Questões de Filosofia - Filosofia da Cultura para Concurso
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“O cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um negócio, eles a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositadamente produzem. Eles se definem a si mesmos como indústrias, e as cifras publicadas dos rendimentos de seus diretores gerais suprimem toda dúvida quanto à necessidade social de seus produtos.” In: ADORNO, T.W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.p.114
No trecho acima, os filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer refletem sobre a Indústria Cultural. De acordo com os autores, uma das consequências disso é
[...] se o universalismo abstrato é um tipo de particularismo que se estabelece como hegemônico e se apresenta como desincorporado, o universalismo concreto, que podemos extrair da carta de Césaire e das contribuições de Abdias do Nascimento, não esconde seu lugar de enunciação, suas influências corpo-políticas e geopolíticas. Este universalismo permite a coexistência de particulares, sem que cada particular precise se esconder atrás de uma ideia abstrata ou desincorporada. Diferentemente do universalismo abstrato, que estabelece uma relação vertical, o universalismo concreto supõe um projeto político que propõe relações e diálogos horizontais entre as diversas particularidades. (BERNARDINO-COSTA; MALDONADO-TORRES; GROSFOGUEL, 2018, p. 15)
BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. Introdução. In:
Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
De acordo com o texto, o universalismo
Estar com aquela turma me fez refletir sobre o mito da sustentabilidade, inventado pelas corporações para justificar o assalto que fazem à nossa ideia de natureza. Fomos, durante muito tempo, embalados com a história de que somos a humanidade. Enquanto isso - enquanto seu lobo não vem -, fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a pensar que ele é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade. Eu não percebo onde tem alguma coisa que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza. (KRENAK, 2019, p. 16-17)
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Com base no texto, é correto afirmar que
Qual é a relação da obra de arte com a comunicação? Nenhuma. Nenhuma, a obra de arte não é um instrumento de comunicação. A obra de arte não tem nada a ver com a comunicação. A obra de arte não contém estritamente a menor informação. Em contrapartida, há uma afinidade fundamental entre a obra de arte e o ato de resistência. Visto desse modo, sim: ela tem algo a fazer com a informação e a comunicação a título de resistência. (DELEUZE, 2012, p. 385-397)
DELEUZE, G. O que é criação? In: DUARTE, R. (Org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a obra de arte
No texto a seguir, Cida Bento tematiza o “pacto narcísico” constitutivo da branquitude e seu papel nas relações raciais no Brasil:
O silêncio, a omissão, a distorção do lugar do branco na situação das desigualdades raciais no Brasil têm um forte componente narcísico, de autopreservação, porque vêm acompanhados de um pesado investimento na colocação desse grupo como grupo de referência da condição humana. Quando precisam mostrar uma família, um jovem ou uma criança, todos os meios de comunicação social brasileiros usam quase que exclusivamente o modelo branco. Freud identifica a expressão do amor a si mesmo, ou seja, o narcisismo, como elemento que trabalha para a preservação do indivíduo e que gera aversões ao que é estranho, diferente. É como se o diferente, o estranho, pusesse em questão o “normal”, o “universal”, exigindo que se modifique, quando autopreservarse remete exatamente à imutabilidade. Assim, a aversão e a antipatia surgem. (BENTO, 2002, p. 30)
BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil.
In: CARONE, I.; BENTO, M. A. S. (Org.). Psicologia social do racismo:
estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.
De acordo com o texto,
Com expressiva força epistêmica, a categoria da amefricanidade permite que grupos subalternizados pelo modelo moderno/colonial produzam, a partir de suas experiências e processos de resistência, conhecimentos e fazeres que desafiem os lugares sociais e as estruturas de poder próprias da colonialidade. Aberta às múltiplas formas de ser, estar e bem viver, desarruma as fronteiras que estabelecem o centro e a periferia, acessa os diversos rostos e corpos que compõem o mosaico da Améfrica Ladina e ajuda a compor uma noção de direitos humanos que consiga dar conta das múltiplas possibilidades de ser humano e estar na natureza. (PIRES, 2020, p. 163)
PIRES, T. Por um constitucionalismo ladino-amefricano. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO
TORRES, N.; GROSFOGUEL, N. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico.
Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
De acordo com o texto, a categoria “amefricanidade”, proposta por Lélia Gonzalez,
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.
Com base no texto, é correto afirmar que
Corresponde a ação que caracteriza a arte como elemento do sistema hegeliano somente o que consta em
Atente para o que se diz a seguir e, com base na observação de Adorno, assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Sob a regra da lógica formal, a noção de conflito entre essência e aparência é prescindível, se não, insignificante. ( ) A lógica formal, não transcende sua própria estrutura, permanece analítica. ( ) Há uma dissociação entre a neutralidade semântica da lógica formal e a necessidade de domínio do aparato tecnocrático. ( ) A compreensão da lógica tecnológica destaca as contradições sociais da realidade estabelecida.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
“...toda a esfera da realidade interior e da realidade exterior empíricas se deve chamar, num sentido mais forte do que o reservado à arte, o mundo de mera ilusão e amarga decepção, e não mundo da realidade. A verdadeira realidade só se encontra para lá da imediatidade da sensação e dos objetos externos”. ( ) A imediatidade das sensações revela o mundo como mera ilusão. ( ) A realidade interior empírica é compreendida como amarga decepção. ( ) O mundo da arte, aparência da verdade, revela o engano do cotidiano. ( ) Nessa citação, a esfera das realidades empíricas constitui-se elemento do concreto verdadeiro.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
Nesta época surge uma figura nas ruas da Grécia que usava suas habilidades para ensinar a arte da retórica. Este profissional seria o:
Indique a opção abaixo que evidencia o pensamento de Hegel na compreensão que compreender a história da filosofia é compreender o próprio ser humano e seu sentido.
Observe a tirinha:
A tirinha representa um conceito do sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002) de fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante.
A crença aqui seria a ideia que a criança teria
que usar de qualquer jeito a cueca, para atender
a preceitos induzidos pela sociedade. Tal conceito
seria a violência:
O positivismo foi uma perspectiva filosófica muito influente na filosofia do século XIX e do século XX, tendo sofrido deslocamentos e modificações. Quanto ao positivismo, julgue o item.
O positivismo teve como seu fundador o filósofo
Auguste Comte.
No que se refere ao existencialismo em geral e, em particular, ao existencialismo de Sartre, julgue o item.
Um dos precursores do existencialismo foi o filósofo
dinamarquês Soren Kierkegaard.
Em relação à epistemologia de Gaston Bachelard, é INCORRETO afirmar que