O terceiro século d.C. marcou o início de profundas mudanças no mundo romano. A instabilidade política culminaria com o fim
da dinastia dos Severos, levando o Império a um período de constantes usurpações de poder nas diversas províncias – a
chamada “Anarquia Militar”. O aparelho estatal diluía-se frente à vastidão e complexidade do território imperial, e a crise
econômica, aliada a diversos flagelos sociais como más safras e a precária distribuição de alimentos, causaram profundas
alterações no status quo da legitimidade do poder. [...] Dentre as principais mudanças em resposta à Crise do Século III, são
normalmente apontadas a concentração do poder nas mãos do Estado, a diminuição das liberdades individuais, o regime de
Dominato e a consolidação da Basileia. A nova sociedade romana, que surge após o terceiro século, tão diferente da sociedade
clássica, precede a desfragmentação do sistema imperial no Ocidente no V século d.C., e na criação do Império Bizantino no
Oriente.
(FRIGUETTO, R. 2006.)
Entre as principais mudanças em resposta à Crise do Século III, podemos apontar: