Questões de Filosofia - O que é a Filosofia para Concurso

Foram encontradas 311 questões

Q820919 Filosofia

      O que chamamos de sentido é isto: a apreensão de uma unidade entre intenção e resultado. O sentido é produzido, ele não habita simplesmente a obra bruta, ele é construído pelo trabalho de quem procura estabelecê-lo, tornando-o apreensível. Tal é a proposição principal que gera a hermenêutica.

Anne Cauquelin. Teorias da arte São Paulo: Martins

Fontes, 2005, p. 95-6 (com adaptações).


Assinale a opção em que é apresentado o nome do filósofo concernente à tradição hermenêutica. 

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Q820900 Filosofia

      De acordo com o pensador G. Vico, o senso comum é um julgamento sem qualquer reflexão, comumente sentido por toda uma classe, todo um povo, toda uma nação, ou por todo o gênero humano. Segundo Heidegger, nós nos movimentamos no nível de compreensão do senso comum à medida que nós cremos em segurança no seio das diversas “verdades” da experiência da vida, da ação, da pesquisa, da criação e da fé.

M. Heidegger. Sobre a essência da verdade. São Paulo 1970, p. 18 (com adaptações).


A propósito dessas informações acerca do significado do senso comum, problematizado pela filosofia, assinale a opção correta.

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Q820899 Filosofia

O que o filósofo procura na verdade do mito é a verdade da própria filosofia. Na época de sua errância racional, a filosofia sentia-se absolutamente autônoma e independente da não filosofia. No espaço dessa independência, julgava atingir com os recursos da razão uma verdade absoluta, necessária, universal. Em nome dessa verdade, desprezava tudo que não se enquadrasse na bitola da racionalidade. O mito, as lendas, os sonhos, a loucura, a poesia, a religião, para terem lugar no país da verdade, guardado pela filosofia, necessitavam das credenciais da razão. No rigor dessa ditadura, não se destruía, decerto, a liberdade desde que sua essencialização se submetesse aos princípios racionais da lógica. Pois a essência da liberdade era a verdade. Hoje a filosofia sente sua dependência da não-filosofia. É aquém da alternativa de racional e irracional que se instaura o espaço de toda verdade. Na liberdade dessa dimensão originária se articulam a verdade da fantasia, a verdade dos sonhos, a verdade da loucura. O juízo já não é o lugar primogênito da verdade. Há verdades, no plural, correlativas ao sentido das diversas intencionalidades. É a liberdade que é a essência da verdade.

Emanuel Carneiro Leão. Aprendendo a pensar. 2.ª ed. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 195 (com adaptações).


Tendo como referência as ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.

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Q820891 Filosofia

Em O que é isto: a filosofia, Heidegger declara: “A palavra philosophia diz-nos que a filosofia é algo que, pela primeira vez e antes de tudo, vinca a existência do mundo grego (...): A filosofia é, nas origens de sua essência, de tal natureza que ela primeiro se apoderou do mundo grego e só dele, usando-o para se desenvolver”. Esse assenhoreamento ocorreu pelo despertar do espanto ou da admiração (thaumadzo) com o ser: “precisamente isto, que o ente permaneça recolhido no ser, que no fenômeno do ser se manifesta o ente; isto jogava os gregos, e a eles primeiro unicamente, no espanto. Ente no ser: isto se tornou para os gregos o mais espantoso”. O thaumadzo é atestado como princípio (arkhé) da filosofia por Platão e Aristóteles. Primeiramente, Platão (no Teeteto 155d) afirma: “É verdadeiramente de um filósofo esse pathos — o espanto (thaumadzein); pois não há outra origem imperante (arkhé) da filosofia do que este”. E Aristóteles (na Metafísica A 2, 982b 12ss) confirma o dito de Platão: “Pelo espanto, os homens chegaram agora e chegaram antigamente à origem imperante do filosofar”.

Acerca do tema abordado no texto acima, assinale a opção correta.

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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Filosofia |
Q807488 Filosofia
Leia os trechos abaixo
“Ele examina o que é a verdade: e quanto a mim eu jamais duvidei dela, parecendo-me que é uma noção tão transcendentalmente clara que é impossível ignorá-la. Com efeito, existem meios de examinar uma balança antes de usá-la, mas não existiriam meios de aprender o que é verdade se nós não a conhecêssemos naturalmente. Pois, que razão teríamos para aceitar o que delas nos fosse ensinado, se nós não conhecêssemos já a verdade? Assim, pode-se explicar àqueles que não compreendem a língua e lhes dizer que a palavra verdade, na sua significação própria, denota a conformidade do pensamento com o objeto, mas que quando ela é atribuída às coisas que existem fora do pensamento isto significa somente que estas coisas podem servir de objetos a pensamentos verdadeiros, seja aos nossos, seja aos de Deus, mas não se pode dar qualquer definição lógica que ajude a conhecer a sua natureza”. (DESCARTES, René. Correspondências. Carta CLXXIV. Descartes comenta o Livro do Barão de Cherbury e escreve ao amigo Mersenne).
“Tenho certeza de que sou uma coisa pensante; mas não saberei também, portanto, o que é requerido para ter certeza de uma coisa? Nesse primeiro conhecimento encontra-se apenas uma clara e distinta percepção daquilo que conheço [..,] acredito que já posso determinar como regra geral que todas as coisas que concebo mui clara e distintamente são verdadeiras”. (DESCARTES, René. Meditações. Terceira meditação, § 2)
Leia as afirmações sobre a verdade em Descartes. I) A definição de verdade é expressa pelo princípio de correspondência, a saber, a conformidade do pensamento com o objeto. II) Clareza e distinção são os critérios para determinar como verdadeiro o que se concebe. III) O conceito de verdade não é ignorado, porque sua construção pode ser confirmada com uma fácil demonstração. IV) A definição de verdade é resultado de uma convenção, que qualquer pessoa ao apreender uma língua passa, assim, ter a definição como padrão. Assinale a alternativa que apresenta os itens CORRETOS a respeito da posição de Descartes sobre a verdade.
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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Filosofia |
Q807470 Filosofia
Chalmers (1993) ao discutir a filosofia da Ciência em seu livro “O que é a Ciência afinal?” procurou familiarizar-se com as teorias sobre a Ciência. Logo no primeiro capítulo ele discute o Indutivismo e a Ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência. O autor trata neste capítulo dos seguintes assuntos, EXCETO:
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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Filosofia |
Q807460 Filosofia
Conhecer as principais correntes da Filosofia da Ciência é algo essencial para quem pretende se especializar em uma forma de conhecimento. Assim sendo, numere as frases abaixo relacionando o número com os pensadores obedecendo a seguinte critério: I) Lakatos II) Popper III) Feyerabend IV) Kuhn V) Ravetz ( ) A ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas e universais é simultaneamente não-realista e perniciosa. ( ) Eu posso [...] admitir alegremente que falsificacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa. ( ) O núcleo irredutível de um programa é tornado infalsificável pela “decisão metodológica de seus protagonistas”. ( ) O conhecimento científico é realizado por um esforço social complexo, e é obtido do trabalho de muitos artífices em sua interação muito especial com o mundo da natureza. ( ) Substituiu o termo chave de sua teoria pelo termo “Matriz disciplinar” em sentido mais geral, e “exemplar” para tratá-lo em sentido mais restrito. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Filosofia |
Q807455 Filosofia
Discutir as concepções diversas de Ciência é uma das atribuições do professor de filosofia. Entre estas concepções encontramos a de Imre Lakatos, que “desenvolveu sua descrição da ciência como uma tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar as objeções a ele” (CHALMES, p. 113). Todas as proposições abaixo correspondem ao pensamento de Lakatos, EXCETO:
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Ano: 2017 Banca: IFB Órgão: IFB Prova: IFB - 2017 - IFB - Professor - Filosofia |
Q807454 Filosofia
A Filosofia da Ciência ajuda a discutir os fundamentos epistemológicos da educação. Um tema que não pode ficar fora desta discussão é o falsificacionismo. Popper afirma: “Eu posso, [...], admitir alegremente que falsicacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa, mesmo (e especialmente) se ela logo se revela falsa, a alguma récita da sequência de truísmos irrelevantes” (POPPER apud CHALMERS, 1993, p 20). Para os falsificacionistas: I) O empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses falsificáveis. II) As teorias que foram falsificadas devem ser inexoravelmente rejeitadas. III) Apenas aquelas teorias que podem se revelar verdadeiras ou provavelmente verdadeiras devem ser admitidas na ciência. IV) Aprendemos de nossos erros. A ciência progride por tentativa e erro. V) Especulações precipitadas devem ser encorajadas, desde que sejam falsificáveis e desde que sejam rejeitadas quando falsificadas. Estão CORRETAS apenas as afirmações:
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Q803990 Filosofia

Acerca da utilização da metodologia da aprendizagem baseada em problemas no ensino de filosofia, julgue o próximo item.

A metodologia da aprendizagem baseada em problemas adota a prática da sala de aula invertida.

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Q803989 Filosofia

Acerca da utilização da metodologia da aprendizagem baseada em problemas no ensino de filosofia, julgue o próximo item.

Essa metodologia pode ser desenvolvida por meio de casos hipotéticos, buscando-se solução de problemas a partir de diferentes correntes filosóficas.

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Q803988 Filosofia

Acerca da utilização da metodologia da aprendizagem baseada em problemas no ensino de filosofia, julgue o próximo item.

O foco principal da metodologia da aprendizagem baseada em problemas é a aprendizagem individual, motivo por que os trabalhos em equipe são desprezados nas etapas de desenvolvimento dessa metodologia.

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Q803987 Filosofia
Acerca da utilização da metodologia da aprendizagem baseada em problemas no ensino de filosofia, julgue o próximo item. A aprendizagem por meio de problemas rejeita a elaboração de relatórios e avaliações de aprendizagem.
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Q803986 Filosofia

Acerca da aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ao ensino de filosofia, julgue o item a seguir.

A sugestão enfática da formação de consciência cidadã presente nos PCN afasta a possibilidade do estudo de argumentações e correntes filosóficas que discordem desse ideal.

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Q803985 Filosofia

Acerca da aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ao ensino de filosofia, julgue o item a seguir.

Ao propor um ensino de filosofia que forme cidadãos, os PCN negam a prática da dialética.

Alternativas
Q803984 Filosofia

Acerca da aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ao ensino de filosofia, julgue o item a seguir.

A proposta dos PCN é tornar o ensino de filosofia mais humanizado.

Alternativas
Q803983 Filosofia

Acerca da aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ao ensino de filosofia, julgue o item a seguir.

A metodologia de ensino de filosofia deve contribuir para a tomada de consciência de ser no mundo.

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Q803967 Filosofia

    A ciência é uma forma sistematicamente organizada do pensamento objetivo. Da magia — considerada um conjunto de práticas destinado a aproveitar os poderes sobrenaturais —, a ciência teria conservado uma aparência de mistério e gravidade ritual, traço que ainda hoje surpreende a maioria dos espíritos. Do feiticeiro ao cientista há apenas um pequeno passo, fácil de transpor, quando considerados os “milagres” da ciência moderna. Quanto mais escapam aos nossos sentidos as forças naturais das quais ela se aproveita (ondas hertzianas, eletricidade, emissões eletrônicas), mais parece ela realizar os sonhos dos mágicos. A ciência, entretanto, apenas poderá ser magia aos olhos de espectadores, pois é apenas se libertando da magia que a ciência propriamente dita pode desenvolver-se.

Gilles-Gaston Granger. Lógica e filosofia das ciências.

São Paulo: Melhoramentos, 1955, p. 75 (com adaptações)

Considerando o texto precedente e o cenário filosófico e científico modernos, julgue o item subsequente.
No texto apresentado, identificam-se a ciência e a magia, uma postura comum na teoria do conhecimento do início da história da filosofia.
Alternativas
Q803966 Filosofia

    A ciência é uma forma sistematicamente organizada do pensamento objetivo. Da magia — considerada um conjunto de práticas destinado a aproveitar os poderes sobrenaturais —, a ciência teria conservado uma aparência de mistério e gravidade ritual, traço que ainda hoje surpreende a maioria dos espíritos. Do feiticeiro ao cientista há apenas um pequeno passo, fácil de transpor, quando considerados os “milagres” da ciência moderna. Quanto mais escapam aos nossos sentidos as forças naturais das quais ela se aproveita (ondas hertzianas, eletricidade, emissões eletrônicas), mais parece ela realizar os sonhos dos mágicos. A ciência, entretanto, apenas poderá ser magia aos olhos de espectadores, pois é apenas se libertando da magia que a ciência propriamente dita pode desenvolver-se.

Gilles-Gaston Granger. Lógica e filosofia das ciências.

São Paulo: Melhoramentos, 1955, p. 75 (com adaptações)

Considerando o texto precedente e o cenário filosófico e científico modernos, julgue o item subsequente.
Na medida em que tanto o conhecimento científico quanto o conhecimento filosófico se interessam pela verdade, é correto afirmar que eles são idênticos.
Alternativas
Q803960 Filosofia

      A pergunta sobre o que é e para o que serve a filosofia é inevitável sempre que nos confrontamos pela primeira vez com esse pensamento, que nos causa estranheza e fascínio. Na verdade, essa pergunta é tão antiga quanto o próprio surgimento da filosofia, mas claramente não possui resposta única.

     Sexto Empírico, filósofo cético dos séculos II–III, foi um dos pensadores que formulou essa questão de modo mais contundente. Diz ele que em toda investigação temos três resultados possíveis: acreditamos ter encontrado a resposta, acreditamos ser impossível encontrar a resposta, continuamos buscando. No primeiro caso, nos tornamos dogmáticos e a investigação cessa; no segundo caso, somos também dogmáticos, ainda que em um sentido negativo, e a investigação igualmente cessa; só no terceiro caso, segundo Sexto, temos a autêntica filosofia, aquela que continua a investigar, para a qual a busca é mais importante que a resposta.

    De certo modo, a filosofia moderna incorporou a posição cética, passando a considerar que nenhuma teoria, nenhum sistema, nenhum tipo de saber podem pretender ser conclusivos, podem querer ter a palavra final sobre o que quer que seja. A contribuição da filosofia tem sido, portanto, desde o seu nascimento na Grécia Antiga, a interrogação, o questionamento, a pergunta. Para a filosofia, não há nada que não possa ser posto em questão. Deve ser possível discutir tudo. E é o caráter inconclusivo das respostas que nos convida a retomar as questões, a repensá-las, a procurar nossas próprias respostas, fatalmente também inconclusivas.

Danilo Marcondes. Para que serve a filosofia?Prefácio do livro Café Philo:

As grandes indagações da filosofia.

Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 9 (com adaptações).

Tendo esse texto como referência, julgue o item seguinte.
Conforme o texto, o ceticismo é uma possibilidade dogmática: a certeza estaria assentada na impossibilidade de conhecer.
Alternativas
Respostas
281: B
282: E
283: E
284: B
285: B
286: B
287: C
288: A
289: D
290: C
291: C
292: E
293: E
294: E
295: E
296: C
297: C
298: E
299: E
300: C