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Comentadas sobre história do brasil em história
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A matriz do dissenso historiográfico está na caracterização do sistema escravista, tido por alguns como violento e cruel, por outros como brando, benevolente. Quem inicialmente obteve grande repercussão ao difundir essa última concepção foi Gilberto Freyre.
A partir da década de 1950, Florestan Fernandes, Otávio Ianni, Emília Viotti da Costa passam a produzir teses que divergem diametralmente das de Freyre.
(Suely Robles Reis de Queiróz. Escravidão negra em debate.
Em: Marcos Cezar de Freitas (org.).
Historiografia brasileira em perspectiva. Adaptado)
Para os pensadores que se opunham às ideias de Freyre, a escravidão
O sentimento antilusitano já era expresso mais livremente pelas camadas populares e vai, aos poucos, tornando- -se mais explícito entre a elite imperial brasileira. Alguns grupos associavam claramente o que consideravam “atraso” material e cultural do Brasil à administração portuguesa colonial e à permanência de vários traços dela no Império.
A República proclamada em 1889, sedenta de construir- -se sobre a incompetência monárquica, intensificou o antilusitanismo ao acrescentar aos antigos dominadores um outro epíteto medonho: assassinos do grande herói nacional, Tiradentes.
O primeiro a levantar-se contra toda essa construção mais imaginária que histórica foi Gilberto Freyre.
(Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)
Considerando a discussão do excerto, Freyre
Na primeira metade do século XX, Pedro Bruno (1888- 1949) pintou O Precursor, interessante quadro que apresenta Tiradentes sendo preparado para a execução. O personagem aparece de pé e enquanto o carrasco, de cabeça baixa, sem olhá-lo, veste-lhe a alva, ele mantém a cabeça erguida, olhos no céu, braços estendidos como em súplica, entregando sua vida à justiça dos homens e de Deus. Um frade, de joelhos diante do herói, apresenta- -lhe o crucifixo que o acompanhará até o cadafalso. Essa cena é uma entre muitas leituras sacralizadas do drama vivido pelo alferes inconfidente e que tem seus correspondentes em textos historiográficos sobre a Inconfidência Mineira, nos quais poderia ter se baseado o artista.
(Thais Nívia de Lima e Fonseca. Ver para compreender: arte,
livro didático e a história da nação. Em: Lana Mara de Castro Siman e
Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e
construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto, assim o como o artigo citado, analisam
A Inconfidência Mineira, abortada entre os anos de 1788 e 1789, era um movimento, ao contrário do que comumente se afirma na historiografia e nos textos didáticos, bastante heterogêneo.
(João Pinto Furtado. Imaginando a nação: o ensino de história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto alude à heterogeneidade do movimento, que pode ser verificada pela
Das figuras políticas é interessante destacar como têm sido representados [nos livros didáticos] os dois imperadores do Brasil: D. Pedro I, sempre jovem, porque afinal morreu com 34 anos; seu filho D. Pedro II, sempre velho, apesar dos textos escolares darem destaque ao episódio da “Maioridade” [...]. A ilustração do pai jovem e do filho velho tem causado uma certa perplexidade aos jovens leitores e falta a explicação do aparente paradoxo.
(Circe M.F. Bittencourt. Livros didáticos entre textos e imagens.
Em: Circe M.F. Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula)
De acordo com a historiadora, o “aparente paradoxo”
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
I. O projeto apresentado pelos constituintes buscava limitar o poder do imperador, impedindo-o de dissolver a futura Câmara dos Deputados e convocar novas eleições sempre que considerasse necessário.
II. Outro objetivo dos constituintes era restringir o poder do imperador, negando-lhe o veto absoluto, ou seja, o direito de invalidar qualquer lei aprovada pelo Legislativo.
III. O conflito entre os poderes Legislativo e Executivo culminou na dissolução da Assembleia Constituinte por Dom Pedro I, acompanhada da prisão de vários deputados, incluindo os três irmãos Andradas.
Quais estão corretas?
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a história do Brasil.
Sobre esses temas, assinale a alternativa CORRETA.