Questões de Concurso
Comentadas sobre urbanização brasileira em geografia
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A teoria das localidades centrais considera os núcleos de povoamento, sejam grandes cidades ou núcleos semirrurais, como localidades centrais. Estas, por sua vez, são dotadas de funções centrais, que são atividades de distribuição de bens e serviços para uma população externa, residente da área de influência, em relação à qual a localidade central tem uma posição central.
O quadro abaixo apresenta as cidades de uma rede urbana hipotética e suas funções
A partir da análise do quadro e da teoria das localidades
centrais, é correto afirmar que:
A resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas intitulada “O futuro que queremos” data de 2012 e se inscreve no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O documento reconhece que cidades bem planejadas e construídas podem fomentar sociedades sustentáveis em termos econômicos, sociais e ambientais. Nesse sentido, as formas e os usos urbanos foram considerados como dimensões a serem repensadas e planejadas.
Para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, o
documento “O futuro que queremos” preconiza:
Em 2014, o IBGE publicou um estudo sobre as ligações aéreas no Brasil, com dados de 2010. Entre as conclusões do estudo, destaca-se que:
• Existem ligações entre a maioria das cidades brasileiras que possuem aeroportos. A princípio, de qualquer cidade com aeroporto é possível acessar a outra, já que são poucos os centros que necessitam de mais de um passo para se ligar com as demais cidades da rede.
• A ligação das seis metrópoles mais populosas do país com São Paulo era responsável por mais de 25% do total de passageiros transportados.
• Em geral, as viagens para cidades menores e mais periféricas
tendem a ser mais longas e apresentar custo mais elevado.
As conclusões acima descrevem três aspectos da estrutura da
rede de transporte aéreo brasileira. Esses aspectos são,
respectivamente:
A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão espacial do tipo clássico, em que a hierarquia entre as cidades é bem definida, e um padrão urbano em que algumas cidades, de maior dinamismo, graças à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de hierarquia e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas estão “próximas” a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas, em que as redes técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A revolução tecnológica torna as redes urbanas cada vez mais diferenciadas e complexas.
O padrão dominantemente não hierarquizado pode ser observado:
Na organização do espaço urbano brasileiro na contemporaneidade, observa-se uma expansão impulsionada por duas lógicas, a da localização dos empregos nos núcleos das aglomerações e a da localização das moradias nas áreas periféricas. A incorporação de novas áreas residenciais, o aumento da mobilidade e a oferta de transporte eficiente favorecem a formação de arranjos populacionais de diferentes magnitudes que aglutinam diferentes unidades espaciais. Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 294 arranjos populacionais no País, formados por 938 municípios e que representam 55,9% da população residente no Brasil em 2010.
Os critérios utilizados na identificação dos arranjos populacionais empregam a noção de integração, medida:
“Está longe de ser fácil o trabalho do geógrafo nas zonas pioneiras do Brasil. Sem desprezar as dificuldades materiais, a grande distância entre a cidade de São Paulo e as regiões novas, as deficiências da circulação, a impossibilidade de viajar durante a estação das chuvas, há outras que não enfrentam no mesmo grau os geógrafos acostumados a trabalhar nos países velhos. Nada disso pode surpreender em regiões cujo povoamento está em curso. Mudanças administrativas, incertezas estatísticas, vazios cartográficos, eis outras tantas consequências de um estado de coisas que, a cada dia, se modifica. Tão rápidas são as transformações que tudo que se pode escrever a respeito entra logo na história. Por isso, foi o próprio movimento que eu tentei descrever e explicar: não era possível elaborar uma monografia regional, por isso procurei compor o estudo de uma sociedade em movimento.”
Fonte: MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Hucitec, 1984, p.18-19
Nos anos 1930 e 1940, Pierre Monbeig estudou a expansão do povoamento em território brasileiro para o oeste de São Paulo e o norte do Paraná. Para compreender as “sociedades em movimento”, Monbeig empregou a noção de “franjas pioneiras”. As franjas pioneiras constituem a expressão geográfica:
O conceito de território é comumente associado à ideia de limites bem definidos e temporalmente estáveis, e tem no Estado Nacional sua principal referência. A geografia, no entanto, vem estudando territorialidades mais flexíveis, como a territorialidade do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Altamente pulverizada, ela contrasta com a estrutura territorial característica de organizações mafiosas ou mesmo do jogo do bicho. No caso do tráfico de drogas, territórios-enclave (favelas) acham-se disseminados pelo tecido urbano, com territórios amigos (pertencentes à mesma organização ou ao mesmo comando) dispersos e separados pelo “asfalto”, para empregar a gíria carioca usual, ou seja, por bairros comuns. Entre duas favelas territorializadas pela mesma organização existe, porém, não apenas “asfalto”; pode haver igualmente territórios inimigos, pertencentes a outro comando. Adaptado de: SOUZA, M. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. et al. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003: 91-92.
A compreensão do tipo de territorialidade descrita no texto acima implica uma articulação entre o conceito de território e o conceito de:
Souza, Maria Salete de. Segregação socioespacial em Fortaleza. Litoral e sertão, natureza e sociedade no Nordeste brasileiro. Expressão gráfica. Fortaleza, 2006. p.149.
Analise as seguintes afirmações sobre a cidade de Fortaleza e sua região metropolitana.
I. O tecido urbano da cidade de Fortaleza mostra com clareza que há uma forte discrepância dos equipamentos urbanos entre os bairros Aldeota e Barroso.
II. Graças às políticas estaduais e municipais de habitação, o número de favelas e áreas de risco tem diminuído severamente em Fortaleza e na região metropolitana nos últimos dez anos.
III. Os movimentos migratório campo-cidade, no Ceará, intensificaram-se a partir dos anos 1950, em virtude do declínio de alguns setores econômicos, agravados pela incidência das secas.
É INCORRETO o que se afirma em
I. As metrópoles nacionais têm área de influência de âmbito regional, sendo mencionadas como destino para um conjunto de atividades.
II. Rio de Janeiro e São Paulo são metrópoles nacionais, pois abrigam sedes de grandes empresas nacionais, filiais de empresas transnacionais e sedes de grandes bancos.
III. Belém e Manaus são exemplos de metrópoles regionais. Sua área de influência abrange as regiões onde estão localizadas e os municípios dessas regiões dependem, de alguma forma, dos serviços centralizados nessas metrópoles.
Está correto o que se afirma em
I. Alguns dos primeiros centros urbanos do Brasil surgiram no século XVI, ao longo do litoral, em razão da produção do açúcar.
II. No século XIX, a produção de café foi um dos mais importantes eventos no processo de urbanização do Brasil.
III. A maioria das grandes metrópoles brasileiras não apresenta grandes problemas sociais e ambientais.
Está correto o que se afirma apenas em
Observe a imagem a seguir:
Trata-se do Conjunto Habitacional Cidade Tiradentes,
construído no início da década de 1980 no extremo Leste
da capital paulista. A localização de conjuntos habitacionais como esse em áreas distantes do centro da cidade era justificada pela busca de terrenos grandes e com
preços mais baixos. Alguns especialistas, no entanto,
criticam esse modelo habitacional justificando que esses
conjuntos habitacionais atuam como
Responsabilidade sobre hidrantes é de Bombeiros e Sabesp, diz Prefeitura
Sabesp havia informado que responsabilidade era da Prefeitura. O embate começou após um hidrante, que seria usado para ajudar na contenção do incêndio que atingiu uma favela na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul da cidade, ter tido problemas. O local onde estaria o hidrante estava com entulho, o que impediu a água de sair e ser usada pelos Bombeiros. Em nota, a Prefeitura informou que, segundo instrução técnica do Corpo de Bombeiros, “à concessionária local dos serviços de águas e esgotos é atribuída a competência para o projeto, instalação, substituição e manutenção dos hidrantes urbanos”. Ou seja, seria tarefa da Sabesp realizar a manutenção no local.
(http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/09/responsabilidade-sobre- -hidrantes-e-de-bombeiros-e-sabesp-diz-prefeitura.html)
O conteúdo da notícia reflete uma situação cotidiana na gestão do espaço urbano paulistano:
O agravamento dos problemas que afetam a qualidade de vida da população em São Paulo não atinge a cidade em geral. Sobretudo no período compreendido entre as décadas de 1940 e 1970, surgem e se expandem os _____I______ que, juntamente com os tradicionais _____II____ e ______III______ , alojam a população trabalhadora de menor poder aquisitivo.
Os centros urbanos do Sudeste brasileiro convivem desde o final de 2013 com o risco da falta de água. A região metropolitana de São Paulo foi uma das mais atingidas. Sobre medidas para solucionar a crise hídrica, analise as alternativas a seguir.
I. Reflorestamento.
II. Proteção das nascentes.
III. Dessalinização.
IV. Aceleração da urbanização.
Estão corretas apenas as alternativas
Numa sala de aula, um professor de Geografia apresentou um trecho do poema Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, e fez uma adaptação do original para tratar a questão da violência tanto no campo quanto na cidade.
Morte e vida severina
Que é a morte que se morre
De velhice antes dos trinta
De emboscada antes dos vinte
De fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte Severina
ataca qualquer idade
e até gente não nascida).
Morte e vida do Severino
Que é a morte que se morre
Por todo tipo de violência antes dos trinta
De bala perdida antes dos vinte
De medo um pouco por dia
(de assalto e de dengue
é que essa morte
ataca qualquer idade
e até gente recém‐nascida).
À luz dos textos, são fatores que contribuem para as situações de violência destacadas no campo e na cidade,
respectivamente, a
Em relação à imagem a seguir e à urbanização no Brasil, pode-se concluir que