Questões de Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga para Concurso
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Mas é natural que tais amizades não sejam muito frequentes, pois que tais homens são raros. Acresce que uma amizade dessa espécie exige tempo e familiaridade. Como diz o provérbio, os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal juntos”; e tampouco podem aceitar um ao outro como amigos enquanto cada um não parecer estimável ao outro e este não depositar confiança nele. Os que não tardam a mostrar mutuamente sinais de amizade desejam ser amigos, mas não o são a menos que ambos sejam estimáveis e o saibam; porque o desejo da amizade pode surgir depressa, mas a amizade não.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 382 (com adaptações)
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir, acerca da relação entre ética e felicidade na filosofia aristotélica.
Segundo Aristóteles, a felicidade independe da interveniência
das virtudes, devendo ser um objetivo em si mesma.
Mas é natural que tais amizades não sejam muito frequentes, pois que tais homens são raros. Acresce que uma amizade dessa espécie exige tempo e familiaridade. Como diz o provérbio, os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal juntos”; e tampouco podem aceitar um ao outro como amigos enquanto cada um não parecer estimável ao outro e este não depositar confiança nele. Os que não tardam a mostrar mutuamente sinais de amizade desejam ser amigos, mas não o são a menos que ambos sejam estimáveis e o saibam; porque o desejo da amizade pode surgir depressa, mas a amizade não.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 382 (com adaptações)
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir, acerca da relação entre ética e felicidade na filosofia aristotélica.
Com a expressão “provado sal juntos”, Aristóteles refere-se
à ética que constitui os laços de amizade, explicitando
a importância da convivência para a formação da amizade.
Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo visto tanto as coisas (que estão) aqui quanto as (que estão) no Hades, enfim, todas, as coisas, não o que não tenha aprendido; de modo que não é nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto ao demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas justamente que já antes conhecia. Pois, sendo a natureza toda congênere e tendo a alma aprendido todas as coisas, nada impede que, tendo (alguém) rememorando alguma só coisa — fato esse precisamente que os homens chamam aprendizado —, essa pessoa descubra todas as outras coisas, se for corajosa e não se cansar de procurar. Pois, pelo visto, o procurar e o aprender são, no seu total, uma rememoração.
Platão. Mênon. Rio de Janeiro: São Paulo, 2001. p. 51-2.
Tendo o fragmento do texto de Platão como referência inicial, julgue o item a seguir, acerca da teoria da reminiscência platônica.
Para Platão, todos os indivíduos aprendem da mesma forma e
pelas mesmas vias, uma vez que aprender é lembrar daquilo
que já existe na alma.
Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo visto tanto as coisas (que estão) aqui quanto as (que estão) no Hades, enfim, todas, as coisas, não o que não tenha aprendido; de modo que não é nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto ao demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas justamente que já antes conhecia. Pois, sendo a natureza toda congênere e tendo a alma aprendido todas as coisas, nada impede que, tendo (alguém) rememorando alguma só coisa — fato esse precisamente que os homens chamam aprendizado —, essa pessoa descubra todas as outras coisas, se for corajosa e não se cansar de procurar. Pois, pelo visto, o procurar e o aprender são, no seu total, uma rememoração.
Platão. Mênon. Rio de Janeiro: São Paulo, 2001. p. 51-2.
Tendo o fragmento do texto de Platão como referência inicial, julgue o item a seguir, acerca da teoria da reminiscência platônica.
De acordo com a teoria da reminiscência, a alma contempla
as ideias antes de encarnar, mas de tudo se esquece ao se unir
ao corpo.
Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo visto tanto as coisas (que estão) aqui quanto as (que estão) no Hades, enfim, todas, as coisas, não o que não tenha aprendido; de modo que não é nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto ao demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas justamente que já antes conhecia. Pois, sendo a natureza toda congênere e tendo a alma aprendido todas as coisas, nada impede que, tendo (alguém) rememorando alguma só coisa — fato esse precisamente que os homens chamam aprendizado —, essa pessoa descubra todas as outras coisas, se for corajosa e não se cansar de procurar. Pois, pelo visto, o procurar e o aprender são, no seu total, uma rememoração.
Platão. Mênon. Rio de Janeiro: São Paulo, 2001. p. 51-2.
Tendo o fragmento do texto de Platão como referência inicial, julgue o item a seguir, acerca da teoria da reminiscência platônica.
Na teoria platônica, exposta no Mito de Er ou Mito da
Reminiscência, a alma e o corpo, sendo congêneres, detêm
os mesmos aspectos reminiscentes quanto ao conhecimento.