Questões de Concurso
Comentadas sobre história do brasil em história
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Texto de apoio: ACHIAMÉ, Fernando A.M. O Espírito Santo na Era Vargas (1930-1937): Elites políticas e reformismo autoritário. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
Texto extraído de: JALES, Luanna. Visibilidade histórica para mulheres, negros e indígenas. In: PINSKY, Jaime;
PINSKY, Carla Bassanezi. Novos combates pela história: desafios-ensino. São Paulo: Contexto, 2021, p. 201.
O parágrafo acima do capítulo escrito pela historiadora Luanna Jales traduz seu diagnóstico quanto à forma como os grupos minoritários foram vistos por longo período por historiadores. Sobre essa questão, conforme o olhar da autora, julgue as afirmativas abaixo:
I. Os grupos minoritários (ou sub-representados) têm em comum o fato de, por longos períodos, não terem sido vistos como cidadãos ou terem sido considerados apenas cidadãos de segunda classe. Trata-se, hoje, de pessoas que raramente ocupam um número significativo de posições políticas, profissões consideradas de elite e protagonismo em peças publicitárias e produções midiáticas.
II. A visão de que apenas pessoas vitoriosas, de grandeza, de importância e de genialidade incomparável merecem ser estudadas na escola dificulta a percepção de que todos, independentemente de posição social e capacidade de liderança, podem ser agentes históricos e influenciar de alguma forma o meio em que vivem.
III. Estudar as minorias nas escolas deve ocorrer não apenas por uma questão de representatividade, mas porque elas são historicamente importantes. Por isso, é primordial identificar a força de atuação dos grupos minoritários dentro da história do país e mostrar que as minorias são mais do que ícones eleitos por essa ou aquela militância.
IV. É importante estudar as minorias de modo a reforçar o conhecimento das habilidades extraordinárias de personagens que emergiram de camadas sociais consideradas inferiores, possibilitando ao aluno compreender que personagens protagonistas emergem não apenas das camadas sociais mais abastadas.
Estão CORRETAS:
Se o movimento operário pode ser considerado um movimento social de classe, isso significa que, historicamente, a ação reivindicativa da classe trabalhadora é inseparável dos objetivos políticos de longo prazo que animaram as suas lutas. Acresce que o sindicalismo foi, desde sempre, pautado pela diversidade das suas lógicas de atuação. O objetivo de conciliar a luta por melhorias salariais e de condições de trabalho com a missão de solidariedade internacionalista só em certas circunstâncias históricas teve algum sucesso. A penetração da doutrina marxista nos meios operários, designadamente na sequência das Internacionais Operárias, contribuiu para desenvolver uma identidade coletiva – “de classe” –, que se propunha a guiar os trabalhadores e a humanidade para uma sociedade liberta de injustiças: o socialismo.
(PANNEKOEK, A., 1936. O sindicalismo. Disponível em: Arquivo Marxista na Internet. Acesso em: 02/06/2024.)
Além do socialismo, uma outra concepção se inseriu nos meios operários, mudando muitas perspectivas de ação entre eles
e no âmbito político: o anarquismo. Ambos, socialismo e anarquismo, tinham pontos semelhantes, mas algumas peculiaridades, tais como:
Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, começou lentamente a tomar corpo no Brasil um movimento, conhecido como nacional-desenvolvimentismo, que tinha como objetivo tornar a economia nacional em algo mais sofisticado do que uma simples fornecedora de produtos primários para o mercado internacional. Libertar o país da dependência da agricultura e torná-lo uma nação industrializada não seria uma tarefa fácil, nem rápida, mas até certo ponto, tal pretensão foi alcançada. [...]
(Disponível em: https://www.abphe.org.br/arquivos/2015. Acesso em julho de 2024.)
O período desenvolvimentista costuma ser dividido em dois. O primeiro, “industrialização restringida”, em que o capital estrangeiro foi pouco relevante, atuando em ramos menos dinâmicos, e compreendeu todo o período Vargas – incluindo o interregno Dutra. Já o segundo período, “industrialização pesada”, que tem início no governo Juscelino Kubitschek – JK, é caracterizado, dentre outros fatores, pela:
É extensa a literatura sobre o populismo. Nos quinze anos seguintes, a política brasileira foi dominada por Getúlio Vargas, que, apesar de ser um político do sistema velho, estava apto, disposto e capaz de formar e dirigir uma nova aliança populista. Consequentemente, organizou-se o Ministério do Trabalho, e os sindicatos trabalhistas, virtualmente ilegais antes da Revolução, foram estabelecidos e inspirados pelo novo “pai do povo”. Além disso, enquanto sua atuação na área da reforma democrática estava longe de ser impressiva, Vargas conseguiu apoio significativo entre as camadas médias da sociedade brasileira, através da defesa de uma linha nacionalista e da promoção de uma política de industrialização e diversificação econômica, pela criação de empresas estatais e financiamentos do Banco do Brasil.
(WEFFORT, Francisco, 1989.)
No contexto do colapso da chamada “República Velha” e a emergência de Vargas ao poder, com um tipo de governo peculiar, alguns fatores se destacam, tais como:
Conforme Abreu (2008), acerca do papel das cidades no período da colonização portuguesa no Brasil, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. As cidades no período colonial brasileiro, em contraste com o período colonial da América Espanhola, tinham um papel central como núcleo de controle do território conquistado pelos portugueses.
II. O processo de colonização portuguesa no Brasil encontrou civilizações que já tinham uma base urbana preexistente centrada na mineração e na circulação de metais preciosos.
III. O processo de colonização portuguesa, a partir de 1573, foi centrado na prática de fundação de cidades através da promulgação das “Ordenações de descobrimento e de povoamento de Felipe II”, também chamadas de “Lei das Índias”.
Diante desse contexto, qual das alternativas a seguir melhor expressa os objetivos centrais da CLT e as estratégias de Getúlio Vargas para manter o controle sobre as massas trabalhadoras?
1. A Proclamação da República no Brasil, em 1889, foi resultado de um golpe militar liderado por setores insatisfeitos com a monarquia, que viam na República um caminho para a modernização e o progresso.
2. A Constituição de 1891 estabeleceu um modelo republicano e federativo, inspirado na Constituição dos Estados Unidos, mas adaptado às realidades políticas e sociais brasileiras.
3. O período conhecido como República Velha (1889- 1930) foi marcado por uma política de "café com leite", onde as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais alternavam o poder, mantendo uma estrutura econômica baseada na importação agrícola
4. A modernização do Estado brasileiro no início do século XX incluiu reformas econômicas, como a política de valorização do café, e reformas sociais, como a legislação trabalhista introduzida por Getúlio Vargas.
5. A modernização na América Latina, em geral, foi um processo igualitário, com alguns países avançando rapidamente em termos de infraestrutura e industrialização, economias agrárias e políticas oligárquicas.
Alternativas:
1. A independência do Brasil, em 1822, foi um processo relativamente pacífico em comparação com as guerras de independência nas colônias espanholas, sendo marcada por um acordo entre a elite brasileira e o príncipe regente D. Pedro.
2. A organização do Estado brasileiro pós-independência foi influenciada pelos modelos liberais europeus, mas adaptada às particularidades locais, mantendo a monarquia e a estrutura escravocrata.
3. A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, estabeleceu um regime monárquico constitucional, com o poder moderador atribuído ao imperador, uma inovação que diferenciava o Brasil das repúblicas hispano-americanas.
4. A independência do Brasil não alterou significativamente as condições de vida da maioria da população, especialmente dos escravos e dos indígenas, que continuaram a enfrentar opressão e exploração.
5. Os movimentos populares nas províncias, como a Confederação do Equador e a Cabanagem, expressavam o descontentamento com a centralização do poder no Rio de Janeiro e a manutenção das desigualdades sociais.
Alternativas:
1. A abertura dos portos às nações amigas, em 1808, marcou o fim do pacto colonial, permitindo ao Brasil estabelecer relações comerciais diretas com outros países, especialmente a Inglaterra e Holanda.
2. A presença da Corte no Rio de Janeiro resultou em uma modernização da cidade, com a criação de novas instituições, como o Banco do Brasil, a Imprensa Régia e a Academia Real de Belas Artes.
3. A chegada da família real portuguesa acelerou o processo de urbanização e desenvolvimento das infraestruturas no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro e da mesma forma em Salvador.
4. A vinda da Corte fortaleceu a elite agrária, que se beneficiou das novas oportunidades econômicas e da proximidade com o poder central.
5. As tensões políticas entre os liberais e absolutistas, intensificadas pela presença da Corte no Brasil, contribuíram para o surgimento de movimentos pela independência nas províncias.
Alternativas:
1. A Inconfidência Mineira foi um dos movimentos mais emblemáticos do período, influenciado pelos ideais da Revolução Americana e do Iluminismo, que defendiam a liberdade e a independência.
2. O movimento dos Alfaiates, na Bahia, foi um exemplo de revolta social com fortes componentes raciais e econômicos, que buscava a igualdade e o fim da escravidão.
3. O contexto internacional, marcado pela Revolução Francesa e pelas independências nas Américas, exerceu grande influência sobre os movimentos libertários no Brasil.
4. As tentativas de insurreição no Brasil colonial, apesar de reprimidas, deixaram um legado de ideias que posteriormente influenciaram o processo de independência do país.
5. A reação da Coroa portuguesa aos movimentos insurrecionais foi caracterizada por uma política repressiva, incluindo prisões, execuções e o reforço do controle sobre a colônia.
Alternativas:
1. A expansão territorial do Brasil colonial foi impulsionada tanto pelo interesse em novas riquezas, como a mineração, quanto pela necessidade de garantir a segurança das fronteiras contra as incursões estrangeiras.
2. As bandeiras paulistas desempenharam um papel fundamental na interiorização do território, sendo responsáveis pela captura de indígenas e pela descoberta de café e minas de ouro e diamantes.
3. A política de distribuição de sesmarias facilitou a ocupação de novas áreas, mas também contribuiu para a concentração de terras nas mãos de uma elite urbana centralizada, perpetuando as desigualdades sociais nas periferias.
4. A ocupação das regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso no século XVIII resultou na criação de novas vilas e cidades, fortalecendo o processo de urbanização no Brasil colonial.
5. A expansão territorial foi acompanhada de conflitos com as populações indígenas e africanos escravizados, que resistiam à invasão de suas terras, resultando em guerras e deslocamentos forçados.
Alternativas:
1. A chegada dos europeus ao continente americano marcou o início de um processo de colonização que envolveu a exploração dos recursos naturais e a submissão das populações indígenas.
2. A colonização portuguesa no Brasil foi caracterizada pela implantação do sistema de capitanias hereditárias, que teve como objetivo principal a colonização com mudança de costumes e a ocupação do território.
3. A economia colonial brasileira foi inicialmente baseada na exploração do pau-brasil e, posteriormente, na produção de açúcar e café nas grandes plantações do Nordeste.
4. A sociedade colonial brasileira era marcada por uma rígida hierarquia social, na qual a elite proprietária de terras e escravos detinha o poder econômico e político.
5. A resistência indígena e as revoltas de escravos foram fatores importantes na configuração das relações de poder na sociedade colonial brasileira.
Alternativas:
O documento evidencia que:
Assinale a alternativa correta.
“Movimento indígena, segundo uma definição mais comum entre as lideranças indígenas, é o conjunto de estratégias e ações que as comunidades, organizações e povos indígenas desenvolvem de forma minimamente articulada em defesa de seus direitos e interesses coletivos.” (BANIWA, G. Movimentos e políticas indígenas no Brasil contemporâneo. Revista Tellus, 2007, p. 128).
Assinale a alternativa correta.