Questões de Concurso
Comentadas sobre conceitos filosóficos em filosofia
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Por que é que a gente nasce? Qual é o sentido da vida? A vida tem sentido? Deus existe? Deus não existe? A matéria é eterna? Por que nascemos? Por que morremos? Qual é a origem do Mal e do sofrimento? Por que é que, no momento em que nascemos, já estamos condenados à morte por um crime que não cometemos? A Arte é uma tentativa de resposta a essas indagações. Vejam bem: não é uma tentativa de explicação, como a da Ciência; é uma tentativa de, pela criação da Beleza artística, criar uma resposta ou uma contraproposta à Beleza e à Feiura naturais. A Arte, em qualquer tempo e em qualquer lugar, foi, e será sempre, uma daquelas tentativas de resposta que o Homem empreende perante o desafio do mundo, o enigma do Universo, o segredo da Vida e da Morte. O que pode variar — e varia — é a maneira de cada comunidade enfrentar esses problemas e realizar sua Arte peculiar e singular.
Ariano Suassuna. Uma teoria da arte rupestre. Anais do I Simpósio de Pré-História do
Nordeste Brasileiro. Recife: CNPq, UFPE, 1991, p. 127 (com adaptações).
As diferentes culturas têm modos distintos de responder artisticamente aos problemas existenciais.
Por que é que a gente nasce? Qual é o sentido da vida? A vida tem sentido? Deus existe? Deus não existe? A matéria é eterna? Por que nascemos? Por que morremos? Qual é a origem do Mal e do sofrimento? Por que é que, no momento em que nascemos, já estamos condenados à morte por um crime que não cometemos? A Arte é uma tentativa de resposta a essas indagações. Vejam bem: não é uma tentativa de explicação, como a da Ciência; é uma tentativa de, pela criação da Beleza artística, criar uma resposta ou uma contraproposta à Beleza e à Feiura naturais. A Arte, em qualquer tempo e em qualquer lugar, foi, e será sempre, uma daquelas tentativas de resposta que o Homem empreende perante o desafio do mundo, o enigma do Universo, o segredo da Vida e da Morte. O que pode variar — e varia — é a maneira de cada comunidade enfrentar esses problemas e realizar sua Arte peculiar e singular.
Ariano Suassuna. Uma teoria da arte rupestre. Anais do I Simpósio de Pré-História do
Nordeste Brasileiro. Recife: CNPq, UFPE, 1991, p. 127 (com adaptações).
Como produz explicações para questões como as colocadas no texto, assim como a ciência, a arte é considerada conteúdo educativo, assim como os conhecimentos científicos o são.
Por que é que a gente nasce? Qual é o sentido da vida? A vida tem sentido? Deus existe? Deus não existe? A matéria é eterna? Por que nascemos? Por que morremos? Qual é a origem do Mal e do sofrimento? Por que é que, no momento em que nascemos, já estamos condenados à morte por um crime que não cometemos? A Arte é uma tentativa de resposta a essas indagações. Vejam bem: não é uma tentativa de explicação, como a da Ciência; é uma tentativa de, pela criação da Beleza artística, criar uma resposta ou uma contraproposta à Beleza e à Feiura naturais. A Arte, em qualquer tempo e em qualquer lugar, foi, e será sempre, uma daquelas tentativas de resposta que o Homem empreende perante o desafio do mundo, o enigma do Universo, o segredo da Vida e da Morte. O que pode variar — e varia — é a maneira de cada comunidade enfrentar esses problemas e realizar sua Arte peculiar e singular.
Ariano Suassuna. Uma teoria da arte rupestre. Anais do I Simpósio de Pré-História do
Nordeste Brasileiro. Recife: CNPq, UFPE, 1991, p. 127 (com adaptações).
De modo geral, a função da arte na história da humanidade foi sempre a mesma: criar a beleza.
Por que é que a gente nasce? Qual é o sentido da vida? A vida tem sentido? Deus existe? Deus não existe? A matéria é eterna? Por que nascemos? Por que morremos? Qual é a origem do Mal e do sofrimento? Por que é que, no momento em que nascemos, já estamos condenados à morte por um crime que não cometemos? A Arte é uma tentativa de resposta a essas indagações. Vejam bem: não é uma tentativa de explicação, como a da Ciência; é uma tentativa de, pela criação da Beleza artística, criar uma resposta ou uma contraproposta à Beleza e à Feiura naturais. A Arte, em qualquer tempo e em qualquer lugar, foi, e será sempre, uma daquelas tentativas de resposta que o Homem empreende perante o desafio do mundo, o enigma do Universo, o segredo da Vida e da Morte. O que pode variar — e varia — é a maneira de cada comunidade enfrentar esses problemas e realizar sua Arte peculiar e singular.
Ariano Suassuna. Uma teoria da arte rupestre. Anais do I Simpósio de Pré-História do
Nordeste Brasileiro. Recife: CNPq, UFPE, 1991, p. 127 (com adaptações).
Infere-se do texto que, para seu autor, a arte e o pensamento são indissociáveis, já que, por meio da arte, é possível tentar responder às questões do pensamento.
Em muitas aldeias por esse mundo afora, em sociedades tradicionais ou industrializadas, as pessoas se reúnem de noite para conversar. Em pubs e bares, ao ar livre, sob a copa das árvores, ao redor de fogueiras, elas intercambiam histórias, contam piadas, discutem questões daquele dia, debatem sobre assuntos importantes ou triviais. Ouvindo essas conversas em culturas diferentes da nossa, aprendemos muita coisa sobre os conceitos e teorias que as pessoas usam para explicar suas experiências e que valores elas consideram mais importantes.
