Questões de Concurso
Comentadas sobre urbanização em geografia
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As cidades integrantes de uma rede urbana se diferenciam pelos seus tamanhos populacionais, mas também, e sobretudo, em razão da oferta e da qualidade dos serviços que oferecem, como escolas, hospitais, bancos, comércio e universidades. O avanço da transição urbana a partir dos anos 1980, juntamente com a progressão da transição demográfica, diminuiu as taxas de crescimento da população. Muitas regiões e cidades, porém, aumentaram seu peso demográfico por causa dos fluxos migratórios. O contexto da crise econômica abriu então alternativas para cidades de menor porte, especialmente em razão da periferização dos centros urbanos.
CARMO, R.; CAMARGO, K. Dinâmica demográfica brasileira recente: padrões regionais de diferenciação. Rio de Janeiro: Ipea, 2018. p. 51. (Texto para Discussão n. 2.415). Adaptado.
Nesse contexto de transição, a partir da década de 1990, identifica-se o seguinte processo socioespacial específico:
“Morar não é fracionável. Não se pode morar um dia e no outro, não morar. Morar uma semana e na outra, não morar”, assim se referiu Arlete Moysés Rodrigues à questão da moradia nas cidades brasileiras.
(RODRIGUES, Arlete Moyses. Moradia nas cidades brasileiras – habitação, especulação e o direito de morar. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1990.)
Uma das problemáticas relacionadas à questão da moradia nas cidades brasileiras diz respeito à especulação imobiliária, que utiliza como procedimentos no processo de ocupação nas cidades:

No início de 2004, o fotógrafo Tuca Vieira, que trabalhava no jornal Folha de São Paulo, recebeu a tarefa de fotografar alguns pontos da capital paulista para um caderno especial sobre o aniversário de 450 anos da cidade, comemorado em 25 de janeiro. Um dos locais escolhidos foi o encontro entre Paraisópolis, segunda maior favela do município, e o rico bairro do Morumbi. A fotografia rodou o mundo e foi exposta no tradicional museu Tate Modern, em Londres. Até hoje, ela é utilizada para ilustrar textos e reportagens.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
Com base na imagem apresentada e nas informações do texto precedente, assinale a opção em que é apresentado o conceito, bastante difundido nas aulas de geografia urbana, evidenciado na fotografia de Tuca Vieira.
Internet: <lume.ufrgs.org> (com adaptações).
Assinale a opção em que é apresentado o conceito em que se embasa o encontro mencionado no fragmento de texto precedente.

Na evolução da mancha urbana de Belo Horizonte no período de 1918 a 1985, no qual o adensamento urbano ainda era permitido, estão regiões com condições de ventilação já prejudicadas em função de barreiras altimétricas do relevo.
Internet: <researchgate.net> (com adaptações).
O processo de evolução da mancha urbana representado na figura anterior ao texto precedente remete ao conceito de
Arlete Moysés Rodrigues. Moradias nas cidades brasileiras. São Paulo: Contexto, 2003, p. 33.
O texto anterior refere-se à territorialidade do espaço urbano
M. E. B. Sposito. Estruturação urbana e centralidade. In: Anais do III Encontro de geógrafos da América Latina, 1991. Internet: <observatoriogeograficoamericalatina.org>. (Com adaptações).
Na cidade, o "ponto de convergência" a que se refere o texto acima corresponde à área
I. População absoluta é o número total de habitantes de um lugar. Quando uma área possui muitos habitantes, diz-se que é populosa ou de grande população absoluta, já quando possui um pequeno número de habitantes, diz-se que é pouco populosa ou de pequena população absoluta.
II. Densidade demográfica ou população relativa é a média de habitantes por quilometro quadrado (hab./km2), ou seja, a concentração de habitantes em uma área. Para obtê-la, basta dividir a população absoluta pela área. Quando determinado território possui elevada densidade demográfica, diz-se que ele é densamente povoado, quando possui baixa densidade demográfica, diz-se que é fracamente povoado.
Marque a alternativa CORRETA:
I. O crescimento demográfico de uma determinada área, seja de um bairro, cidade, estado, país grupo de países, continente ou mesmo do mundo, está ligado a dois fatores: ao crescimento natural, também chamado de crescimento vegetativo e à taxa de migração.
II. Segundo a Teoria Neomalthusiana, uma população jovem numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas consequência do subdesenvolvimento.
