Questões de Concurso
Comentadas sobre medievalidade europeia em história
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A Europa Ocidental, desde a queda do Império Romano, vivenciou um longo período de guerras. No século IX, ocorreram as últimas grandes invasões, a dos Magiares.
Assinale a alternativa que corresponde aos acontecimentos ocorridos na Europa Ocidental nos séculos imediatamente posteriores ao fim das invasões.
A vassalagem foi um sistema fundamental na sociedade feudal da Europa medieval e desempenhou um papel central nas relações políticas, sociais e econômicas dessa época. Qual era uma das principais obrigações dos vassalos na sociedade feudal europeia?
As relações de vassalagem e suserania eram fundamentais para a ordem política na Idade Média. Qual das seguintes responsabilidades não era típica dos suseranos?
[...]
A fome é um dos castigos do pecado original.
O homem tinha sido criado para viver sem trabalhar.
Mas, após a queda, ele não pode se erguer senão pelo trabalho...
Deus impôs deste modo, à fome, para que ele fosse obrigado a trabalhar para suprir esta necessidade e pudesse retornar as coisas eternas.
Le Goff, Jaques. A civilização do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005, p.233.
A partir da análise do fragmento, assinale a alternativa que explique de que forma as hierarquias sociais, na Idade Média, eram justificadas e mantidas.
A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é
É como um reflexo da carência de verdadeira unidade nacional, a despeito das unidades simplesmente dinásticas, que se verifica pela mesma época nas terras europeias submetidas à Coroa de Castela. Cada um dos antigos reinos peninsulares mantinha sua própria personalidade política e jurídica. Em terras de Castela, continuavam, na ocasião dos descobrimentos marítimos, a prevalecer as normas jurídicas peculiares ao direito castelhano. Nos velhos Estados integrantes da Coroa de Aragão, mantinha-se da mesma forma a vigência de seus direitos particulares: aragonês, catalão, valenciano, maiorquino. Navarra, incorporada ao reino aragonês, conservou durante os primeiros tempos, dentro da península, sua condição de estado soberano e independente.
HOLANDA, Sérgio B. Visão do Paraíso. São Paulo, Companhia das letras. 2010, p. 460. [Adaptado].
Taís características da administração da Coroa de Castela refletiram qual característica da administração da colônia?
Acerca das áreas culturais distintas que coexistiam na Idade Média, relacione a coluna 01 com a coluna 02.
Coluna 01
1. Cultura erudita.
2. Cultura vulgar.
3. Cultura intermediária.
Coluna 02
( ) Era mais popular e laica, transmitida oralmente em locais informais como casas, ruas e tavernas, por meio de idiomas e dialetos vernáculos. Era mais espontânea e direta, muitas vezes recusando os valores e práticas oficiais.
( ) Era praticada por uma grande parte da sociedade, independentemente da posição social, e consistia em um conjunto de crenças, costumes, técnicas, normas e instituições compartilhadas. Incluía os idiomas vernáculos e era fortemente influenciada pelo cristianismo.
( ) Era fundamentada em autoridades, conservadora e formalmente elaborada. O latim era a língua dominante, refletindo seu aspecto eclesiástico e letrado.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
O conceito de Idade Média é uma construção histórica e ao longo dos séculos, inúmeros intelectuais, artistas e pensadores elaboraram uma narrativa que a descrevia como um período de obscuridade, ignorância e decadência. Nesse contexto, assinale a alternativa INCORRETA.
A queda do Império Romano Ocidental no século V marcou o início de um período de transição tumultuado na Europa, durante o qual as tribos germânicas desempenharam um papel significativo. Sobre esse assunto, analise as seguintes afirmações:
I. Muitas tribos não tinham escrita, dependendo da tradição oral para transmitir conhecimento e leis.
II. As tribos germânicas possuíam sociedades predominantemente tribais e não tinham experiência em governar grandes territórios.
III. As tribos germânicas frequentemente se apoiavam nas estruturas remanescentes do Império Romano, como sistemas legais e administrativos, para ajudar na governança.
IV. Alguns líderes germânicos adotavam títulos romanos ao mesmo tempo em que mantinham e aplicavam práticas tradicionais germânicas.
Com base nas afirmativas, estão corretas:
A crise do feudalismo, que marcou o declínio desse sistema social, político e econômico na Europa medieval, foi um processo complexo influenciado por diversos fatores. Qual dos seguintes fatores NÃO contribuiu para o declínio do feudalismo?
Finalmente, passou-se a tentar ver a Idade Media como os olhos dela própria, não com os daqueles que viveram ou vivem noutro momento. Entendeu-se que a função do historiador é compreender, não a de julgar o passado. Logo, o único referencial possível para se ver a Idade Média é a própria Idade Média. Com base nessa postura, e elaborando, para concretizá-la, inúmeras novas metodologias e técnicas, a historiografia medievalística deu um enorme salto qualitativo. Sem risco de exagerar, pode-se dizer que o medievalismo se tornou uma espécie de carro-chefe da historiografia contemporânea, ao propor temas, experimentar métodos, rever conceitos, dialogar intimamente com outras ciências humanas.
FRANCO JUNIOR, H. A idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988
Ao se olhar a Idade Média por si mesma, pode se afirmar marcando V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Foi um período marcado por um rico pensamento filosófico ligado, principalmente, à teologia cristã. ( ) Foi predominante dominado pelo feudalismo, sendo a composição entre manso senhorial e servil a constância de todo o período. ( ) Chama-se de Baixa Idade Média seu início, sendo a Alta Idade Média seu período final. ( ) Estão entre os seus eventos a Dinastia Carolíngia, as Cruzadas e a Escolástica.
A sequência CORRETA é
A principal característica política do feudalismo era a centralização do poder. O rei tinha total autoridade sobre os senhores feudais e os militares. Esses fatores combinados resultaram em uma estrutura política que fortalecia a autoridade central do rei.
A sociedade feudal era dividida em três grupos principais, conhecidos como ordens: escravos (ou servos), guerreiros (ou nobres) e clérigos, e sua economia baseava-se na agricultura.
Carlos Magno, assumiu um papel ativo na administração e reforma da Igreja, nomeando bispos, influenciando concílios e controlando mosteiros para assegurar que a Igreja estivesse alinhada com os objetivos do império. Sua influência na Igreja era parte integral de sua visão de um império cristão unido e forte.
O Reino dos Francos (481-814) foi um dos principais reinos germânicos da Alta Idade Média, especialmente durante o reinado de Carlos Magno, localizado nos territórios das atuais França e Bélgica. Entre os reinos germânicos, teve a maior duração, evoluindo para o Império Carolíngio.
No sistema feudal, os guerreiros (nobres) e os religiosos (clero) eram sustentados pelo trabalho dos servos que cultivavam as terras. Os servos forneciam alimentos e outros recursos necessários, permitindo que os nobres e o clero se concentrassem em suas funções de defesa e espiritualidade, respectivamente. As terras senhoriais, ou domínios feudais, eram a base da organização social, econômica e política do feudalismo.
O processo de construção e expansão do Império Carolíngio começou antes da coroação de Carlos Magno. Seus predecessores, como Pepino, o Breve, e Carlos Martel, já estavam envolvidos em campanhas militares e na expansão territorial, estabelecendo as bases para o que se tornaria o Império Carolíngio. Carlos Magno continuou e ampliou essas práticas, culminando em sua coroação como imperador em 800.
A Guerra dos Cem Anos acelerou a transformação da sociedade feudal para uma estrutura mais centralizada e moderna, pois a necessidade de manter exércitos permanentes e financiar guerras prolongadas levou a mudanças significativas na administração e na economia.
Os carolíngios institucionalizaram um sistema no qual a lealdade pessoal era recompensada com concessões de terra, consolidando o feudalismo como a estrutura dominante na Europa medieval.
A Guerra dos Cem Anos foi crucial para a formação dos Estados nacionais modernos, pois o processo de centralização do poder sob um monarca central ajudou a criar um sentimento de identidade nacional, fundamental para o desenvolvimento das nações de França e Itália como entidades políticas coesas.