da felicidade, pensando que através delas seremos felizes. (ARISTÓTELES, 2007, p. 42)


Ora, pode-se chamar a habilidade, na escolha dos meios para o seu máximo bem-estar próprio, de prudência no sentido mais estrito. Portanto, o imperativo que se refere à escolha dos meios para a felicidade própria, isto é, o preceito da prudência, é sempre ainda hipotético: a ação não é ordenada absolutamente, mas apenas como meio para um outro objetivo. Finalmente há um imperativo que, sem pôr no fundamento como condição qualquer outro objetivo a ser alcançado mediante uma certa conduta, ordena imediatamente essa conduta. Este imperativo é categórico. Ele não diz respeito à matéria da ação e ao que deve seguir-se dela, mas à forma e ao princípio do qual ela mesma decorre, e o essencialmente bom da ação consiste na disposição [Gesinnung], seja qual for o seu resultado. Este imperativo pode chamar-se de imperativo da moralidade. (KANT, 2011, p. 123)

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.


KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.


Sobre a relação entre moralidade e felicidade, nas filosofias de Aristóteles e Kant, é correto afirmar que

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Q2028499 Filosofia
Em todo caso, ter uma ideia não é da ordem da comunicação. Nesse ponto é que gostaria de chegar. Tudo sobre o que temos falado é irredutível a qualquer comunicação. Não é complexo. O que isso quer dizer? Em um primeiro sentido, poderse-ia dizer que a comunicação é a transmissão e a propagação de uma informação. Ora, uma informação, o que é? Não é complicado, todo mundo sabe: uma informação é um conjunto de palavras de ordem. Quando alguém lhes informa, alguém lhes diz no que vocês supostamente devem crer. Em outros termos: informar é fazer circular uma palavra de ordem. [...]
Qual é a relação da obra de arte com a comunicação? Nenhuma. Nenhuma, a obra de arte não é um instrumento de comunicação. A obra de arte não tem nada a ver com a comunicação. A obra de arte não contém estritamente a menor informação. Em contrapartida, há uma afinidade fundamental entre a obra de arte e o ato de resistência. Visto desse modo, sim: ela tem algo a fazer com a informação e a comunicação a título de resistência. (DELEUZE, 2012, p. 385-397)
DELEUZE, G. O que é criação? In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a obra de arte   
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Q2028498 Filosofia
Em suma, para ser dita “moral” uma ação não deve se reduzir a um ato ou a uma série de atos conformes a uma regra, lei ou valor. É verdade que toda ação moral comporta uma relação ao real em que se efetua, e uma relação ao código a que se refere; mas ela implica também uma certa relação a si; essa relação não é simplesmente “consciência de si”, mas constituição de si enquanto “sujeito moral”, na qual o indivíduo circunscreve a parte dele mesmo que constitui o objeto dessa prática moral, define sua posição em relação ao preceito que respeita, estabelece para si um certo modo de ser que valerá como realização moral dele mesmo; e, para tal, age sobre si mesmo, procura conhecer-se, controla-se, põe-se à prova, aperfeiçoa-se, transforma-se. (FOUCAULT, 2007, p. 148)
FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. In: MARCONDES, D. (Org.). Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
De acordo com o texto, uma ação moral 
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Q2028497 Filosofia

No texto a seguir, Cida Bento tematiza o “pacto narcísico” constitutivo da branquitude e seu papel nas relações raciais no Brasil:


O silêncio, a omissão, a distorção do lugar do branco na situação das desigualdades raciais no Brasil têm um forte componente narcísico, de autopreservação, porque vêm acompanhados de um pesado investimento na colocação desse grupo como grupo de referência da condição humana. Quando precisam mostrar uma família, um jovem ou uma criança, todos os meios de comunicação social brasileiros usam quase que exclusivamente o modelo branco. Freud identifica a expressão do amor a si mesmo, ou seja, o narcisismo, como elemento que trabalha para a preservação do indivíduo e que gera aversões ao que é estranho, diferente. É como se o diferente, o estranho, pusesse em questão o “normal”, o “universal”, exigindo que se modifique, quando autopreservarse remete exatamente à imutabilidade. Assim, a aversão e a antipatia surgem. (BENTO, 2002, p. 30)


BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil.

InCARONE, I.; BENTO, M. A. S. (Org.). Psicologia social do racismo:

estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.


De acordo com o texto, 

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Q2028496 Filosofia

Com expressiva força epistêmica, a categoria da amefricanidade permite que grupos subalternizados pelo modelo moderno/colonial produzam, a partir de suas experiências e processos de resistência, conhecimentos e fazeres que desafiem os lugares sociais e as estruturas de poder próprias da colonialidade. Aberta às múltiplas formas de ser, estar e bem viver, desarruma as fronteiras que estabelecem o centro e a periferia, acessa os diversos rostos e corpos que compõem o mosaico da Améfrica Ladina e ajuda a compor uma noção de direitos humanos que consiga dar conta das múltiplas possibilidades de ser humano e estar na natureza. (PIRES, 2020, p. 163)


PIRES, T. Por um constitucionalismo ladino-amefricano. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO

TORRES, N.; GROSFOGUEL, N. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico.

Belo Horizonte: Autêntica, 2020.


De acordo com o texto, a categoria “amefricanidade”, proposta por Lélia Gonzalez,

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Q2028495 Filosofia
A “unidade” é necessária para a ação política efetiva? Não será, precisamente, a insistência prematura no objetivo de unidade a causa da fragmentação cada vez maior e mais acirrada das fileiras? Certas formas aceitas de fragmentação podem facilitar a ação, e isso exatamente porque a “unidade” da categoria das mulheres não é nem pressuposta nem desejada. Não implica a “unidade” uma norma excludente de solidariedade no âmbito da identidade, excluindo a possibilidade de um conjunto de ações que rompam as próprias fronteiras dos conceitos de identidade, ou que busquem precisamente efetuar essa ruptura como um objetivo político explícito? Sem a pressuposição ou o objetivo da “unidade”, sempre instituído no nível conceitual, unidades provisórias podem emergir no contexto de ações concretas que tenham outras propostas que não a articulação da identidade. Sem a expectativa compulsória de que as ações feministas devam instituir-se a partir de um acordo estável e unitário sobre a identidade, essas ações bem poderão desencadear-se mais rapidamente e parecer mais adequadas ao grande número de “mulheres” para as quais o significado da categoria está em permanente debate. (BUTLER, 2014, p. 36)
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

Com base no texto, é correto afirmar que 
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Q2028494 Filosofia

Nós também definíamos a moralidade por essa adesão a si, e é por isso que dizemos que o homem não pode positivamente optar entre a negação e a assunção de sua liberdade, pois uma vez que ele opta, assume; ele não pode querer positivamente não ser livre, pois uma tal vontade se destruiria a si mesma. Ocorre apenas que, à diferença de Kant, o homem não nos aparece como sendo essencialmente uma vontade positiva: ao contrário, ele se define primeiramente como negatividade; ele está primeiramente à distância de si mesmo, ele só pode coincidir consigo se aceitar não reunir-se jamais a si mesmo. (BEAUVOIR, 2005, p. 33) 


BEAUVOIR, S. Por uma moral da ambiguidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.


Com base na leitura do texto, é correto afirmar que 

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Q1985671 Filosofia
Afirmar a existência de princípios lógicos universais significa:
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Q1985670 Filosofia
O conceito de autoconhecimento implica:
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Q1985669 Filosofia
A afirmação de Protágoras de que o homem é a medida de todas as coisas significa, no campo da moral, que:
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Q1985668 Filosofia
A recusa do livre-arbítrio é expressa pela conjunção das seguintes afirmações:
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Q1980886 Filosofia
Na Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio, a filosofia integra a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. As categorias propostas no documento para organizar os conteúdos e abordagens dessa área são: 
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Q1980885 Filosofia
A construção do projeto de vida como parte da formação integral do aluno é um dos objetivos do Ensino Médio. Essa construção pode ser realizada pelas ações listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. 
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Q1980883 Filosofia
“É demasiado óbvia para deixar de ser notada por todos a extrema variedade de gostos que há no mundo, assim como de opiniões. Temos tendência para chamar bárbaro tudo o que se afasta muito de nosso gosto e de nossas concepções, mas depressa vemos que esse epíteto ou censura também pode sernos aplicado. É natural que procuremos encontrar um padrão de gosto, uma regra capaz de conciliar as diversas opiniões dos homens, pelo menos uma decisão reconhecida, aprovando uma opinião e condenando outra”. HUME, David. “Do padrão do gosto” in David Hume Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 319-320.
Com base nos trechos, assinale a opção que identifica corretamente a posição assumida por Hume diante do problema do gosto.
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Q1980881 Filosofia
É célebre a afirmação do filósofo Jean-Paul Sartre de que “o existencialismo é um humanismo” e, portanto, pode-se afirmar que, para o existencialismo sartreano, o ser humano é um ser que se encontra como existente no mundo, e só vem a se definir na sequência, na medida em que faz algo de si mesmo. Com base no texto, assinale a opção que descreve corretamente o sentido desse humanismo.
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Q1980879 Filosofia
“Com a expressão vita activa, pretendo designar três atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ação. Trata-se de atividades fundamentais porque a cada uma delas corresponde uma das condições básicas mediante as quais a vida foi dada ao homem na Terra”.
  ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
As afirmativas a seguir sobre as três atividades humanas fundamentais citadas no trecho estão corretas, à exceção de uma. Assinale-a.
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Q1980877 Filosofia
“São, portanto, os próprios povos que se deixam ou, ainda, se fazem maltratar, pois ao pararem de servir estariam livres; é o povo que se subjuga, que corta a própria garganta, que, podendo escolher entre servir ou ser livre, abandona a liberdade e toma o jugo, que consente com seu infortúnio e, até mesmo, o busca”. No trecho acima, Étienne de La Boétie (1530-1563) expõe um problema ao qual dedicou seu pensamento, isto é, o problema
Alternativas
Respostas
361: D
362: C
363: A
364: C
365: D
366: A
367: C
368: B
369: C
370: B
371: A
372: B
373: C
374: A
375: E
376: D
377: B
378: A
379: D
380: C