Questões de Concurso
Sobre filosofia e a grécia antiga em filosofia
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Isonomia não significa que todos sejam iguais perante a lei nem que a lei seja igual para todos, mas sim que todos têm o mesmo direito à atividade política; e essa atividade na polis era de preferência uma atividade de conversa mútua. Por isso, isonomia é, antes de tudo, liberdade de falar e como tal é o mesmo que isegoria; mais tarde, em Polibios, ambas significam apenas isologia. Porém, o falar na forma de ordenar e o ouvir na forma de obedecer não eram avaliados como falar e ouvir originais; não era uma conversa livre porquanto comprometida com um fenômeno determinado não pela conversa, mas sim pelo fazer ou trabalhar. As palavras eram aqui como que o substituto do fazer e, na verdade, de um fazer que pressupunha o forçar e o ser forçado. Quando os gregos diziam que os escravos e bárbaros eram aneu logou, não dominavam a palavra, queriam dizer que eles se encontravam numa situação na qual era impossível a conversa livre. Na mesma situação, encontra-se o déspota, que só conhece o ordenar; para poder conversar, ele precisava de outros de categoria igual à dele. Portanto, para a liberdade, não se precisava de uma democracia igualitária no sentido moderno, mas sim de uma esfera limitada de maneira estreitamente oligárquica ou aristocrática, na qual pelo menos os poucos ou os melhores se relacionassem entre si como iguais entre iguais.
Hanna Arendt. O que é política? Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998, p. 49 (com adaptações).
Considerando as informações do texto acima, assinale a opção
correta.
Péricles, num discurso reportado por Tucídides, ao elogiar os combatentes mortos durante o primeiro ano da guerra do Peloponeso (431), fez uma ponderação sobre o sentido da democracia ateniense, com a seguinte declaração: “Nossa Constituição tem por nome democracia, porque não tem como interesse servir a um pequeno número de indivíduos, mas à maioria. No que toca às leis, todos, dentro das diferenças entre particulares, gozam de direitos iguais; no que toca às dignidades, porém, cada um, segundo o mérito que o distingue, é ordinariamente preferido para os empregos públicos, não por causa de seu partido, mas de suas virtudes; e nem mesmo a falta de conhecimento em razão da pobreza é excludente, se a gente é em grau de fazer algum serviço ao Estado”.
Apud S. Wrublevski. A Justiça na Antiguidade Grega. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 34 (com adaptações).
A respeito das informações apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
Em O que é isto: a filosofia, Heidegger declara: “A palavra philosophia diz-nos que a filosofia é algo que, pela primeira vez e antes de tudo, vinca a existência do mundo grego (...): A filosofia é, nas origens de sua essência, de tal natureza que ela primeiro se apoderou do mundo grego e só dele, usando-o para se desenvolver”. Esse assenhoreamento ocorreu pelo despertar do espanto ou da admiração (thaumadzo) com o ser: “precisamente isto, que o ente permaneça recolhido no ser, que no fenômeno do ser se manifesta o ente; isto jogava os gregos, e a eles primeiro unicamente, no espanto. Ente no ser: isto se tornou para os gregos o mais espantoso”. O thaumadzo é atestado como princípio (arkhé) da filosofia por Platão e Aristóteles. Primeiramente, Platão (no Teeteto 155d) afirma: “É verdadeiramente de um filósofo esse pathos — o espanto (thaumadzein); pois não há outra origem imperante (arkhé) da filosofia do que este”. E Aristóteles (na Metafísica A 2, 982b 12ss) confirma o dito de Platão: “Pelo espanto, os homens chegaram agora e chegaram antigamente à origem imperante do filosofar”.
Acerca do tema abordado no texto acima, assinale a opção correta.
Na Grécia antiga, em meio à intensa vida cultural, política e comercial das poleis, nasce a filosofia, uma forma de pensar conceitualmente o mundo e responder a problemas diversos de modo racional. Uma vez que a religião, o mito e o senso comum não mais forneciam respostas satisfatórias, os primeiros filósofos buscaram uma explicação, pautada em critérios claros, demonstrativos e não dogmáticos, para as curiosidades cosmológicas, físicas e antropológicas do seu tempo. A relação da filosofia com outros saberes é um dos traços mais fortes de sua história. Na Idade Média, por exemplo, Agostinho e Tomás de Aquino aproximaram a teologia cristã da filosofia; na modernidade, Galileu, Bacon e Newton investigaram na filosofia, na física e na ciência nascente o método perfeito. As artes também constituem outro ponto de convergência para os interesses filosóficos. Com os pensadores da teoria crítica, como Benjamin e Adorno, vê-se como a produção e a fruição da arte, sob o ponto de vista filosófico e histórico, foram modificadas pelo desenvolvimento de meios técnicos e tecnológicos em um contexto capitalista, a que se denomina indústria cultural.