Kwame Anthony Appiah. Introdução à filosofia contemporânea.
Petrópolis: Vozes, 2006, p. 297 (com adaptações).
O positivismo é uma perspectiva filosófica que pretende organizar as sociedades com o mesmo rigor das ciências da natureza.
A ciência é uma forma sistematicamente organizada do pensamento objetivo. Da magia — considerada um conjunto de práticas destinado a aproveitar os poderes sobrenaturais —, a ciência teria conservado uma aparência de mistério e gravidade ritual, traço que ainda hoje surpreende a maioria dos espíritos. Do feiticeiro ao cientista há apenas um pequeno passo, fácil de transpor, quando considerados os “milagres” da ciência moderna. Quanto mais escapam aos nossos sentidos as forças naturais das quais ela se aproveita (ondas hertzianas, eletricidade, emissões eletrônicas), mais parece ela realizar os sonhos dos mágicos. A ciência, entretanto, apenas poderá ser magia aos olhos de espectadores, pois é apenas se libertando da magia que a ciência propriamente dita pode desenvolver-se.
Gilles-Gaston Granger. Lógica e filosofia das ciências.
São Paulo: Melhoramentos, 1955, p. 75 (com adaptações)
O empirismo e o racionalismo foram as mais importantes correntes teóricas na modernidade, tendo cada uma, a seu modo, buscado fundamentar a produção de conhecimento pela ciência.
A ciência é uma forma sistematicamente organizada do pensamento objetivo. Da magia — considerada um conjunto de práticas destinado a aproveitar os poderes sobrenaturais —, a ciência teria conservado uma aparência de mistério e gravidade ritual, traço que ainda hoje surpreende a maioria dos espíritos. Do feiticeiro ao cientista há apenas um pequeno passo, fácil de transpor, quando considerados os “milagres” da ciência moderna. Quanto mais escapam aos nossos sentidos as forças naturais das quais ela se aproveita (ondas hertzianas, eletricidade, emissões eletrônicas), mais parece ela realizar os sonhos dos mágicos. A ciência, entretanto, apenas poderá ser magia aos olhos de espectadores, pois é apenas se libertando da magia que a ciência propriamente dita pode desenvolver-se.
Gilles-Gaston Granger. Lógica e filosofia das ciências.
São Paulo: Melhoramentos, 1955, p. 75 (com adaptações)
A ciência moderna tem como importante característica a aplicação de um método sistemático que busca o conhecimento certo e seguro.
Friedrich Nietzsche dedicou boa parte de sua obra ao tema da moral. Seu trabalho terminou por constituir-se, em grande medida, em uma contraposição às perspectivas kantianas acerca do tema. A respeito do pensamento moral desses dois grandes filósofos, julgue o item a seguir.
Kant e Nietzsche constroem uma moral que leva em
consideração os resultados das ações humanas no
processo de qualificá-las como boas ou ruins.
Friedrich Nietzsche dedicou boa parte de sua obra ao tema da moral. Seu trabalho terminou por constituir-se, em grande medida, em uma contraposição às perspectivas kantianas acerca do tema. A respeito do pensamento moral desses dois grandes filósofos, julgue o item a seguir.
Kant, em sua obra Crítica da Razão Prática, realiza o
mesmo tipo de investigação que Nietzsche realiza em sua
Genealogia da Moral.
Friedrich Nietzsche dedicou boa parte de sua obra ao tema da moral. Seu trabalho terminou por constituir-se, em grande medida, em uma contraposição às perspectivas kantianas acerca do tema. A respeito do pensamento moral desses dois grandes filósofos, julgue o item a seguir.
Kant e Nietzsche defendem, cada qual a seu modo, a
noção de autonomia.
Descartes e Kant podem ser acomodados sob uma mesma tradição racionalista. Entre Descartes e Kant, porém, houve a interposição de vários importantes filósofos empiristas. O aparecimento desses filósofos empiristas implicou em inúmeras alterações, por Kant, da filosofia cartesiana. Com relação às alterações feitas ou não por Kant com respeito à filosofia cartesiana, julgue o item subsequente.
Kant conclui que há certas proposições cujo valor de
verdade não pode mais ser estabelecido de maneira
justificada no âmbito do entendimento.
Descartes e Kant podem ser acomodados sob uma mesma tradição racionalista. Entre Descartes e Kant, porém, houve a interposição de vários importantes filósofos empiristas. O aparecimento desses filósofos empiristas implicou em inúmeras alterações, por Kant, da filosofia cartesiana. Com relação às alterações feitas ou não por Kant com respeito à filosofia cartesiana, julgue o item subsequente.
A noção de “espaço” é substancialmente alterada por
Kant com relação à filosofia cartesiana.
Descartes e Kant podem ser acomodados sob uma mesma tradição racionalista. Entre Descartes e Kant, porém, houve a interposição de vários importantes filósofos empiristas. O aparecimento desses filósofos empiristas implicou em inúmeras alterações, por Kant, da filosofia cartesiana. Com relação às alterações feitas ou não por Kant com respeito à filosofia cartesiana, julgue o item subsequente.
Hume, com sua abordagem empirista, levanta o
problema das garantias de verdade de um juízo universal
sobre questões de fato. Juízos universais não podem ter
seu valor de verdade garantido na filosofia cartesiana,
mas o podem na filosofia kantiana.