Questões de Concurso Comentadas sobre o sujeito moderno em filosofia

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Q2028506 Filosofia

Fiquei sem respiração. Nunca, antes desses últimos dias, tinha pressentido o que queria dizer “existir”. Era como os outros, como os que passeiam à beira-mar com suas roupas de primavera. Dizia como eles: o mar é verde; aquele ponto branco lá no alto é uma gaivota, mas eu não sentia que aquilo existisse, que a gaivota fosse uma “gaivota existente”; comumente a existência se esconde. Está presente, à nossa volta, em nós, ela somos nós, não podemos dizer duas palavras sem mencioná-la, e afinal não a tocamos. [...] Se me tivessem perguntado o que era a existência, teria respondido de boa-fé que não era nada, apenas uma forma vazia que vinha se juntar às coisas exteriormente, sem modificar em nada sua natureza. E depois foi isto: de repente, ali estava, claro como o dia: a existência subitamente se revelara. Perdera seu aspecto inofensivo de categoria abstrata: era a própria massa das coisas, aquela raiz estava sovada em existência. Ou antes, a raiz, as grades do jardim, o banco, a relva rala do gramado, tudo se desvanecera; a diversidade das coisas, sua individualidade, eram apenas uma aparência, um verniz. Esse verniz se dissolvera, restavam massas monstruosas e moles, em desordem - nuas, de uma nudez apavorante e obscena. (SARTRE, 2007, p. 163)

SARTRE, J.-P. A náusea. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.


Com base no trecho citado, ao experimentar a náusea, o filósofo compreende que a  

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Q2028504 Filosofia

O que seria mais monstruoso do que afirmar que as coisas se tornariam melhores ao perderem todo o Bem? Por isso, se privadas de todo o Bem, deixariam totalmente de existir. Portanto, enquanto existem, são boas. Portanto, todas as coisas que existem são boas, e o Mal que eu procurava não é uma substância, pois se fosse substância seria um bem. Na verdade, ou seria uma substância incorruptível e então seria um grande bem, ou seria corruptível e, neste caso, a menos que fosse boa, não poderia se corromper. Percebi, portanto, e isto pareceu-me evidente, que criastes todas as coisas boas e não existe nenhuma substância que Vós não criastes.

Tu poderias me perguntar então: se a vontade afasta-se do Bem imutável em direção a um Bem mutável, de onde provém esse impulso de mudar? É claro que essa mudança é má, mesmo que o livre-arbítrio, sem o qual não se pode viver, deva ser incluído entre aquilo que é bom. (AGOSTINHO, 2011, p. 63)


AGOSTINHO. Confissões. In: MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.


Com base na leitura desse fragmento de texto, para Agostinho, 

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Q2028494 Filosofia

Nós também definíamos a moralidade por essa adesão a si, e é por isso que dizemos que o homem não pode positivamente optar entre a negação e a assunção de sua liberdade, pois uma vez que ele opta, assume; ele não pode querer positivamente não ser livre, pois uma tal vontade se destruiria a si mesma. Ocorre apenas que, à diferença de Kant, o homem não nos aparece como sendo essencialmente uma vontade positiva: ao contrário, ele se define primeiramente como negatividade; ele está primeiramente à distância de si mesmo, ele só pode coincidir consigo se aceitar não reunir-se jamais a si mesmo. (BEAUVOIR, 2005, p. 33) 


BEAUVOIR, S. Por uma moral da ambiguidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.


Com base na leitura do texto, é correto afirmar que 

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Q2028493 Filosofia

[...] alguns autores reservam o termo “falácia” para os argumentos inválidos que parecem válidos. [...] são as falácias que são particularmente perigosas. Os argumentos cuja invalidade é evidente não são enganadores e, se todos os argumentos inválidos fossem assim, não seria necessário estudar lógica para saber evitar erros de argumentação. (MURCHO, 2015, p. 10-11)


MURCHO, D. O lugar da lógica na filosofia. Corroios (PT): Plátano, 2015.


Com base no texto, é correto afirmar que SE 

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Q1980884 Filosofia
Relacione os pensadores do período medieval listados a seguir com suas respectivas perspectivas filosóficas.
1. Agostinho de Hipona 2. Anselmo da Cantuária 3. Tomás de Aquino 4. Guilherme de Ockham
( ) Dispôs as bases do princípio de economia conceitual segundo o qual uma teoria deve primar pelas formulações mais simples entre as eficazes.
( ) Desenvolveu o chamado “argumento ontológico”, que busca provar a necessária existência de Deus mediante demonstração lógica.
( ) Defendeu a compatibilidade entre a teologia revelada e a teologia natural, revalorizando a investigação racional como via para o conhecimento de Deus.
( ) Deu especial atenção às noções de interioridade e de iluminação natural, prenunciando a doutrina moderna da subjetividade.
Assinale a opção que mostra a relação correta, na ordem apresentada.
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Q1980880 Filosofia
É conhecido como Patrística o movimento de pensamento da passagem do mundo antigo para o mundo medieval, no qual os primeiros intelectuais cristãos buscaram conciliar o cristianismo com a filosofia greco-romana. Nesse contexto, recorreu-se sobretudo à matriz do pensamento de
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Q1980878 Filosofia
“Sob o poder do monopólio, toda cultura de massas é idêntica, e seu esqueleto, a ossatura conceitual fabricada por aquele, começa a se delinear. Os dirigentes não estão mais sequer muito interessados em encobri-lo, seu poder se fortalece quanto mais brutalmente ele se confessa de público. O cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um negócio, eles a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositalmente produzem”. ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 114.
De acordo com a perspectiva defendida pelos autores, é correto afirmar que
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Q1980873 Filosofia
O filósofo Martin Heidegger leu de maneira crítica a modernidade como era da técnica. Em contraste com a ideologia iluminista do progresso, via de outro modo o avanço da ciência e o sucesso de suas aplicações no domínio sobre a natureza. Por este caminho, o homem estaria se afastando de uma dimensão fundamental da própria existência. Assinale a opção que identifica corretamente a crítica formulada por Heidegger à técnica.
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Q1980868 Filosofia
“Confesso francamente: a lembrança de David Hume foi justamente o que há muitos anos interrompeu pela primeira vez meu sono dogmático e deu às minhas pesquisas no campo da filosofia especulativa uma direção completamente nova”.
KANT, I. Prolegômenos. In Crítica da Razão Pura e outros textos filosóficos. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
Assinale a opção que identifica corretamente a nova direção filosófica tomada por Kant. 
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Q1975432 Filosofia
Em sua obra Genealogia da moral, publicada em 1887 como uma complementação e clarificação de Para além do bem e do mal, Nietzsche expõe a sua crítica aos princípios e valores morais que vigeram no Ocidente desde Sócrates. Com relação ao pensamento do filósofo alemão, julgue o item. 

Nietzsche alega que houve uma transvaloração efetuada pelos sacerdotes judeus. A fraqueza teria sido transformada, de forma mentirosa, em mérito; a impotência, em bondade; a baixeza medrosa, em humildade; a submissão a quem se odeia, em obediência; o que há de inofensivo no fraco, em paciência. 
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Q1975405 Filosofia
   A Teoria Crítica nasceu no trauma da República de Weimar, atingiu a maturidade no exílio e alcançou aceitação cultural em seu retorno. Transmitida por seus fundadores da primeira geração — entre outros, Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Herbert Marcuse e Theodor Adorno —, ainda é uma perspectiva filosófica e política vital.

Fred Rush. Teoria Crítica. São Paulo: Ideias & Letras, 2008, p. 25 (com adaptações). 
A respeito de filosofia e experiência estética, julgue o item.

Walter Benjamin concebe o conceito de aura para caracterizar aquilo que é reprodutível na obra de arte. 
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Q1975404 Filosofia
   A Teoria Crítica nasceu no trauma da República de Weimar, atingiu a maturidade no exílio e alcançou aceitação cultural em seu retorno. Transmitida por seus fundadores da primeira geração — entre outros, Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Herbert Marcuse e Theodor Adorno —, ainda é uma perspectiva filosófica e política vital.

Fred Rush. Teoria Crítica. São Paulo: Ideias & Letras, 2008, p. 25 (com adaptações). 
A respeito de filosofia e experiência estética, julgue o item.

Adorno afirma que a obra de arte, apesar de não ser assimilável conceitualmente, é muito mais verdadeira que o conhecimento discursivo. 
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Q1975403 Filosofia
   A Teoria Crítica nasceu no trauma da República de Weimar, atingiu a maturidade no exílio e alcançou aceitação cultural em seu retorno. Transmitida por seus fundadores da primeira geração — entre outros, Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Herbert Marcuse e Theodor Adorno —, ainda é uma perspectiva filosófica e política vital.

Fred Rush. Teoria Crítica. São Paulo: Ideias & Letras, 2008, p. 25 (com adaptações). 
A respeito de filosofia e experiência estética, julgue o item.

Marcuse defendia que a forma da obra de arte inculca no conteúdo as qualidades de fruição de prazer e que a arte é, talvez, o mais visível retorno do reprimido, não apenas no indivíduo, mas também no nível histórico-genérico. 
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Q1975402 Filosofia
   A Teoria Crítica nasceu no trauma da República de Weimar, atingiu a maturidade no exílio e alcançou aceitação cultural em seu retorno. Transmitida por seus fundadores da primeira geração — entre outros, Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Herbert Marcuse e Theodor Adorno —, ainda é uma perspectiva filosófica e política vital.

Fred Rush. Teoria Crítica. São Paulo: Ideias & Letras, 2008, p. 25 (com adaptações). 
A respeito de filosofia e experiência estética, julgue o item.

Para Adorno, a essência da arte é dedutível da sua origem, e as primeiras obras de arte são mais elevadas e mais puras. 
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Q1975401 Filosofia
   A Teoria Crítica nasceu no trauma da República de Weimar, atingiu a maturidade no exílio e alcançou aceitação cultural em seu retorno. Transmitida por seus fundadores da primeira geração — entre outros, Max Horkheimer, Friedrich Pollock, Herbert Marcuse e Theodor Adorno —, ainda é uma perspectiva filosófica e política vital.

Fred Rush. Teoria Crítica. São Paulo: Ideias & Letras, 2008, p. 25 (com adaptações). 
A respeito de filosofia e experiência estética, julgue o item.

Segundo Walter Benjamin, o valor singular de uma obra de arte autêntica tem o seu fundamento no ritual em que adquiriu o seu valor de uso original e primeiro. 
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Q1975400 Filosofia
Um dos maiores embates que ocorreram na história da Filosofia foi travado, no século XVII, entre racionalistas e empiristas. Os primeiros enfatizavam o papel da razão na epistemologia, enquanto os segundos davam ênfase à primazia da experiência no modo como conhecemos. Acerca desse rico debate histórico, julgue o item.

Roger Bacon foi um precursor do movimento empirista do século XVII, ao criticar o método dedutivo no empreendimento científico em favorecimento da indução. 
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Q1975399 Filosofia
Um dos maiores embates que ocorreram na história da Filosofia foi travado, no século XVII, entre racionalistas e empiristas. Os primeiros enfatizavam o papel da razão na epistemologia, enquanto os segundos davam ênfase à primazia da experiência no modo como conhecemos. Acerca desse rico debate histórico, julgue o item.

John Locke, grande expoente da filosofia inglesa, criticou a doutrina cartesiana das ideias inatas, defendendo a tese de que, no momento do nosso nascimento, nossa alma é como uma tábula rasa. 
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Q1975398 Filosofia
Um dos maiores embates que ocorreram na história da Filosofia foi travado, no século XVII, entre racionalistas e empiristas. Os primeiros enfatizavam o papel da razão na epistemologia, enquanto os segundos davam ênfase à primazia da experiência no modo como conhecemos. Acerca desse rico debate histórico, julgue o item.

David Hume questionou as relações de causalidade, mostrando que elas não podem ser conhecidas a priori; por isso, voltou-se para a razão pelo fato de o experimentalismo estar comprometido.  
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Q1975397 Filosofia
Um dos maiores embates que ocorreram na história da Filosofia foi travado, no século XVII, entre racionalistas e empiristas. Os primeiros enfatizavam o papel da razão na epistemologia, enquanto os segundos davam ênfase à primazia da experiência no modo como conhecemos. Acerca desse rico debate histórico, julgue o item.

Leibniz integrou a escola empirista ao conceber a sua monadologia, atendo-se ao campo da experiência do mundo do espírito ao mesmo tempo em que criticou a concepção cartesiana de substância material. 
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Q1975396 Filosofia
Um dos maiores embates que ocorreram na história da Filosofia foi travado, no século XVII, entre racionalistas e empiristas. Os primeiros enfatizavam o papel da razão na epistemologia, enquanto os segundos davam ênfase à primazia da experiência no modo como conhecemos. Acerca desse rico debate histórico, julgue o item.

Descartes foi um dos maiores representantes do racionalismo, defendendo que o cogito era o ponto de partida seguro para o empreendimento filosófico.  
Alternativas
Respostas
181: D
182: C
183: C
184: A
185: C
186: B
187: D
188: D
189: A
190: C
191: E
192: C
193: C
194: E
195: C
196: C
197: C
198: E
199: E
200: C