Silvio Galo. Filosofia: experiência de pensamento.
São Paulo: Scipione, 2013, p. 9 (com adaptações).
A insuficiência dos mitos como elemento de explicação da realidade fez que os pensadores da Grécia Antiga adotassem a racionalidade como caminho explicativo, abandonando-os por completo. Desse processo surgiu a filosofia.
Na Grécia antiga, em meio à intensa vida cultural, política e comercial das poleis, nasce a filosofia, uma forma de pensar conceitualmente o mundo e responder a problemas diversos de modo racional. Uma vez que a religião, o mito e o senso comum não mais forneciam respostas satisfatórias, os primeiros filósofos buscaram uma explicação, pautada em critérios claros, demonstrativos e não dogmáticos, para as curiosidades cosmológicas, físicas e antropológicas do seu tempo. A relação da filosofia com outros saberes é um dos traços mais fortes de sua história. Na Idade Média, por exemplo, Agostinho e Tomás de Aquino aproximaram a teologia cristã da filosofia; na modernidade, Galileu, Bacon e Newton investigaram na filosofia, na física e na ciência nascente o método perfeito. As artes também constituem outro ponto de convergência para os interesses filosóficos. Com os pensadores da teoria crítica, como Benjamin e Adorno, vê-se como a produção e a fruição da arte, sob o ponto de vista filosófico e histórico, foram modificadas pelo desenvolvimento de meios técnicos e tecnológicos em um contexto capitalista, a que se denomina indústria cultural.
Silvio Galo. Filosofia: experiência de pensamento.
São Paulo: Scipione, 2013, p. 9 (com adaptações).
O pensamento filosófico surge com a busca por compreensão do mundo a partir de uma perspectiva investigativa, utilizando-se da racionalidade na construção de critérios rigorosos e estabelecendo relações profícuas com os vários campos do saber.
Na Grécia antiga, em meio à intensa vida cultural, política e comercial das poleis, nasce a filosofia, uma forma de pensar conceitualmente o mundo e responder a problemas diversos de modo racional. Uma vez que a religião, o mito e o senso comum não mais forneciam respostas satisfatórias, os primeiros filósofos buscaram uma explicação, pautada em critérios claros, demonstrativos e não dogmáticos, para as curiosidades cosmológicas, físicas e antropológicas do seu tempo. A relação da filosofia com outros saberes é um dos traços mais fortes de sua história. Na Idade Média, por exemplo, Agostinho e Tomás de Aquino aproximaram a teologia cristã da filosofia; na modernidade, Galileu, Bacon e Newton investigaram na filosofia, na física e na ciência nascente o método perfeito. As artes também constituem outro ponto de convergência para os interesses filosóficos. Com os pensadores da teoria crítica, como Benjamin e Adorno, vê-se como a produção e a fruição da arte, sob o ponto de vista filosófico e histórico, foram modificadas pelo desenvolvimento de meios técnicos e tecnológicos em um contexto capitalista, a que se denomina indústria cultural.
Silvio Galo. Filosofia: experiência de pensamento.
São Paulo: Scipione, 2013, p. 9 (com adaptações).
Na Grécia antiga, em meio à intensa vida cultural, política e comercial das poleis, nasce a filosofia, uma forma de pensar conceitualmente o mundo e responder a problemas diversos de modo racional. Uma vez que a religião, o mito e o senso comum não mais forneciam respostas satisfatórias, os primeiros filósofos buscaram uma explicação, pautada em critérios claros, demonstrativos e não dogmáticos, para as curiosidades cosmológicas, físicas e antropológicas do seu tempo. A relação da filosofia com outros saberes é um dos traços mais fortes de sua história. Na Idade Média, por exemplo, Agostinho e Tomás de Aquino aproximaram a teologia cristã da filosofia; na modernidade, Galileu, Bacon e Newton investigaram na filosofia, na física e na ciência nascente o método perfeito. As artes também constituem outro ponto de convergência para os interesses filosóficos. Com os pensadores da teoria crítica, como Benjamin e Adorno, vê-se como a produção e a fruição da arte, sob o ponto de vista filosófico e histórico, foram modificadas pelo desenvolvimento de meios técnicos e tecnológicos em um contexto capitalista, a que se denomina indústria cultural.
Silvio Galo. Filosofia: experiência de pensamento.
São Paulo: Scipione, 2013, p. 9 (com adaptações).
Na Grécia Antiga, a filosofia confundia-se com a ciência, de modo que o pensamento de Sócrates enquanto filósofo é indissociável de sua atuação como cientista social intérprete da sociedade ateniense.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
Os Eleatas, como Parmênides e Zenão, desenvolveram,
em sua filosofia, a noção de aparência, ao analisar o
fenômeno do movimento, tendo sua perspectiva a
respeito do Ser como fundamento.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
O atomismo pré-socrático teve ampla aceitação na
Grécia Antiga, assim como na Idade Média, sendo uma
das correntes de pensamento mais importantes a
respeito do mundo natural do período.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
A defesa de Empédocles das quatro raízes (água, ar, fogo e terra) como fundamento dos fenômenos materiais foi absorvida pela tradição posterior na explicação do mundo, tanto por Platão como por Aristóteles, e, de fato, só foi refutada no século XIX, com o surgimento de uma nova forma de atomismo.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
A filosofia pré-socrática teve continuidade, no que
concerne aos seus temas, com o aparecimento de
Sócrates e Platão.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
Os filósofos pré-socráticos buscavam, em princípios
materiais, um modelo de explicação do mundo e de seus
fenômenos.
Considera-se que a filosofia surgiu na Grécia Antiga, com os filósofos ditos pré-socráticos. No que se refere aos filósofos pré-socráticos e a alguns filósofos posteriores, julgue o item que se segue.
Os pré-socráticos constituíram a filosofia de seu tempo a
partir de um processo de afastamento das explicações de
caráter mitológico, comuns no período.
Todos compreendem o quanto seja louvável a um príncipe manter a palavra dada e viver com integridade e não com astúcia. Contudo, pela experiência de nossos tempos, vê-se que certos príncipes realizaram coisas notáveis, mas tiveram em pouca conta a fé dada e souberam com astúcia manejar a cabeça dos homens. Superaram, enfim, aqueles que se apoiaram na sinceridade.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (Capítulo XVIII). In MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 457.)
A partir do trecho selecionado, marque a opção em que se encontra a melhor definição para o
pensamento político maquiaveliano, em relação à filosofia política desenvolvida na Grécia Clássica.
“SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)
Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata
Texto 1 –
A questão é que nenhum deus persegue a sabedoria ou deseja tornar-se sábio, pois já o é; e ninguém mais que seja sábio persegue a sabedoria. Nem o ignorante persegue a sabedoria ou deseja ser sábio(...). O homem que não se sente deficiente não deseja aquilo de que não sente deficiência. (...)[A] necessidade de Amor tem que ser amiga da sabedoria e, como tal, deve situar-se entre o sábio e o ignorante.
(PLATÃO, O Banquete. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p.28)
Texto 2 –
É pela indagação que os homens começam agora e começaram originalmente a filosofar (...). Ora, quem indaga e está perplexo sente-se ignorante (...) de modo que, se foi para escapar à ignorância que os homens estudaram filosofia, é óbvio que procuraram a ciência pelo conhecimento e não por qualquer utilidade prática.
(ARISTÓTELES, Metafísica. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, pp. 50-51)
Tendo como base apenas os trechos citados, considere as seguintes afirmações:
I. Para ambos os autores, a filosofia demanda uma necessidade de conhecer.
II. De acordo com texto 1, sentir-se ignorante não é próprio do ignorante nem do sábio.
III. Para Platão a filosofia tem a mesma natureza divina que Eros.
IV. Aristóteles supõe que o ser humano possui a necessidade prática de conhecer.
São afirmações corretas apenas
Agora, porém, partirá injustiçado se de fato for embora, mas não por nós, as leis, e sim pelos homens; mas se fugir depois de tão vergonhosamente revidar injustiça com injustiça e o mal com o mal, rompendo os seus pactos e acordos conosco e ferindo àqueles que menos deveria – a si mesmo e aos amigos, ao país e a nós – , ficaremos zangadas com você...
(PLATÃO, Críton. In MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 25)
Com o argumento exposto no texto, Sócrates convence Críton de que, apesar da pena que recebe,
sua recusa a fugir faz sentido. Sobre o argumento de Sócrates, é correto afirmar que