Marque a alternativa CORRETA:
A urbanização contemporânea revela com clareza que a cidade como a conhecemos, circunscrita a um ponto, tende em algumas áreas, a se amalgamar com outras e constituir regiões urbanas de grande coesão, deixando como imagem do passado a cidade como aglomeração concentrada.
(LENCIONI, Sandra. Urbanização difusa e a constituição de megarregiões. O caso de São Paulo-Rio de Janeiro. In: e-metropolis, n. 22, ano 6, 2015, p. 12).
Uma tendência contemporânea relativa à concentração industrial e urbana, a megalópole, resulta da:
A respeito da urbanização brasileira e das diferentes escalas da rede urbana, assinale corretamente as tipologias hierárquicas da rede urbana, numerando os parênteses abaixo de acordo com a seguinte indicação:
1. Metrópoles;
2. Cidades médias;
3. Centros locais;
4. Cidades de porte médio.
( ) São aglomerações, geralmente de grandes extensões territoriais e com limites difíceis de serem definidos. Possuem dinâmica territorial relacionada aos processos de centralização, gestão do capital e articulação do território do ponto de vista econômico, político e social.
( ) Localidades centrais: são centros de drenagem da renda fundiária regional; centros de atividades especializadas, a partir das quais destacam-se as elites comercial, fundiária e empreendedora. São importantes nós nas redes urbanas regionais do país.
( ) Embora possuam população similar às das cidades médias, elas se encontram localizadas em regiões metropolitanas, sob a influência direta de uma metrópole, com ela fazendo parte do processo de metropolização do espaço.
( ) Suas centralidades são exercidas predominantemente em seus limites municipais, que são caracterizados por terem população em torno de 10 mil habitantes, porém, são, de fato, suas inserções nas redes urbanas e ou regiões que lhes dão elementos e condições para melhor compreensão delas.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
É comum a não compreensão das definições de cidade e município, ou mesmo entre cidade e urbano, por parte dos estudantes, de modo que o professor deve estar capacitado a discerni-los correta e didaticamente. Nesse sentido, analise as seguintes afirmações:
I. A cidade representa a forma do processo de urbanização, sua morfologia, enquanto o urbano pode ser entendido como seu conteúdo, a partir das relações sociais, o que o qualifica e o caracteriza.
II. Cidade e município são termos sinônimos, pois um não pode ser compreendido sem o outro, uma vez que não há um município sem uma cidade e que há cidades que ocupam todo um território municipal, não há, portanto, diferença entre ambos.
III. O município diz respeito ao território político-administrativo legalmente instituído, havendo dentro dos seus limites os distritos, sendo um deles o distrito sede – a cidade, propriamente dita – e as zonas urbanas e rurais.
IV. As cidades são entes políticos federativos legalmente instituídos na Constituição Federal de 1988.
V. O urbano como modo de vida diz respeito às relações sociais de produção e reprodução, tanto do ponto de vista econômico, como no nível espaço vivido, quanto do cotidiano, da cultura e das práticas espaciais.
Está correto somente o que se afirma em
A intermodalidade atualmente mais usual para o transporte de grãos em Mato Grosso ocorre através dos modais:
A produção do espaço se realiza sob a égide da propriedade privada do solo urbano, onde o espaço fragmentado é vendido em pedaços, tornando-se intercambiável a partir de operações que se realizam através e no mercado. Tendencialmente produzido como mercadoria, o espaço entra no circuito da troca, generalizando-se na sua dimensão de mercadoria. Nesse contexto, o espaço é fragmentado, explorado e as possibilidades de ocupá-lo se redefinem, constantemente, em função da contradição crescente entre a abundância e a escassez, o que explica a emergência de uma nova lógica associada, e uma nova forma de dominação do espaço, que se reproduz ordenando e direcionando a ocupação a partir da interferência do Estado. Deste modo, o espaço é produzido e reproduzido, de um lado, enquanto espaço de dominação − como estratégia do Estado, portanto política - e de outro, como mercadoria reprodutível. Nesse contexto, o uso do espaço na metrópole subordina-se cada vez mais à troca e à reprodução do valor de troca, submetendo o uso às necessidades do mercado imobiliário.
Fonte: Carlos, A.F.A. O Espaço Urbano: Novos Escritos sobre a Cidade. São Paulo: FFLCH, 2007.
A partir do texto, pode-se depreender que: