Ouvimos dizer que, no vosso próprio país, o ópio é
proibido com o máximo rigor e severidade: esta é uma forte
prova de que sabeis muito bem como ele é danoso para a
humanidade. Como não permitis que ele fira vosso próprio
país, não deveríeis transferir droga tão prejudicial a outro
país, e menos ainda para o Império do Meio. Dos produtos
que a China exporta a vossos países, não há um que não seja
benéfico para a humanidade. Isso sem mencionar nosso chá e
ruibarbo, coisas sem as quais vossos países estrangeiros não
poderiam passar um dia. Se nós, do Império Central, vos
limitássemos do que é benéfico e vos privássemos de vossos
desejos, como poderíeis vós, estrangeiros, existir?
LIN ZEXU. Carta de junho de 1839, Cantão, para sua Majestade a Rainha
Vitória da Grã-Bretanha e da Irlanda, Londres. 2 f. Sobre comércio de ópio
na China, traduzido, com adaptações