Questões de História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura para Concurso
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Leia as afirmativas a seguir:
I. As atividades escolares relacionadas ao ensino e aprendizagem de história ao longo do Ensino Fundamental devem contribuir para que os alunos se tornem capazes de valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.
II. A crença na vida após a morte motivava o povo do Egito Antigo a construir tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicavam o prestígio social do indivíduo.
III. Nas dinâmicas das atividades, o professor de História deve propor novos questionamentos, informando os educandos sobre dados desconhecidos e organizando pesquisas e investigações que estimulem os alunos a ignorar os fatos históricos.
Marque a alternativa CORRETA:
“Durante praticamente todo o século XIX ocorreram discussões e mudanças nos programas para as escolas elementares, secundárias e profissionais e os objetivos do ensino de história foram se definindo com maior nitidez. Ao mesmo tempo em que seu papel ordenador e civilizador era cada vez mais consensual, seus conteúdos e formas de abordagem refletiam as características da produção historiográfica então em curso, sob os auspícios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB.”
FONSECA, Thaís Nívia de Lima e. História & ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (adaptado)
A História, como disciplina escolar, foi estruturada apenas no
século XIX. A principal característica do ensino de História,
nesses tempos, era:
“Todos os olhares em mim e eu não sabia para onde olhar. A professora falava sobre negros escravos (e não escravizados), chibata, mortes, famílias separadas, até que uma princesa branca chamada Isabel, assinou a lei Áurea e libertou os meus ancestrais, no dia 13 de maio de 1888.
Uma salvadora branca, como todas as minhas bonecas.
E eu, a única negra da sala era a representação dessa
tragédia, a personificação de um povo que só sofreu, de acordo com os meus professores. Uns olhares eram de dó, outros me intimidavam, mas todos me deixavam desconfortável.
O período da escravidão até a abolição era a única menção à população negra em quase toda a minha vida escolar, durante os anos 80 e 90. Como gostar de ser negra, se tudo o que eu aprendi na escola sobre meus antepassados estava atrelado ao maior ato terrorista da humanidade que foi a escravidão negra, que durou mais que o Holocausto e a maioria das guerras?
[...] Nos tempos atuais, resta que as escolas e educadores se preparem para ensinar sobre os negros, não só sobre suas dores, mas sobre suas contribuições para humanidade, para alunos de todas as etnias”.
NASCIMENTO, Silvia. ‘O constrangimento das crianças negras nas aulas sobre escravidão e
abolição’ In: <https://mundonegro.inf.br/o-constrangimento-das-criancas-negras-nas-aulassobre-escravidao-e-abolicao/>, acesso em 12 de maio de 2019. (adaptado)
A partir da Lei nº 10.639/2003, tornou-se obrigatório, em todos os
segmentos da educação básica, o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Entretanto, como relata a reportagem acima,
no geral, esse conteúdo é mal lecionado – quase sempre por falta
de formação, informação ou sensibilidade. Assim, ao preparar
aulas sobre história e cultura afro-brasileira e africana, o professor
deve levar em consideração que: