Questões de Concurso
Comentadas sobre hierarquia urbana em geografia
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Fonte: Eduardo Marques. Desigualdades Urbanas. ln: Le Monde Diplomatique Brasil, Abril 2016.
Dentre as transformações que o espaço urbano no Brasil tem apresentado, pode-se destacar:
Uma das formas didáticas de representação de fenômenos da realidade dá-se a partir da criação de modelos gráficos e de mapeamentos. Baseando-se, sobretudo, no Atlas Nacional do Brasil (IBGE, 2010) e em trabalhos próprios anteriores sobre a topologia da internet no Brasil, Ludmila Girardi (2015) propôs o seguinte modelo gráfico da organização da internet no território nacional:
1) Generalização da malha
2) Grafo e hierarquia dos nós e das arestas
3) Centros de atração
Fonte: GIRARDI, Ludmila. Estruturas e dinâmicas espaciais da organização da internet no território brasileiro. In: Confins [Online], 23 | 2015. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/9976 (Acesso em 26/01/20)
Como se pode observar, foi realizada a abstração do contorno do território nacional, transformando-o num simples quadrado, para demonstrar graficamente o nível de centralização da rede, bem como os nós com o acesso mais rápido e direto para troca do tráfego, excluindo as pontas, que representariam os nós mais periféricos. Assim, a abstração demonstra um subconjunto selecionado das estruturas fundamentais de base territorial e informacional que mantém o funcionamento da rede de internet no país e das dinâmicas da evolução dos acessos e da capilaridade da internet no Brasil, entre os anos de 2007 e 2012.
A respeito da geografia da informação, pode-se inferir
corretamente a seguinte reflexão sobre a posição dos
objetos e da divisão territorial:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da pesquisa e publicação ‘Regiões de Influência das Cidades’ (2008) analisou uma série de mudanças e permanências nas redes e hierarquias urbanas do país através da identificação de características socioeconômicas selecionadas de cada centro (população, PIB municipal, valor adicionado de atividades econômicas, presença de internet banda larga) e sua centralidade em temas específicos (gestão pública federal, gestão de empresas privadas, comércio, serviços, rede bancária, rede de televisão etc).
A respeito da temática, é correto afirmar que:
I. Uma característica contemporânea da rede urbana brasileira é a refuncionalização, pela qual centros intermediários assimilaram novas funções, antes restritas aos centros de mais alta hierarquia.
II. As redes urbanas tradicionais do Nordeste, comandadas por capitais estaduais que concentram, com muitos centros intermediários, a oferta de equipamentos e serviços, exercem pouca polarização em suas áreas e reproduzem, em uma escala maior, a descontinuidade espacial e o esvaziamento físico do fenômeno urbano, espraiando-se pelo país.
III. Os centros que emergiram dos anos 70 para os anos 2000 se localizam predominantemente nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, na região conhecida como MATOPIBA – seguindo a última fronteira agrícola do Brasil.
IV. Nas áreas de ocupação mais antiga, como São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, o quadro é mais estável, e algumas cidades deixam de exercer maior centralidade, possivelmente com as mudanças em comunicação e transportes.
V. A rede centralizada por São Paulo abrange parte de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. O Rio de Janeiro tem projeção no próprio estado, no Espírito Santo, no sul da Bahia, e na Zona da Mata mineira, onde divide influência com Belo Horizonte.
VI. A rede de Brasília influi no oeste da Bahia, em alguns municípios de Goiás e no noroeste de Minas Gerais. As outras redes de influência são centralizadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.
Dos itens acima mencionados, estão corretos apenas:
O estudo da pesquisadora revelou, principalmente, o fenômeno retratado no texto da:
Analise as afirmativas abaixo em relação à rede urbana brasileira e à hierarquia entre as cidades:
1. Antes, a hierarquia entre as cidades era rígida, o centro sub-regional era considerado subordinado ao centro regional, que se subordinava à metrópole regional e assim uma hierarquia crescente iria até a metrópole global. Atualmente, já é possível falar de uma nova hierarquia urbana. 2. Uma rede urbana é caracterizada pelo conjunto de cidades que mantêm relações culturais e comerciais entre si. 3. O avanço tecnológico, principalmente a modernização dos transportes e das telecomunicações, promoveu a contração do tempo e o encurtamento das distâncias. Assim, a relação entre as cidades foi modificada.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Periferia é Periferia
Racionais MC's
[...]Periferia é periferia.
Periferia é periferia. (que horas são? Não precisa responder...)
“Milhares de casas amontoadas"
Periferia é periferia.
"Vacilou, ficou pequeno. Pode acreditar"
Periferia é periferia.
"Em qualquer lugar. Gente pobre"
Periferia é periferia.
"Vários botecos abertos. Várias escolas vazias."
Periferia é periferia.
"E a maioria por aqui se parece comigo"
Periferia é periferia.
Disponível em: https://www.vagalume.com.br. Acesso em: 22 abr. 2019.
O techo da música destaca algumas das características das periferias. Sobre as áreas periféricas é incorreto afirmar que:
Limite entre cidades é alvo de disputa no interior de SP
Moradores de São Roque e Mairinque dizem já não saber onde moram. Falta de uma definição causa confusão no dia a dia dos habitantes.
[...] A placa que indica o limite entre os municípios foi mudada de local, mas isso não resolveu o problema. As duas prefeituras continuam brigando pela área. O prefeito de Mairinque já emitiu carnê de IPTU porque afirma que os serviços continuam sendo prestados pelo município. Já a Prefeitura de São Roque diz que está cadastrando os novos moradores e que como Mairinque já emitiu boletos para 2011 deve começar a emiti-los apenas em 2012.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 19 abr. 2019.
O texto pode ser exemplo para explicar o processo
de:
O que é um aglomerado subnormal?
É o conjunto constituído por 51 ou mais unidades habitacionais caracterizadas por ausência de título de propriedade e pelo menos uma das características abaixo:
– irregularidade das vias de circulação e do tamanho e forma dos lotes e/ou
– carência de serviços públicos essenciais (como coleta de lixo, rede de esgoto, rede de água, energia elétrica e iluminação pública).
Disponível em: https://www.ibge.gov.br. Acesso em: 17 abr. 2019.
Pode-se afirmar corretamente que aglomerado subnormal é uma:
A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo processo de urbanização.
Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano: agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue o item que se segue.
No Brasil, as maiores cidades se formaram no litoral e nos seus
arredores. Nas primeiras décadas do século XX, estabeleceu-se
uma rede brasileira de cidades, com hierarquia nacional e com
os primórdios da precedência do urbanismo interior sobre o
urbanismo de fachada.
A diferenciação socioespacial é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Não há cidades sem divisão social do trabalho, o que pressupõe sempre uma divisão territorial do trabalho. O estabelecimento dessa divisão ocorre de maneiras diversas no decorrer do longo processo de urbanização.
Maria Encarnação Beltrão Sposito. “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e desigualdades socioespaciais”. In: Ana Fani A. Carlos et al. A produção do espaço urbano: agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011, p. 124. (com adaptações).
Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos por ele suscitados, julgue o item que se segue.
No Brasil, a renda define a posição hierárquica que a cidade
ocupa perante a rede urbana, mas não determina a mobilidade
espacial da sua população.
A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem repensadas e planejadas.
Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o
documento “O futuro que queremos” preconiza:
O fundo de participação dos municípios — transferência constitucional da União para os municípios brasileiros — é uma das fontes de recursos para a manutenção desses, que considera o tamanho da população local: quanto maior a população de um município, maior será o repasse deste recurso.
A segregação residencial é um dos mais expressivos processos espaciais que geram a fragmentação do espaço urbano. As áreas sociais são a sua manifestação espacial, a forma resultante do processo. Forma e processo levam a ver a cidade como um “mosaico social”. A partir da segregação das áreas sociais, originam-se inúmeras atividades econômicas espacialmente diferenciadas, como centros comerciais e áreas industriais. O inverso também é verdadeiro: a partir da concentração de indústrias na cidade, podem se formar bairros operários. A segregação residencial e as áreas sociais, por outro lado, estão na base de muitos movimentos sociais com foco no espaço.
R. L. Corrêa. Segregação residencial: classes sociais e espaço urbano. In: A cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2013, p. 40-60 (com adaptações).
Com relação ao tema tratado no fragmento de texto acima, julgue (C ou E) o item que se segue.
A segregação residencial resulta na minimização dos
movimentos sociais, por afastar a população pobre das áreas
centrais urbanas, e na maximização das representações das
diferentes áreas sociais.